Capítulo 7

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Cristiano

Acordo jogado na cama, olho em torno devagar e vejo que não estou em casa, gemo baixinho e fecho novamente os olhos deixando a dor de cabeça, tão conhecida pelas tantas ressacas de outrora que já vivi, invadir minhas têmporas.

― Caralho! ― xingo baixinho, conheço bem essa sensação e acho que nunca vou aprender. ― Que inferno! ― esbravejo, buscando forças pra levantar.

Sempre foi assim, noitadas, mulheres, sexo sujo, bebidas e as consequências no dia seguinte. A dor, a bem vinda dor de cabeça e o estômago embrulhado, tentam timidamente sobressair a verdadeira dor que sinto, no peito e no meu corpo.

Abro a porta e reconheço o apartamento, é de Cadu, já estive aqui antes em noitadas muito loucas, o que me faz lembrar da noite anterior, tudo volta à minha mente, o clube, as mulheres, o quarto Reflexus, a boate e ela...

Volto pra dentro do quarto e busco o banheiro, preciso de um banho urgente, e preciso mais ainda entender o que Alexandra estava fazendo naquele lugar!

Ela estava no clube! E me viu no quarto com as mulheres, não foi alucinação afinal! ― O que ela estava fazendo naquele andar e naquele corredor exclusivo? ― Ela não diz não gostar dessas coisas, enfim? Como aquela bruxa cretina estava fazendo lá? E ainda usando aquelas roupas provocantes, sinto meu p.au enrijecer ao me lembrar dela dançando com aquelas botas se.xys do caralho envolvendo aquelas coxas macias... Estou louco! Definitivamente estou perdendo a sanidade por uma baixinha linda de pernas gostosas e que me desafia a cada encontro. Eu sou um fo.dido enfeitiçado.

Deixo a água gelada lavar toda a ressaca do meu corpo e as marcas da noite anterior, pensando que canalha filho de uma pu.ta levou Alexandra aquele lugar, sim, por que pra ela entrar ali, somente se fosse sócia, coisa muito improvável ou acompanhando um fo.dido como eu e pervertido louco querendo a minha mulher!

Desligo o chuveiro e me enxugo com força, preciso tirar essa história a limpo... O dia está apenas começando, e vou atrás daquela bruxa e descobrir o que ela estava fazendo lá, como entrou e com quem!


Alexandra.

Acordo com a luz do sol na minha cara, droga! Esqueci de fechar as cortinas, enfio a cara debaixo do travesseiro, querendo me esconder do sol e do mundo!

― Alexandra, sua burra! Burra! ― ralho comigo mesma em pensamento.

Como fui me envolver com um pervertido daquela espécie? E gostar! Sim! Eu gosto do desgraçado, mas não! Não gosto mesmo do que assisti naquele quarto! ― você se excitou ― minha mente perversa me lembra e contraio meu ventre, ai sim, maldita consciência, eu me excitei e daí? O cara é lindo, estava fazendo duas mulheres gozarem como loucas e eu? Ahhhh eu quero aquele homem, quero como nunca e não o dividirei com ninguém!

A campainha toca insistentemente e olho no relógio, pombas é indecentemente cedo, e só pode ser Vine, o folgado mais adorável do meu vizinho.

― Vixe amiga! Sinto em informar, mas você esta um lixo! ― vai entrando pela sala e segue direto para a cozinha preparar o café da manhã.

― Bom dia pra você também!

― Ah amiga, bom dia! ― da um selinho em mim e volta pra seus afazeres ― eu não pude esperar mais, estou em cólicas menstruais pra saber do babado de ontem! Me conta? Você esta horrível assim, por conta de um tsunami de um metro e noventa de puro musculo e pecado, ter vindo aqui?

Regras do Desejo - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora