Capítulo 5

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— Então, você e o Teioso serão a dupla de heróis dessa cidade? Eu não sei se isso é bom ou péssimo.

— Sua sinceridade me comove — Cruzei os braços.

— E se ele quiser descobrir quem é você?

— Ele não vai. — Digo com convicção.

— Ok... Mas e se ele tentar?

— Não vai conseguir.

Olhei para a cidade e vi o aranha pular pelos prédios com suas teias.
Estranhamente, eu me importava com o que ele pensava de mim. Talvez porque agora ambos os dois tínhamos a mesma vida.

— O que será que ele vai pensar se algum dia descobrir quem sou eu? — Murmurei.

— Que é uma fã maluca tentando ser igual a ele.

— Você é um poço de incentivo. — Fiz uma careta.

Michelle riu.

— Ok, talvez ele goste.

Eu e o cabeça de teia já tinha nos conhecido, mas nunca conseguíamos nos encontrar

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Eu e o cabeça de teia já tinha nos conhecido, mas nunca conseguíamos nos encontrar. Eu sempre chegava e saía primeiro dos lugares onde havia acontecido os crimes e acidentes. E eu já havia virado manchete no jornal do J.J.: " Mulher-Aranha: Heroína ou Vilã?", "Estaria a Mulher-Aranha juntando-se ao Cabeça de Teia como a nova dupla de vilões?"

Sinceramente, eu não dava a mínima para essas notícias. Para mim, J.J. era tão fã do Aranha quanto qualquer um dessa cidade.

E por falar no Aranha, avistei ele indo apressadamente para o centro da cidade e decidi segui-lo, caso ele precisasse de ajuda.
O problema era que uma mulher havia batido o carro em um hidrante e estava um pouco desnorteada. Mas estava bem.

Tão bem que até abraçou o aranha.

É, ele não precisa de minha ajuda.

Saí dali o mais rápido que pude, indo até o terraço​ da Oscorp. Fiquei ali sozinha por alguns minutos, até ver o Cabeça de Teia se aproximar e sentar-se ao meu lado na beirada do prédio.

— E aí, Cabeça de Teia? — Pergunto tentando​ disfarçar.

— Olha só, se não é minha heroína aracnídea preferida?

— Primeiro, precisa arrumar um apelido melhor porque heroína aracnídea não dá. Segundo, não me enche o saco.

— O que houve?

— Nada.

— Me fala o que está te incomodando​.

— Você não tem um incêndio, um roubo ou acidente de carro pra ver não?

— Você... Está com raiva por que eu fui ver aquele acidente da mulher? — Perguntou ele em um tom provocativo.

— Claro que não. Ela nem bateu tão forte assim no hidrante. Só fez aquilo para chamar atenção.

Cabeça de Teia me olhou por alguns minutos calado, o que me deixou extremamente desconfortável.

— Que é?

— Eu não acredito.

— O que?

— Você está com ciúmes daquela mulher!

— Ah, me poupe!

Levantei-me da beirada e caminhei até a ponta do prédio, sempre olhando para a cidade. Eu realmente estava sentindo ciúmes dele e estava me praguejando mentalmente por isso.

— Hey, Pequena Aranha. Saiba que meu coração é apenas seu.

Virei-me nas pontas dos pés para olhá-lo.

— Tão engraçadinho.

— Não custava tentar. Agora, se me der licença... Vou rondar a parte norte da cidade.

— Toma cuidado.

Cabeça de Teia se aproximou de mim e segurou minha mão, depositando um beijo na mesma.

— Não me espere acordada.

— Bobo.

Spider-Gwen - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora