4- yes, daddy

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aviso de carência

Harry

A música soava lenta nos meus fones. O tênis esportivo pisava no chão com força e eu tentava soar confiante diante das inúmeras câmeras que retratavam aquele momento.

Eu queria chorar, Louis deveria estar ao meu lado. Ele deveria estar segurando a minha mão, como ele prometeu que faria caso a banda acabasse. Ela acabou, mas o meu relacionamento também.

—Você tem visto os meninos?

—Vocês não se falam mais?

—Quem era a garota que andava contigo semana passada em Los Angeles?

Eu bufei, malditos pensamentos! Porque quis vir passear nas mesmas ruas que Louis e eu costumávamos andar?

Eu decidi dar mais uma chance para os jornalistas loucos, e respondi dizendo que nossas agendas não se encontram, mas que falamos pelo telefone. O que não é totalmente verdade.

Quer dizer, Zayn evita contato. Louis coloca a imprensa no meio sempre, Niall realmente está com a agenda lotada, Liam então, nem se fala. Eu fico feliz pelos meninos estarem seguindo os seus planos, mas sinto saudade de nós.

Perguntaram novamente sobre Carolina, eu sorri. Sentia saudades da minha vizinha que reclamava sobre eu ser fitness demais. Disse aos jornalistas que era minha nova vizinha, e então tive que -com muita luta e esforço-, dizer que precisava ir. Estava voltando para Los Angeles e eu poderia perder meu vôo.

Quando finalmente consegui chegar no aeroporto, fiz o check in, encontrei Tess, o meu segurança, e fomos ao embarque para Los Angeles. Eu respirei fundo quando sentei no banco. A Inglaterra me trazia memórias que eu não gostaria de lembrar naquele momento.

Ficamos conversando sobre a minha turnê, que se iniciará em alguns meses e após, eu resolvi descansar.

Quando acordei, já estava em Los Angeles, Tess disse que era por volta das três da manhã. Ele disse que meu carro estava no estacionamento e eu corri para o piso 2, lado B. Eu só queria chegar em casa o mais depressa possível. Abraçar o meu travesseiro e chorar até não ter mais líquido no meu corpo. Porque eu estava tremendo com saudades de um amor que não necessita mais de mim. Porque eu estava necessitado de alguém que não me tem mais como seu mundo. Porque eu não entendia como Louis se transformou em uma pessoa preconceituosa com nosso próprio amor.

Assim que cheguei no prédio, segui para o elevador após cumprimentar Albert- o porteiro do segundo turno. Quando sai no meu andar, agradeci a todos os tipos diferenciados de deuses, e agradeci ainda mais quando vi a minha estranha vizinha. Carolina tentava fechar a porta com várias sacolas em suas mãos pequenas. Menores que as de Louis.

Eu não disse nada, apenas me aproximei com a cabeça baixa e as lágrimas já estavam rolando, no início ela tomou um pequeno susto por não me ver chegar, mas depois ela me abraçou e perguntou o que estava errado.

Está tudo errado, Carolina. Estou sem casa. Eu me lembro de repetir isso em seu ouvido, chorando, soluçando e várias vezes. Carolina colocou as sacolas no chão, abriu a porta, pegou as sacolas e seguiu para dentro me puxando também ao seu encontro. Eu me sentia uma sacola vazia.

Senta aí...- Ela disse autoritária. Ela sempre foi muito autoritária. —Onde você esteve?

—Uk. -Digo olhando para a tela de sua TV gigante desligada.

Carolina H.S Onde histórias criam vida. Descubra agora