Capítulo 6

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Alexandra


Não acredito que me ex.citei assistindo Cristiano numa performance com duas mulheres!

― Ale, o que esta acontecendo com você?! ― me pergunto enquanto corro pelo corredor interno em busca de segurança da sala de Antony.

Nesse momento me sinto como uma criança, pega fazendo algo muito errado e que precisa do colo do pai pra se sentir melhor. Entro na sala do meu pai afoita, o assustando.

― Alexandra? ― Ele se aproxima e me jogo em seus braços, buscando seu calor, grossas lagrimas descem pelo meu rosto e então noto que estou chorando.

Um misto de sentimento me assola, ciúmes, raiva, desprezo, e muito, muito medo de ser como minha mãe, promíscua, desregrada.

― O que houve meu amor? Alguém te assediou? Se for... ― aceno com a cabeça que não.

― Deixa apenas eu ficar aqui com você? Apenas um momento.

― Claro, meu bem. ― me abraça passando todo o conforto e segurança de que preciso e se afasta buscando uma bebida pra mim, a tomo de um gole só.

― Pronto. Está mais calma? ― aceno que sim ― Seja o que for filha. Estou aqui.

― Pai? Você acha que sou como ela? ― Pergunto limpando as lágrimas em meu rosto. ― Como Rose?

― Por que isso agora?

― Por que ... por que me sinto tentada, muito tentada a esquecer, sei lá! ― caminho pelo ambiente sóbrio, que é o escritório dele. ―Jogar minhas convicções para o alto e me perder nesse mundo! ― aponto porta afora.

Antony me encara em silêncio, provavelmente estranhado meu comportamento, quando geralmente sou tão sensata.

― Alexandra, o que esta acontecendo?

― Me responde, pai!

― Minha filha, você é você! Não deve jamais se comparar a ninguém, mas quero saber agora o que está acontecendo pra te deixar nesse estado! Sua mãe com certeza não fez nada, então quem fez?

― Um homem. ― começo. E ele sorri. ― Sério Tony! ― repreendo e ele fica sério me encarando esperando o restante da história, suspiro fundo. ― Ele é irascível! Per.vertido! Teimoso! Sem regras, sem juízo e esta me deixando louca! Eu não quero, pai!

Conto tudo sobre Cristiano, desde o começo quando nos conhecemos há três meses na Espanha, e de lá pra cá, como viemos lutando contra esse desejo insano, numa queda de braço sem fim, e o quanto estou assustada com essa vontade de ceder, de experimentar o que sempre critiquei em minha mãe. Conto também sobre a cena que acabei de presenciar no quarto Reflexus e o quanto isso mexeu comigo, tirou o meu prumo, meu eixo, e definitivamente assustou o inferno em mim.

― Caramba Ale! Só agora você desabafa sobre isso? ― Antony me censura e começo a rir histericamente, outro pai, ao ouvir tudo que contei sobre a proposta do tipo que recebi, iria atrás do homem em questão pra tirar satisfações! Mas, Antony, sempre vai pensar nos meus sentimentos primeiro.

― Eu estava no controle, pai.

― Minha filha, o fato de você gostar desse homem...

― Eu não gosto dele!

― Ok. Não gosta. ― Replica com cara de quem não acredita nem um pouco em mim ― Você sentir essa atração intensa, por um homem como ele, não te torna promiscua, e nem errada, entende? ― Senta à minha frente e me encara profundamente ― Alexandra, você é uma mulher adulta, inteligente, saudável e com desejos de uma mulher normal! O fato de desejar experimentar algo fora de sua zona de conforto, não te torna uma pervertida.

Regras do Desejo - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora