Capítulo 7: O céu de Monet

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 Na manhã seguinte, Oliver acordara incrivelmente disposto, faltava mais alguns dias antes de findar seus compromissos em Veneza, e a certeza e ansiedade de voltar para casa já não era mais tão certa. Ele levantou-se se enrolando no roupão e saindo do quarto, foi em direção á cozinha, onde Esmeralda fazia o café, e ao notar sua presença, o brinda com um lindo sorriso dizendo:

 - Bom dia flor do dia!

 - Tá de sacanagem? Disse ele rindo.

 - Levantou cedo, tá passando mal?

 - Na verdade, tô o oposto disso! Disse ele sentando-se frente ao balcão.

 - Que ótimo!

 Logo após ele pegar a caneca de café, Esmeralda passou para frente do balcão e lhe beijou dizendo:

 - Fica bem!

 E saiu da cozinha, ele, por sua vez, voltou ao quarto e foi até sua janela, debruçou-se no parapeito e ficou olhando os carros, as pessoas, mergulhou em um profundo devaneio, começou a pensar nos seus quinze anos novamente, quando conhecera cada uma daquelas maravilhosas mulheres, Portman, Baker, Gordon, Swan, Cusler e Bennett, e toda vez que pensava nelas, ficava triste, mas agora não, algo mudou de tal maneira que sua paixão e fixação por elas sumira, foi ai que lembrou-se do carinho no olhar de Rachel, no amor no olhar de Glória e na paixão no olhar de Eduarda, e com um certo e derradeiro pesar que lembrou da arrogância de Bennett, da agressividade de Swan e a defensiva de Cusler, percebeu ali que, por mais que fossem grandes, ele ainda era grande demais para seus mundos, não superior, apenas mais do que elas precisavam. 

 Depois daquela noite de amor com Glória, tudo mudara para Oliver, tudo adquirira uma cor diferente, era como se seu mundo fosse feito de tinta, como se vivesse voando em um céu de baunilha, como se fizesse parte de uma pintura universal e atemporal chamada vida!

 Era um romântico, e sempre seria, sempre as amaria, uma a uma, e não deixaria de amar, mas era hora de jogar algumas coisas fora,e foi assim que ele decidiu que não iria procura-las mais.

...

 Vestiu-se apropriadamente para aquele dia frio e saiu para um de seus passeios, dessa vez de carro, ele desceu pelo elevador, que tocava vários instrumentais do Kenny G., o que era extremamente suave para a alma, e quando finalmente pode sair do elevador, Glória já o esperava na recepção, agora o sorriso desembestado de Esmeralda fazia sentido, e tudo que Oliver pode fazer naquele exato momento foi sorrir e tentar diminuir as batidas de seu coração.

 Ele foi até ela que se levantou com tamanha elegância que, por alguns segundos,  seu coração parou, suas pernas bambearam de um desconhecido nervosismo, parecia que todas as células de seu corpo faziam um verdadeiro carnaval dentro de si, mas o contato m a pele dela, a maciez e o cheiro de flores o acalmaram, ele literalmente se derreteu no toque dela, que por sua vez, com apenas um beijo, deu-lhe todo o carinho de um mundo! Quando finalmente pararam para se olharem, ele pergunta sem soltar as mãos dela:

 - O que a trouxe até aqui moça?

 - Eu estava indo para a padaria, e vi Esmeralda entrando  no prédio, corri para alcança-la, então ela me disse que você estava aqui, então tratei de espera-lo!

 - E como sabia que eu iria sair?

  - Você está em Veneza meu bem, duvido que você não passearia aqui todos os dias!

 Ele sorriu meio sem jeito, e por fim disse:

 - Você me conhece bem mesmo!

 Logo, os dois se deram as mãos e saíram para a caminhada que ele sempre fazia. Durante esse caminho, os dois pararam na primeira cafeteria que viram e compraram dois cafés para viagem, e de quebra, Oliver ainda distribuiu alguns autógrafos e conversou com algumas jovens, de lá, seguiram até uma pequena galeria de artes, bem na porta estava escrito " Apenas hoje! Exibição de releituras do quadro " Céu de Baunilha " de Monet ", Glória fitou Oliver que já havia entrado meio corpo na galeria,

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