Como uma analista muito respeitada em seu ramo, Glória faz diversas viagens, e nesse fim de semana, ela fez uma, o que não deixara Oliver de todo um triste, pois, com Rachel cobrindo matérias ele teria um tempo para matar a saudade de sua mais louca e controversa paixão.
Eduarda.
Oliver já estava no saguão, conversando com o recepcionista que se revelava um profundo conhecedor da filosofia, quando ela finalmente chegara, alta, linda, era uma mulher que chamava a atenção por onde passava, tinha um ardor na alma que fazia subir a temperatura de qualquer ambiente, ela se dirigiu como uma modelo, com um rebolado gostoso de se ver ate Oliver e o abraçou dizendo:
- Como você está querido? Rúben me disse que estava feliz!
- E estou! Respondeu ele num largo sorriso - Melhor agora com você aqui!
- É mesmo? Disse ela rindo - E para onde vamos?
- Para onde você quiser, hoje é você quem manda!
E em poucos minutos, os dois chegaram ao quarto de Oliver. Eduarda sentou-se na cama enquanto Oliver pegava suas fitas de vídeo, ela sorria ao ver os olhos dele brilharem ao olhar as antiguidades que ele tanto gostava, logo, ela pergunta:
- Onde posso me trocar?
- Aqui mesmo, acredito tenhamos intimidade o suficiente Respondeu ele lindo, mas sem olhar para ela, e talvez se ele tivesse olhado antes teria evitado que seu coração parasse de bater por alguns segundos pela segunda vez essa semana, ela tinha um corpo maravilhoso, e estava totalmente despida! Após recobrar o fôlego, ele disse antes de colocar a fita no vídeo:
- Desde quando você ficou tão gostosa assim?
- Meu amor! Disse ela jogando o cabelo para o lado - Eu já nasci gostosa! E os dois riram numa orquestra de alegria, logo, ele foi para junto dela em baixo da coberta, ela não fazia a menor ideia de qual filme era, e quando a voz de Elvis Costello irrompeu a TV, as palavras de Rachel ao telefone se fizeram lembrar em sua mente:
- O que eu faço Rachel? Ela vem amanhã e tô uma pilha de nervos!
- Ora ora Oliver! Lembra o que combinamos de fazer?
- Mas eu iria fazer isso com você!
- Faça com ela, a gente ia ver de novo mesmo, e Notting Hill é um filmão da porra cara, ela vai amar!
- Certo! Respondeu ele rindo - Obrigado!
As imagens da Júlia Roberts, tão linda como nunca, sempre o emocionam, e aquela música! Eduarda jogou o corpo nu para com o de Oliver, deixando seus seios adormecidos nos peitos dele, que apoiou o queixo na cabeça dela e lá ficaram quietos, vendo o filme. Já estavam pela metade, quando ela se desprende gentilmente dele e se senta ao seu lado, ela estende o braço por de trás da nuca dele e o conduz ao seu colo, após deitar-se, ela olha para le que estava sorrindo abobadamente, então ela pergunta:
- O que foi moço?
- Seus seios estão na minha cara, tem como estar ruim?
Ela sorriu antes de prosseguir:
- Quando você e Glória se casarão?
- Não acho que iremos casar.. Disse Oliver ligeiramente desanimado, logo, ela o indaga dizendo:
- Mas vocês se amam!
- Como amigos! Sentenciou Oliver - Não sei se o que ela sente por mim consegue passar disso.
- Você sabe sim Oliver, e fique sabendo que eu não vou sair da sua vida se você finalmente se juntar a quem você ama, acho que você já se puniu nos últimos anos!
Ele ficou em silêncio, um silêncio que apenas confirmava tudo que Eduarda disse, ela acariciou-lhe o rosto dizendo:
- Além do mais, você sempre vai ser minha transa favorita!
Ele riu, mas ficou em silêncio bem rápido, entrou ele beijou-lhe os seios, e a mão que o acaricia estremeceu, e bem devagar, ele apoiou-se no encosto da cama e foi até os lábios dela, e começou a namora-los, passando bem perto deles, mas deixando que seus lábios encostassem no rosto, no canto da boca, ele, bem devagar, sentou-se frente a ela e a conduziu prazerosamente para cima dele, e por fim acertou seu alvo com precisão, ela correspondia com selvageria, quase que o devorando, ele deslizava sobre suas curvas, gravando a sensação do toque na memória, a boca dela, que já havia escorregado para sua nuca lhe causava as mais belas sensações, por fim, sua última peça de roupa caiu ao pé da cama, mas foi quando inverteu-se as posições que Eduarda finalmente se deixou dominar, deixara a cargo de Oliver guia-la, e assim o fez, instigando, saboreando-a, as suas mãos estavam entrelaçadas enquanto ele escorregava por sua poesia, até que por fim bebeu-a como vinho, encheu-se até transbordar, ele se desmanchara nela, que deixava suas juras de amor e paixão ecoar em seus próprios imaginários, e bem devagar, as portas da paixão sofrega para qual os dois se entregaram se abriram, e por fim ele adentrou-a, sem rodeios, enquanto as mãos dela se enterravam em suas costas numa poética bagunça selvagem, e seguiu-se assim por horas, horas e horas de amor intenso, transbordante, os gemidos quase já não saiam em virtude das vozes rocas, e por fim, Oliver rendeu-se ao cansaço, ele caiu para o lado da cama, exaurido, mas Eduarda parecia incrivelmente disposta, disposta o suficiente para nadar nas profundezas do amor e da paixão que ali estava, ele fazia uma força compensativa para não esvair-se dela, que num momento de absoluto controle o enlaçou por completo e disse antes de sufoca-lo num beijo:
- Não faça mais nada, deixa comigo!
E assim foram até serem vencidos por um sono profundo e merecido.
...
As poucos, os olhos de Oliver foram se abrindo, revelando a zona que seu quarto estava e de como estava feliz por aquilo estar daquela forma, e pela primeira vez em anos, quando ele despertou após ficar Eduarda, ela permanecia ali, nua, descabelada e tão linda como nunca, ela apenas sorriu na sua solitária contemplação da beleza daquela mulher, e apenas beijou-lhe a testa, ele girou o corpo contra o dela e a envolveu por completo, ela soltou um gemido quase inaudível e se aninhou junto a ele e diz:
- Bom dia! Com a voz fraca, rouca, mas dava pra ver que estava bem, ele beijou-a várias vzes até ela dizer:
- Merda, eu te amo mesmo!
- Você me quer aqui ou o café?
- Os dois, ai eu tomo o café e como você! Ela riu com a piada suja, mas não abriu os olhos, nesse instante, Consuelo, que já havia sido solicitada por Oliver, entrou no quarto, e ao vê-los na cama, ela foi tomada por um nervosismo desastrado dizendo e repetindo:
- Oh meu Deus! Sinto Muito!
Oliver tentava acalma-la, mas ele e Eduarda não sabia se tentava explicar a Consuelo que estava tudo bem ou se aparavam de rir, aconteceu que nenhuma das duas coisas foi possível! Após a saída dela, Oliver serviu-a o café, e após voltar ao seu lado, ela diz bem perto de seu ouvido:
- E como foi? O sorriso dela não deixava ter dúvidas sobre a que ela se referia, e ele respondeu fechando os olhos, como se lembra-se do gosto da noite que passou:
- Pensei que ia morrer de amor literalmente!
- É, mandei bem né! Disse ela rindo, e por fim, ele perguntou-a:
- Você vai voltar quando para Nova York?
- Eu ia em uma semana, mas as coisas mudaram de rumo e eu terei de voltar amanhã..
- Você se vai muito cedo. Disse Oliver - Vai me visitar as vezes né?
- E quando deixei? Perguntou ela beijando-o:
Ele não respondeu, os dois, após tomarem o café, dormiram mais um pouco, até mais tarde, foi quando ela se lavantou para trocar-se, despediu-se dele com um longo beijo e foi embora novamente, mas dessa vez, deixara um coração inteiro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A poesia da alma
PoetryUm poeta famoso e recluso de quarenta e poucos anos estava na quase solidão de sua casa, quando é convidado a dar algumas palestras em Veneza, após muita relutância, ele finda por ceder. Já em Veneza, ele reencontra uma pessoa que amara demais em...