5- Shut up

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Começou com leves pontadas, que foram se tornando dores agudas em minha cabeça. A iluminação forte em meu rosto fez com que eu acordasse e logo depois de dois minutos tentando, consegui abrir meus olhos para ver uma sala completamente bagunçada.

A minha garganta parecia seca, mas eu não me preocupei com ela quando notei o peso na minha barriga. Abaixei o meu olhar e a visão que eu tive me fez querer chorar.

Eu odeio beber!

A garota adormecida com um esparadrapo cobrindo parte de seu abdômen estava jogada em meu corpo. Seus olhos começaram a se abrir enquanto eu observava o seu corpo, que assim como o meu, estava nu.

Demorou cerca de três minutos até que Carolina estivesse sentada no seu enorme sofá cama, à minha frente com seus olhos arregalados. Ela fez uma cara de dor enquanto eu tentava me concentrar em não olhar para os seus seios fartos nus.

Eu engoli em seco olhando para cada parte do apartamento, querendo tentar me lembrar de alguma coisa.

Minha boca se abriu, querendo revelar um gentil pedido de desculpas, porém, fui brutalmente interrompido pela garota dos cabelos acastanhados.

-Sh! Cala a boca, daddy!- Ela disse com um tom rude e grosseiro tapando o rosto, com sarcasmo. -Meu Deus, não não não!!!

Carolina levantou da cama com uma cara de surpresa e raiva ao notar a borboleta tatuada em seu estômago e eu senti um enjoo vir, vomitando em seguida no seu tapete negro.

Ganhando o seu olhar de "não diga nada ou eu te mato".

***

São cinco da tarde, Carolina e eu já estamos um pouco melhores da ressaca, ela não quis falar sobre o que houve. Ainda chateada com a situação, Carolina não para de reclamar e dizer que nunca mais vai beber.

-Pelo menos, eu não tatuei a sua testa.

Ela me olhou quando de repente as palavras se soltaram de minha boca e eu poderia jurar que ela me espancaria, mas na verdade, Carolina riu. E eu a acompanhei.

-Me perdoe. -Eu peço. -Eu realmente não sabia que ia perder tanto o controle.

-Você tatuou o meu abdomen, Harreh! Isso acontece todos os dias. -Ela rola os olhos. -É a coisa mais clichê do mundo.

Eu ri do seu mau humor bem humorado antes de me aproximar mais dela para ver a bela obra e encarar estranhamente.

-Uma asa parece maior?

-Você estava bêbado, é claro que isso está uma bosta.

Eu rolo os olhos por ter me ofendido artisticamente.

tudo bem, harry. Ela não canta melhor que você.

Depois de muito discutir para ver o que iríamos assistir, acabamos por colocar em uma comédia romântica que passava na TV gigante de Carolina, mas tudo o que eu conseguia pensar era em como essa noite me fez bem, mesmo eu não lembrando dela.

-Não ouse. -Minha vizinha brigou e eu interroguei. -Você vai perguntar se eu me lembro, vou falar que sim, aí você me pergunta o que houve... -Ela explica. -Não vamos falar sobre isso.

Eu decido seguir como Carolina deseja, porque ela é sempre tão segura dos caminhos que decide seguir, que você se vê psicologicamente induzido a este.

A tarde voou, assim como todo o dia, eu declarei a minha ida enquanto procurava a minha carteira e Carolina, gentilmente, me entregou, alegando estar perdida na mesa da cozinha.

-Hey...É...- Ela parecia um pouco confusa, e eu cruzei os braços, parado em sua porta esperando-a completar a sua fala. -Você quer conversar sobre Louis?

Eu arregalo os olhos ao notar que tinha esquecido completamente do garoto de olhos azuis.

-O que?- Ela pergunta e eu procuro meu celular nos bolsos, vendo que não tinha nenhuma mensagem dele, apenas uma ligação perdida. Um suspiro de dor me atinge e eu nego com a cabeça, dizendo em seguida estar bem. -Sabe que isso é mentira.

Eu olho para Carolina, o nariz, os olhos pequenos, a boca e a pele negra, naquele momento tudo o que sentia era gratidão por ela estar sendo algo tão bom para mim, mas depois de um tempo eu não pude mais controlar o que sentia.

-Nos vemos amanhã?

-Sempre nos esbarramos quando eu não consigo fechar ou abrir a minha porta, não é?- Ela ri e eu a acompanho.

O sentimento de conhecer Carolina foi algo como uma incógnita, eu era próximo dela mas ao mesmo tempo eu não sabia quem era ela. Carolina sempre teve a sua carga de mistério. Sempre teve os olhos embaçados de poder e orgulho e eu sempre estava procurando por mais dela, que como um balão me levava aos céus. Tanto que não pude perceber o quanto estava me descolando do que me prendia a Terra.

Capítulo curto, apenas para deixar as coisas explicadas. Eu vi que muitas leitoras daqui não gostam de hot e tal e o meu ponto referencial ou o meu destino na história não é o hot em si, então preferi não declarar detalhadamente o que houve, não por agora.

gente eu sei que não tem nada haver mas eu tô mt fodida eu, eu tô apaixonada por um babyboy tão inocente sendo que eu sou a pura safadeza.

SOCORRO

ENFIM

me desejem boa sorte. Um beijo, amo vcs até o próximo capítulo (que eu juro tentar não demorar tanto para publicar)

Carolina H.S Onde histórias criam vida. Descubra agora