Capítulo 63

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Naquele mesmo dia à tarde, depois da escola, Peter e eu fizemos a ronda juntos pela cidade.
Estava tudo correndo bem, até o lançador do Peter parar de funcionar fazendo-o cair no meio de uma pouco movimentada por carros mas muito por pedestres. A sorte dele foi que o sinal para os pedestres e para os carros estavam fechados.

— Aranha, você está bem? — Perguntei assim que conseguir chegar perto dele.

Várias pessoas deixaram de atravessar a rua para ficarem olhando e fotografando nós dois, mas não nos importamos com isso.

— Eu 'tô bem — respondeu ele — Meu fluido de teia deve ter acabado.

— Usa sua teia orgânica.

Peter assentiu, tirando seu lançados de teias e sua luva para poder atirar a teia. Mas nada aconteceu quando ele apertou o seu pulso, nenhuma teia se quer apareceu.

— O que está acontecendo comigo? — Perguntou ele preocupado — Eu não tenho mais teias!

— Continua tentando, Aranha.

— Não saí mais nada! Será que... — Ele me lançou um olhar aflito — Será que perdi meus poderes?

— Assim do nada? Acho difícil. J.A.R.V.I.S., faça uma leitura do corpo do Aranha e veja se tem algo errado.

J.A.R.V.I.S. escaneou três vezes o copo de Peter, mas não encontrou nada demais. O problema não era com ele.

— Aranha, não tem nada de errado com você.

— Então, por que estou sem teias?

Quando abri minha boca para responder, meu sentido aranha começou a me avisar de algum perigo próximos. Olhei em volta, procurando por algo mas não encontrei nada.

— O que foi? — Perguntou Peter.

— Sentido aranha.

— Sentido aranha? O meu não está funcionando.

Senti um aperto em meu peito, Peter tinha mesmo perdido seus poderes?

De repente, ouvi algumas pessoas gritar e outras correrem com medo de algo; alguns carros que estavam no farol deram ré para escapar. Foi quando eu percebi que um caminhão estava vindo em alta velocidade em nossa direção.

— Aranha, você tem que sair daqui.

— Mas eu...

— Agora!

Deixei Peter onde estava e pulei em cima do caminhão, entrando na cabine do motorista logo em seguida — que por sinal estava vazia — e pisei no freio fortemente, mas o caminhão ainda estava em alta velocidade.
Por um impulso, me coloquei na frente do caminhão e joguei teia em todos os postes, casas e prédios ao lado segurando firme, algo como um “freio manual”.
Fiquei nessa posição, até que o caminhão parasse de vez, evitando que entrasse dentro de um banco.
Acabei usando muito de minha força, mas pelo menos ninguém se feriu.

Sentei-me no chão, ofegante.

Exclusivo! Homem-Aranha perde os poderes e Mulher-Aranha dirige um caminhão desgovernado pelas ruas de Nova Iorque! — Disse J.J. no telão de um prédio.

— É, e você é um fã que adoraria usar nosso uniforme e dançar Singles Ladies em frente ao espelho. — Murmurei com um sorriso.

Após alguns segundos descansando, Peter apareceu para ver como eu estava.

— Eu estou bem. — Digo tentando me recompor.

Era desconfortável ver Peter daquele jeito, então decidi entregar o meu fluido de teia a ele.

— Aqui, pegue. — Digo entregando o pequeno frasco a ele — Pode ter perdido seus poderes mas a cidade ainda precisa de você.

Peter negou com a cabeça, dizendo que não poderia aceitar. Impaciente, segurei sua mão e coloquei o fluido em seu lançador de teias, sem nem mesmo deixar que Peter falasse algo.
Sorri quando ele desistiu de tentar me devolver o fluido.

Meu sentido aranha já estava enlouquecendo de novo, quando um outro carro — dessa vez um menor — tentou nos atropelar; nossa sorte foi que Peter jogou sua teia em um poste e subiu a nós dois, desviando do carro que bateu em um hidrante.
Este também estava sem motorista.

— O que está acontecendo com esses carros?! — Perguntei quase gritando de tão nervosa que eu estava. Era a segunda vez que algum carro vinha para cima de nós.

Gwen, atrás de você. — Disse J.A.R.V.I.S.

Quando virei-me para olhar, me deparei com Jeff em cima de um carro nos olhando com uma expressão fria, mas com um sorriso no rosto.

Spider-Gwen - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora