capítulo 49

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Haviam se passado algumas horas e Anahí dali não saía, ela estava deitada sobre a cama de Alfonso que antes era dos dois, ela abraça o travesseiro dele enquanto mantinha a aliança dele em seu dedo junto com a sua, mesmo estando folgada ou não ela não se importava por nada, só sabia chorar e se lamentar por tudo, era injusto, doloroso, havia dentimentos feridos, seu amor, todo tempo de dedicação, de cuidado para nada abalar essa realação, as súplicas de Alfonso... tudo envão. Sua cabeça já doía e parecia que ainda havia as mil palavras gritantes de Alfonso nela, os olhos de Anahí já estavam bastante inchados e as olheiras eram notáveis, ela estava olhando pro teto se lembrando de noite que tiveram e mais lágrimas derramaram, ela lembrou de todas as promessas e das alianças colocadas em seus dedos, ela chorou por aquilo está acontecendo e a dor era tão imensa que não cabia espaço para odiar Rodrigo, Seu corpo todo pesava e Anahí estava se sentindo um lixo, mesmo sabendo que era inocente Anahí conseguia ter nojo de si mesma por ser tão humilhada como foi e ainda se humilhar mais.

Anahí poderia ficar ali por horas, Alfonso não voltaria naquele quarto e ela mais do que ninguém conhecia ele perfeitamente bem pra saber que ele não colocaria mais os pés ali nem que ele tenha que dormir na rua ou comprar roupas novas.

Anahí levantou-se devagar e sentiu mais uma vez sua cabeça girar e devagar ela caminhou até o banheiro onde desandou ainda mais a chorar, para tentar amenizar todo o nojo e desprezo de si mesma, ela ligou o chuveiro no frio e entrou embaixo dele ainda tirando as roupas encharcadas que usava e tomou aquele banho demorado sentada no box pensando em tudo e como teria sido melhor não ter ido viajar.

Meia hora depois Anahí saiu do banheiro e vestiu qualquer roupa que viu pela frente, ela passou a toalha nos cabelos para tirar a água e se jogou na cama novamente, era torturante saber de que não seria dias dormindo sem o abraço de Alfonso e sim para sempre. Anahí não sentia fome e nem iria sentir por um bom tempo, Ela olhou para o redor do quarto e se viu novamente no prédio com Alfonso tendo todo aquele conforto e aquela experiência única da ultima vez juntos.
As lágrimas nunca cessavam, era uma atrás da outra e a cada lembrança dolorosa era mais mil litros de lágrimas, seus olhos ardiam como fogo diante daquele quarto escuro, sendo apenas iluminado com um abajur em luz fraca, o frio tomava conta de todo o resto a fazendo arrepiar, os cabelos molhados ajudavam, apenas sentia arder em fogo seu nariz que já estava vermelho e brilhante tanto quanto seus olhos.

Ela ficou um bom tempo assim... parada... olhando pro nada sentindo a reação do seu corpo, era inevitável.

Até que seus olhos pesaram ainda mais e ela conseguiu ver  o local do travesseiro já encharcado por suas lágrimas.

Indomável Destino•AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora