Capítulo 6

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Depois daquele dia no prédio, eu não vi mais o Aranha. Até os jornais haviam percebido sua ausência nesses dias, mesmo eu tentando encobrir. A primeira notícia do jornal era o "Abandono do Aranha", estampada logo na primeira página.

Eu não podia deixar que isso acontecesse.

Fui até o prédio do J.J. e entrei pela janela, pegando-o de surpresa.

— Quem você pensa que é?

— Mulher-Aranha! — Disse ele surpreso — Rápido, chamem o garoto da câmera!

Fechei a porta com minha teia e a tranquei, deixando eu e J.J. a sós. Todos nos olhavam surpresos, alguns até com receio por eu aparecer ali daquele jeito.

— Como você ousa publicar que o Homem-Aranha abandonou a cidade?!

— Se ele não abandonou, onde ele está?

— Ele... Precisa de um tempo. Ele não é de ferro, sabia?

— Ah, então admite que ele tem uma fraqueza.

— Todos nós temos.

— E qual é a sua?

Me aproximei de J.J. com os punhos fechados, me segurando para não agredí-lo.

— Quero que pare de publicar mentiras nesse jornal.

— Nunca! Você e o Homem-Aranha são foras da lei. A cidade precisa saber quem são os bandidos por trás dessas máscaras.

— Já vi que perdi meu tempo vindo aqui.

Fui até a janela e lancei minha teia no prédio em frente, na intenção de ir embora. Mas J.J. me deteve.

— Espere. Se me der uma entrevista, eu paro de publicar que o Homem-Aranha é um criminoso.

— Só uma entrevista? — Perguntei desconfiada.

— E uma foto, é claro. Sem a máscara.

Soltei um suspiro frustrado.

— Tchau, J.J.

— Como assim você foi até o Clarim Diário falar com o J

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— Como assim você foi até o Clarim Diário falar com o J.J.?! — Perguntou Mi, como se aquilo fosse a pior coisa do mundo.

Estávamos sentadas no terraço do meu prédio, olhando para a cidade agitada lá embaixo e conversando sobre o meu erro.

— Eu só queria que​ ele parasse de falar mal do Homem-Aranha. Qual é o problema?

— O problema é que ele não vai parar, Gwen. Mesmo que você tivesse dado a entrevista. Bom, pelo menos isso você não fez.

— E entregar minha verdadeira identidade a ele? Até parece que vou confiar em um cara como​ J.J.

Michelle soltou um suspiro fraco.

— E o que você vai fazer agora?

— Vou continuar cuidando da cidade, enquanto o Aranha não volta. Ele não nos abandonou. Eu sei disso.

— Eu também acredito. Olha, Gwen, tenta esquecer essa história e descansar um pouco. Depois nós conversamos, ok?

Assenti, ainda com os olhos na cidade. Michelle saiu logo em seguida, me deixando a sós com meus pensamentos. Lembrei-me do dia em que conheci o Cabeça de Teia.

Flashback on

Estava fazendo uma ronda pela cidade, quando avistei dois caras armados entrarem em uma joalheria e fazerem as vendedoras reféns. Entrei como se fosse uma cliente e parei na frente deles, fazendo pose.

— Muito bem. Podemos fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil.

— Pega ela! — Disse o cara de camiseta preta.

O amigo dele apontou a arma para mim, mas eu fui mais rápida e a tirei dele com minha teia. Sr.Bandido pegou uma faca de seu bolso e veio para cima de mim e quando ele tentou me golpear, abaixei e dei uma rasteira nele fazendo-o cair no chão. Logo em seguida, tirei a faca da mão dele e o colei junto ao chão com a teia.
Quando voltei minha atenção para o outro bandido, vi que este estava preso por uma teia em volta de seu corpo.

— Obrigada pela ajuda, Aranha. — Digo sem nem mesmo vê-lo.

— Quem é você?

— Quem sabe sua nova parceira?

Homem-Aranha apareceu em minha frente de ponta cabeça, segurando-se em apenas uma teia fixada no teto.

— Parceira? Que irado! Pensei que fosse único! Há quanto tempo têm esses poderes? Você foi picada ou ganhou de outro jeito?

Fiz um sinal com a mão para que ele parasse de falar.

— Eu fui picada há alguns dias.

Ele jogou o saco com as jóias para mim.

— Presentinho.

— Oh... Não precisava. — Fiz a pose clichê de menina apaixonada.

Aranha riu.

— Vai lá dar essas jóias aos policiais que eu vejo como estão as reféns.

— Ok, te vejo por aí.

— Até logo, parceira.

Spider-Gwen - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora