Capítulo 5

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Obs: O capitulo pode conter cenas perturbadoras para algumas pessoas. Boa leitura.

-Quer dormir aqui em casa? – A voz de Noah era música para meus ouvidos, já estávamos a uma hora conversando pelo celular .

-Pode ser, daqui a pouco eu estou aí. – desliguei e levantei da cama arrumando uma pequena mochila.

Ando pelo corredor até encontrar a porta do quarto do meu irmão, bato na porta e espero um pouco, logo ele abre a porta.

-Fala maninha.

-Só vim avisar que vou dormir no Noah, algum problema?

-Não, nenhum. – ele sorri, mas logo parece se lembrar de algo. – amanhã papai vem. – essas palavras me destruíram.

-Que horas? – perguntei olhando para o chão, respirando fundo.

- Acho que final da tarde, mas eu vou estar na faculdade, e eu não posso faltar porque tenho prova. – vi ele ficar tenso, e meu coração se apertou;

- Não tem problema, vai tranqüilo. – forcei um sorriso e ele me abraçou.

-Sabe que qualquer coisa é só me ligar. – assenti e beijei sua bochecha.

-Vou indo.

-Se cuida.

-Sempre maninho. – pisquei para ele.

Andava pela rua rapidamente, o sol estava se pondo, dando lugar a uma noite estrelada, as luzes dos postes de ruas acendiam devagar, assim como as luzes começavam a aparecer nas janelas. Logo avisto uma casa média de dois andares, com um jardim maravilhoso, cheio de rosas brancas, a mãe de Noah era super caprichosa nessas coisas. Toco a campainha, apenas uma vez e logo a mãe de Noah atende secando as mãos no avental.

-Minha doce Ayla, quanto tempo. – me recebe em um abraço caloroso e eu retribuo.

-Tia Susan, senti sua falta.- ela fecha a porta assim que entramos.

-Eu também querida, bom Noah está lá em cima no seu quarto, quando a janta estiver pronta chamo vocês.

-Okay. – respondi enquanto subia as escadas.

Bato uma vez na porta de Noah e entro no quarto, ele está deitado em sua cama com os fones de ouvido e olhos fechados, deixo minha mochila em cima da cômoda e chego perto da cama. Subo em cima dele tirando seus fones e ele sorri me abraçando e dando um beijo em meus cabelos, e depois de um tempo finalmente abre os olhos e me encara.

-Demorou pra chegar.

-Nem demorei, você que estava perdido nos seus pensamentos. – falei apontando para sua cabeça.

- Só um pouquinho. – ele ri e volta a me encarar. - Você está com olheiras meu anjo, o que aconteceu?

-Pesadelos, eles não me deixam dormir direito. - dei de ombros.

- Não é só isso, não é? – ele sentou e encostou-se à parede azul marinho grudada a sua cama. – Você falou que precisava me contar algumas coisas.- certo eu tinha decidido contar.

- Nem sei por onde começar. – me sentei ao seu lado e torci minhas mãos.

- Comece por onde quiser. - ele sorriu doce.

-Promete que vai me deixar falar tudo e se controlar?

-Acho que prometo. – suspirei, era o Maximo que conseguiria.

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