Capítulo 4: Inspiração

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 Oliver não se preocupou muito com o fato de Hillary não ter sido tão cortês ao seu respeito com Esmeralda, e ficou bastante emocionado com o modo como a mesma rebateu, afinal de contas, é muito difcíl você ver alguém falar mal de uma pessoa que o ajudou tanto!

 Paul fora convidado a um programa local para uma entrevista pela manhã, logo depois teve uma secação de autógrafos, mais tarde, ele se encontrou com o presidente de comitê do festival de cinema de Veneza, que o convidou-o para ser homenageado na próxima edição do mesmo.

 Num dos intervalos de uma atividade e outra, Oliver saíra para caminhar, queria parar num desses cafés locais e desfrutar de um bom vinho italiano, esse pensamento era comun na vida dele que consumia mais queijo, vinho e café do que qualquer outro que ele conhecia! Finalmente escolheu um café que ficava bem ao lado das gondolas, uma garçonete se aproximou perguntando-lhe o que ele iria querer, ele apenas pediu o vinho e viu a moça se afastar, logo, ele tornou sua atenção aos barcos, os casais apaixonados que subiam abordo, se fazendo juras de amor! Lembrara-se de como queria ter levado uma pessoa que amava para fazer aquilo, pois, quando era mais jovem e pobre, sonhara com uma viagem para a Itália, e quando o fez, era a pessoa mais solitária do mundo, e foi de lá que seguiu para Paris, para seu exílio, para seu sucesso e sua solidão.

 Nesse instante, uma mulher alta, branca de cabelos cacheados e negros sentou-se na mesa a frente, aquela mulher tinha uma beleza que chamava a atenção! Seus olhos castanhos pareciam ainda mais castanhos quando contrastavam com o tom alvo que a pele possuia, o que fazia o batom vermelho parecer mais vívido, a atenção de Oliver saltou das gondolas para a moça, que pode sentir o olhar dele pausar-se sobre si, o que gerou um ligeiro desconforto, ela então se virou bem devagar para a direção dele, a medida que ela se virava, o rosto parecia cada vez mais familiar, fazendo  o coração dele disparar cada vez mais, quando ela finalmente encontrou seu olhar, os dois sorriram, sabiam! Não esqueceria aquela garota nem se quisesse:

 - Sr. Oliver! Disse ela cruzando as belas pernas magistralmente, e acompanhando o gesto, Paul responde sem desviar o olhar:

 - Srta. Baker!

 - O que a Itália fez para merecer a honra de sua presença? Disse ela brincando, e Oliver respondeu:

 - Assim como certas pessoas, ela ainda estava encantadora.

 - É! Então por que não me ligou mais?

 Oliver ficara em silêncio, então seu vinho chegou, e ele foi até a mesa de Glória, os dois se abraçaram e por fim, ela lhe deu um beijo no rosto dizendo ao pé de seu ouvido:

 - É bom te ver querido..

 - Também é bom te ver!

 Logo que os dois sentaram-se lado a lado, Glória perguntou segurando as mãos dele:

 - Como você está Paul?

 - Acredite, gostaria de estar bem.. Certas coisas não mudam.. E você, como está?

 - Satisfeita! Disse ela sorrindo - Não conseguimos mudar o mundo, mas estamos fazendo o melhor que podemos!

 - Você vai sim..

 Depois de poucos minutos de silêncio, Glória comenta:

 - Rachel me falou que estava no país, eu achei que era coincidência, mas logo vi que algo bem no fundo o atraiu para cá?

 - É mesmo? Disse Paul - Por que acha isso?

 - Todas as garotas por quem eu vi você chorar e se lamentar de amor estão aqui.

 - Todas? Indagou Oliver:

 - Todas. Sentenciou Glória com um majestoso sorriso. Oliver sorriu no canto da boca, e sentiu o nervosismo da escola, a presença de todas aquelas mulheres iriam fazer nascer um amor que ele guardara dentro de si, além de descobrir suas feridas, mas para ele era um preço muito pequeno comparado a grandeza daquelas mulheres. Paul notara o olhar de Glória perdido no rio, então pergunta:

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