Capítulo 8

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  Percebo movimentos pela casa e ouço barulho de carro, imagino que seja mãe de Noah saindo, pensando no Noah passo meus olhos pelo quarto em busca do mesmo, e quando me dou conta que ele não esta me sento na cama amarrando meus cabelos.

Ando lentamente até o banheiro, e penso em Tomás, por estar cansada acabei não ligando para avisar que dormiria na casa do Noah. Faço minhas higienes e logo vou atrás do meu celular para ligar para o meu irmão. Reviro o quarto inteiro atrás dele até que eu acho ele de baixo da cama, disco o número rapidamente e espero ele atender.

-Alô. – ele fala com a voz rouca de sono.

-Oi Tom, é a Ayla.

-Oi pequena, ta aonde?

-Na casa do Noah, desculpa não ter ligado, acabei caindo no sono. Tudo certo por aí?

-Sim, tudo certo. Vai ficar aí mais quanto tempo? Vem pra janta ou posso sair?

-Pretendo ir final do dia, mas pode sair, não se preocupe comigo.

- Ok! Qual quer coisa me ligue. Beijos.

Desligo o celular, procuro me ajeitar o máximo que posso com o casaco que Noah me deu, em frente ao espelho me ponho a pensar nas infinidades que poderiam o ocorrer se por um acaso, namorasse Noah, as coisas com ele se parecem mais confortáveis quando estou com ele, penso que ele não queira nada comigo ate porque Allie vem sendo seu foco de atenção nas ultimas semanas. Por fim ao concluir este pensamento tolo que me perturba a alguns dias.

Desço as escadas que me levam até a cozinha que tem um cheiro gostoso do café recém passado, e ao fundo um cheiro de lasanha que me persegue. Ao por os pés dentro da cozinha dou alguns passos no silencio, largo meu celular na bancada perto de Noah que sem camisa encontra-se encostado na pia de costas para mim, meus olhos seguem as linhas perfeitas de suas costa que mostram a força e a sensualidade, não resisto a um suspiro e me aproximo ao Maximo sem si quer fazer um som para não perder nem um segundo daquele momento. Entrelaço meus braços na cintura de Noah e sinto que ele não resiste, me procura de canto de olho com um sorriso bobo se virando e me entrelaçando da mesma forma, sem nem se quer pensamos em falar uma palavra, creio que ele entendeu o meu momento de apreciação, sinto sua boca encostar em minha bochecha mas não busca me beijar naquele momento , sinto sua respiração se tornar mais forte e seus braços se contraem para que eu me aproxime mais do seu corpo, me afasto o suficiente para analisar o que naquele momento me pareceu um clima. O sol torneia os fio desajeitados do cabelo loiro, sua boca parecia mais rosada e mais convidativa que o normal, seus dedos por mais grandes que sejam se tornam delicados ao tocar meu rosto, tirando os fios de cabelo de cima dos meus olhos e jogando por trás de minha orelha que antes ocultava estava. Fecho meus olhos para abrir de fato meu outro sentido, seu perfume misturado ao café se torna apetitoso aos meus desejos. Nunca desejei Noah dessa forma, nossas bocas se alinham como corpos celestes, estamos prontos para tocar nossos lábios, com a respiração mais lenta, já posso sentir a ponta de seus lábios tocar o meu quando meu celular em cima da bancada atrás de mim toca, estragando todo aquele momento, penso em milhões de formas de quebrar aquele celular, porem me solto dele em dever de atender o celular. Ele me solta com relutância, e me olha enquanto dou as costas a ele para ver meu celular.

- Tomás? – reviro os olhos tentando controlar minha respiração e controlar meus pensamentos que me rodeavam daquele recém momento.

- Só queria avisá-la que deixei comida para você na geladeira, evite pedir mais pizza essa semana mocinha.- ouço sua risada e já imagino ele sorrindo suavemente para o espelho.

- Tudo bem... se cuida ai, e obrigada por pensar em mim.- dou um sorriso sem graça.

- Juízo ai menina, beijos.

Desligo o celular. Pensando se devo ou não me virar para Noah, permaneço imóvel.

Talvez meu melhor amigo possa se tornar meu maior amor.

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Logo logo tem outro, beijoss.

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