Lição número 13

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Na última sexta feira tive um problema extra big. Eu estava no teatro. O professor tinha me dado um papel extra small para a peça. Eu tinha de ser a fotógrafa, e tirar fotos. Minha única fala era "PERA AÍ!".

Ok. Eu estava pronta para isso. Mas quando fomos ensaiar uma cena da peça, o professor olhou para mim "VOCÊ! Faz a comandante Barros para mim?"
Meu coração já saiu da porcaria do meu peito. Eu não tinha me preparado para isso, Deus!

Aí eu disse pra ele que eu não sabia muito bem como interpretar a personagem, mas ele disse que tudo bem e que iria me ajudar lá na frente. Ok, eu fui.

Aí a peça começou.

Eu realmente não tenho ideia do que fazer com o meu corpo. Tipo, NUNCA. Aí eu só fiquei meio que parada né, com o corpo teeeeeenso que só. Beleza.

Caminhei até o lugar onde eu tinha de caminhar, chamei o personagem, guiei ele até a cadeira e depois olhei para o professor. Não sabia o que fazer. Aí ele mandou eu chamar os "rapazes". Eles estariam conversando. ELES NÃO ESTAVAM CONVERSANDO NÃO GENTE, ELES ESTAVAM ERA BERRAAAAAAAANDO.

Eu estava tão nervosa que me esqueci que eu tinha de chamar 3 vezes. Para mim eram só duas. Aí eu chamei "rapazes". Nada. Ok. Eu sabia. Aumentei o tom de voz. "Rapazes". Nádegas. Aí comecei a entrar em pânico. Não sei se eu gritei realmente, mas para o meu tom de voz, eu gritei. "RAPAZES". Os dois me olharam.

O papel deles era tipo me achar maravilinda e tals. E eu tinha que entrar na deles, tipo, sorrir e me achar maravilinda também. Só que eu, Giovanna, não sou convencida assim. E fazer aquele papel havia me pegado taaaaao de surpresa que eu não tive tempo de dizer para mim mesma que aquela não era eu, Giovanna, era a personagem, Barros. Não deu tempo. Então para mim era EU. EU.

Aí os dois começaram a falar bem da Barros e não sei o que e não sei o que mais. Tipo assim, um dos policiais era o crush da minha amiga, e eu comecei a achar ele super cute. E NAQUELA CENA EU SÓ CONSEGUIA OLHAR PARA ELE, SÓ CONSEGUIA ESCUTAR A VOZ DELE.

Foi uma drooooga gente. Eu olhava para ele e para as meninas (umas duas amigas minhas) que estavam me olhando com uma puta cara de riso. Eu estava mortinha de vergonha. Eu não sabia se eu ria, se eu ficava séria. Eu sei que fiquei no meio desses dois impasses. Eu ria e depois ficava séria. Aí eu fiquei com tanta vergonha, mas tanta vergonha que acabei chamando eles e dizendo que o senhor já estava esperando eles.

Naquele momento eu nem olhei para os outros que estavam assistindo. Eu esqueci deles. Eu sabia que tinha de esquecer eles, se não eu iria travar. E eu esqueci, de fato. A cena em si foi o que me fez ficar nervosa e com uma vergonha violenta. Aí os rapazes foram até o garoto e eu saí da cena. Depois de tudo que eles precisavam fazer o crush da minha amiga chamou a Barros e eu fui lá.

Peguei o personagem que estava sendo interrogado e levei ele para fora. Ele falou umas coisas e depois eu continuei levando ele. Aí Over de cena.

Meu coração suspirou aliviado. Aí o professor mandou bater palmas. Aí até mesmo eu bati porque era apaixonada demais por aquela cena, mas eu entrei para estragar né kakakaka ENFIM...

Aí a Xuliana ia sentar, aí o professor mandou eu esperar ali na frente com eles para ouvir a critica e eu fiquei.

Ele disse que a cena estava boa e que só precisava arrumar algumas coisas (eu, obviamente) e aí um dos rapazes que não era o crush da minha amiga disse que eu precisava ensaiar essa cena porque eu poderia ser a Barros, e o professor disse o mesmo.

MERDA! Como assim eu podia ser ela? Mas GENTY A BARROS ERA UMA GAROTA ALI. Ela não ia para o ensaio a alguns dias, mas ELA ERA A BARROS.
Mas aí o professor explicou que ela estava com alguns problemas pessoais e por isso disse que talvez eu ficaria com o papel dela para ela não ficar sobrecarregada.

Então ok.

GENTE, EU TIVE UM ATACÃO. Eu não queria ser a Barros de forma alguma, mas ok, vou fazer isso até porque é aquilo lá que eu já disse milhares de vezes né.

 Eu não queria ser a Barros de forma alguma, mas ok, vou fazer isso até porque é aquilo lá que eu já disse milhares de vezes né

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Saiu em forma de print mesmo porque Tô sem espaço pra editar Hahaha.

AMO ESSAS FRASES GENTE!

MORAL DA HISTÓRIA: Acredite em você sempre, mesmo que você não saiba o que fazer com o corpo ou com o crush da sua amiga um metro mais alto que você te olhando de cima a baixo.... KKKKKKKK, ok, perdão. Vamos para a moral de verdade.

MORAL DA HISTÓRIA: Acredite em você mesma sempre. Lembre que eu era insegura para ir fazer teatro, e eu venci esse medo. Eu atuei, mesmo sem saber exatamente como fazer e ter saído uma atuação de caca, mas é aquela frase né, as coisas nunca vão ser como a gente quer, sei que só tem coragem quem tem medo. Então vai nessa. Supere os seus medos. Confie em você. Não tenha medo de errar.

Eu acredito em você!

Não seja trouxa.

Um beijo na testa ❣

Guia de como não ser trouxaOnde histórias criam vida. Descubra agora