Rachel levara Oliver para casa, a viagem deles foi totalmente preenchida pela nostalgia de uma vida que eles não viveram, tudo aquilo, estar com ele, e tal, parecia muito com esperança tanto quanto parecia com um adeus, confuso dizer.
Quando finalmente chegaram ao hotel onde ele estava hospedado, ele disse:
- Obrigado por ter feito isso comigo.
- Isso o que? Perguntou ela confusa, e ele respondeu com um sorriso sincero:
- Por me dizer meu erro, ao invés de aponta-lo e usa-lo como desculpa para se afastar.
- Não precisa me agradecer Olie, sei que feria o mesmo! E sorriu magistralmente, ele lhe devolveu o o sorriso acompanhado de um beijo, e depois saiu do carro e ficou parado ao lado dele, olhando-a, até sumir de vista completamente, logo, ele entrou no hotel. Enquanto estava no elevador, seu celular toca, era Consuelo:
- Sr. Paul, onde está?
- Acabei de chegar, estou subindo!
- Ah! que bom, tem uma moça bonita querendo vê-lo.
Oliver imaginara que seria Ana, mas ao chegar, estava uma morena, de longuíssimos cabelos castanhos, olhos escuros e lábios robustos, reconheceria aquela filha da puta de longe! Consuelo foi até ele dizendo:
- Ela disse que se chama...
- Eduarda. Completou ele - Já nos conhecemos.
- E como né!? Gritou ela com ironia.
Oliver se desvencilhou educadamente de Consuelo e pegou Eduarda com força pelo braço e a carregou até o quarto, minutos após ele bater a porta, Rúben aparece e Consuelo trata de avisa-lo:
- Seu Oliver entrou com uma mulher no quarto, bem enraivecido.
- E quem era a mulher?
- Uma tal de Eduarda.
- Ah! Disse Rúben sorrindo - Deixe estar.
*
Oliver jogou-a na cama, e em seguida deitou-se sobre ela, quem não protestou, ambos se cediam as suas carícias e acessos de raiva com velocidade, havia uma ligação puramente sexual entre eles, funciona de forma um tanto disfuncional, ela aparecia do nada, sem mais nem menos e eles transavam, e antes que ele acordasse, ela já teria ido embora.
Oliver já se encontrava totalmente aninhado dentro dela, cuja respiração já saía dificultosa, em virtude de onde as mãos dele estavam, pouco se olhavam, não pareciam que estavam fazendo amor, parecia que estavam fazendo ódio. Ele se embrenhava cada vez mais com selvageria, até determinado ponto que, após atingir o clímax, ele prosseguiu, sem dar ela descanso, ou tempo, a voz dela sumira por completo, sua boca sequer se fechava, e aos poucos, aquilo se tornara suave, doce, se convertera em amor, os gemidos roucos dela eram como belas sinfonias, e el reuniu a pouca, rouca e fraca voz para dizer:
- Foi muito bom.
- Eu te amo sua filha puta. Disse Oliver rindo, totalmente cansado e com o rosto entre os seios dela, que, pela primeira vez em trinta anos, responde:
- Eu também te amo seu merda. Só não posso ser sua.
- Por que?
- Por que você já é de outro alguém.
Oliver levantou o olhar cansado para ela, e de súbito, subiu até o rosto dela, a tal ponto que seus narizes ficaram frente a frente, entre entrara de novo, e acompanhou os olhos dela revirarem aos poucos, e por fim, antes de arrancar-lhe os sentidos novamente, ele diz:
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A poesia da alma
PoésieUm poeta famoso e recluso de quarenta e poucos anos estava na quase solidão de sua casa, quando é convidado a dar algumas palestras em Veneza, após muita relutância, ele finda por ceder. Já em Veneza, ele reencontra uma pessoa que amara demais em...