13- Hospital

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Eu precisava erguer Carolina, voltar para o apartamento dela após Eddie ir só me fez perceber o quanto ela precisava de mim.

Ela estava desmaiada no banheiro.

E depois de meia hora, eu estava com ela no hospital. O médico disse que seu estômago estava vazio e ela estava tão mais magra. Era notório que Carolina não estava se alimentando bem.

Depois de quatro horas no hospital, Carolina se mexeu em meu lado, na sua maca, que eu estava apoiando o meu braço, para segurar sua mão.

Os seus olhos abriram lentamente, mas demorou para ela se acostumar com a luminosidade. Ela suspirou, ao me ver pareceu confusa e observou as paredes brancas da sala.

-Como você se sente?- A minha voz soou mais chorosa do que eu queria que parecesse. Carolina notou, ela me olhou e deu de ombros abaixando a cabeça, estava envergonhada e magoada. -Preciso saber como você está.

Com a mão que não segurava a sua, eu acariciei o seu rosto macio e ela me olhou engolindo em seco, continuando com as suas indagações por alguns minutos.

Até que ela ergueu seu queixo, me olhou nos olhos e perguntou o por quê.

Eu não sabia o que ela queria saber, se era porque eu ainda estava lá, ou se era porque aquilo estava acontecendo.

Eu não sabia de quem era a culpa e não sabia muito o que fazer sobre isso. Mas eu sabia que a frase que lhe disse ontem não é uma mentira. Eu a amo. Estou aqui por isso. Mas eu não sei o que esse amor significa. Eu não sei como eu a amo, por causa de Louis. Louis, Louis, Louis. Ele nunca irá me deixar em paz?

-Por que está aqui? -Ela perguntou lentamente. Como se falar doesse. -Você deveria ser o primeiro a me deixar. Fui uma pessoa cruel com você.

Uma lágrima escorreu do seu olho, novamente outra e mais outra. Eu limpei suas bochechas molhadas.

-Eu amo você, Carolina. Independente de tudo somos melhores amigos, certo?

Carolina chorou, um choro com desespero. Eu a abracei até ela se acalmar como eu sempre fazia e eu nunca me cansaria de dizer o quanto foi reconfortante saber que eu a acalmava.

Depois de um tempo, o Dr. Valdez entrou, ele passou algumas recomendações que eu farei Carolina seguir e então fomos liberados.

Carolina andava lentamente do meu lado enquanto íamos até o estacionamento. Entramos no carro e seguimos até o prédio que morávamos. No caminho, eu ia pensando nos últimos acontecimentos, era certo falar de Eddie com Carolina? Talvez. Não podemos fugir de todos os assuntos, mas agora não era a hora.

Hora.

Eu precisava aprender a respeitar a hora de cada coisa.

-Está vagando em seus pensamentos?- Carolina resmungou.

Eu a olhei por dois segundos antes de olhar novamente para o trânsito.

-Mais ou menos. -lhe digo antes do silêncio retornar. -São oito horas. -Eu vejo no painel do carro e suspiro. -Quando chegarmos, eu vou preparar um monte de coisas para você comer e eu sinto em lhe informar, mas eu cozinho tão bem que você não vai resistir.

Carolina me presenteia com o som de sua risada e eu sorrio antes de passar a marcha e encaixar a minha mão na sua em seguida.

Eu não sei bem o motivo, mas felizmente Carolina deixou a minha mão na sua e ao chegarmos em sua casa, ela tomou um banho enquanto eu preparava algo para ela comer.

Eu fiz um cozido de carne que minha mãe preparava sempre quando eu estava doente, ela sempre dizia que a Carne vermelha junto com os legumes me deixaria bem forte. Montei um prato bonito para Carol com arroz, feijão, a carne cozida junto com cenoura e chuchu, e por fim uma salada de beterraba. Preparei um suco de laranja da fruta e uma salada de frutas para a sobremesa que deixei na geladeira.

Depois de horas, eu voltei para seu quarto para ver Carolina com o computador em seu colo, seus dedos eram rápidos ao digitar coisas que eu pensava ser um de seus livros. Assim que me viu, a morena deixou o seu aparelho de lado e sorriu para mim.

Eu me aproximei, com a bandeja em minhas mãos. Carolina me disse que diferente das pessoas normais ela amava os vegetais e eu concordei com ela. Enquanto a garota comia eu a observava, todas as suas maneiras e todo o seu jeito especial. Carolina... não há ninguém como Carolina.

Assim que acabou, ela me pediu para eu me deitar com ela, e eu fiz. Deixei a bandeja e todos os objetos sujos em cima da pia, para mais tarde eu lavá-los , e voltei para a minha Carolina junto com a sua sobremesa que ela acabou rapidamente alegando estar muito bom.

Me aconcheguei ao seu corpo frio e a esquentei. Ela parecia bastante confortável com a posição de concha e então permanecemos assim por horas. Eu achava que ela já estava adormecida, porem a sua fala me provou que eu estava errado.

-Desculpa.

O silêncio foi quebrado pelo seu sussurro e eu suspirei abrindo os olhos. Carolina desfez nossa posição para por fim apoiar seu queixo em meu peito e me olhar com seus olhos grandes.

-Eu... não queria isso tudo. -Ela voltou a sussurrar.

-Eu acho que também lhe devo desculpas. Fomos infantis. -Eu sorrio para tranquiliza-lá e Carolina assente antes de se virar e eu volto a abraçá-la enquanto ela segura em minha mão.

Naquela noite nós dormimos juntos e custou levantarmos, mas eu fui o primeiro a acordar. E enquanto eu estava acordado, pensava e pensava... Olhando para a sua boca notei que seria melhor tê-la apenas como uma amiga do que não tê-la como algo.

E então eu apenas morria do seu lado. Contentando-me apenas com abraços e palavras de conforto, porque na verdade eu estava desejando algo proibido.

hello

eu tô lá no tt como sweetpsyas me sigam lá ;)

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all the love.
bjus

Carolina H.S Onde histórias criam vida. Descubra agora