Capítulo 5

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Cristiano

O que essa baixinha marrenta tem? Que me faz quere-la tanto? Sou um homem livre, sem amarras com ninguém, não tenho o rabo preso e faço o que quero, como quero e com quem quero e tenho muito orgulho disso.

O amor não é pra mim, esse sentimentalismo todo acaba com qualquer relação, é tudo tão simples, eu a quero, ela me quer, então deixamos o desejo rolar um tempo entre nós gostoso, e pronto. Não sou de ficar preso a uma mulher só, e essa tem o poder de me fazer, talvez, desejar isso. Eu não quero compromisso. E ponto.

Gosto de se.xo a três, de orgias, ali é tudo muito claro, ninguém é de ninguém e não há choramingos depois, quando muito raramente deixo alguma mulher dormir em casa, é por que sabe muito bem que não vai rolar café da manhã, na manhã seguinte. Mas Alexandra me faz imaginar como seria.

Sacudo a cabeça! ― Cristiano, sai fora dessa mulher, cara! É encrenca na certa! E só o que você precisa é de uma noite de se.xo, muito se.xo com duas mulheres no mínimo, pra tirar essa baixinha birrenta da cabeça!

Passo a mão no celular, olho um tempo pra ele, tomo uma decisão, hoje essa mulher sai de dentro de mim, ou não me chamo Cristiano Nogueira!

― Cadu? ― Carlos Eduardo é um empresário de TV muito amigo meu, que conheci num clube na Espanha, ele me apresentou a um clube muito exclusivo aqui no Rio e desde então, fizemos muitas festinhas juntos, aqui ou na Espanha, ele é meu parça de festinhas liberais completamente sem regras, e essa noite? ah essa noite... ― Cara, estou no Rio. Vamos dar uma volta?

Ele aceita sem hesitar e partimos para a boate do clube, conversamos sobre as ultimas no meio empresarial, ele é o "cara" do meio artístico, conhece muitas garotas que topam curtir as paradas da noite sem pudores. Do jeito que gosto.

Tomo doses e doses de uísque no bar da boate, observando o em torno, nesses lugares as pessoas se soltam, são felizes, e tem coisa melhor que isso? Sinto o álcool relaxar meu organismo e lembro-me de tudo que passei até aqui, é nesses lugares que ainda resgato um pouco da adrenalina que perdi, ao ser impedido de jogar futebol.

Lutei pra ficar de pé novamente, foram inúmeras cirurgias, fisioterapias e dores que me afligem até hoje. Sou um meio homem, as dores no meu quadril me lembram disso a todo instante, e sei que o prognóstico é pior a cada ano que passa.

Não culpo a Milena de ter ido embora, ela se livrou de um fardo e não serei fardo pra ninguém. Alexandra não merece um cara fadado ao resto de sua vida a dores e cirurgias.

O que estou pensando?! Essa mulher não sai da minha cabeça, estou ficando louco.

― Cara, o que esta te afligindo? Desde que chegamos você esta com essa expressão de poucos amigos. ― Cadu me trás de volta a realidade e a batida da musica me faz lembrar o porquê de estar aqui. ― desse jeito vai espantar as gatas!

Rimos juntos. ― Não quero flertar Cadu. ― esclareço ― quero duas ou três de suas amigas dispostas a jogar, aqui.

― Uau, cara, que bicho te mordeu? ― gargalha ―, ou melhor, qual bu.ceta de pegou de jeito.

O encaro sério e viro outra dose de uísque sentindo o liquido entrar no meu sistema, já não queima mais. Anos de abuso do álcool me fizeram resistente a ele, pra me derrubar, preciso de muito e é o que preciso essa noite. Peço uma garrafa ao barman e Cadu assovia ao meu lado, me fazendo pensar se foi uma boa ideia convida-lo.

― Eu liguei pra duas gostosas que você vai amar.

― Ok.

― Melhora essa cara.

Regras do Desejo - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora