DESCUBRA ALGO AQUI!

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- Poderia morrer ouvindo esse som,poderia morrer sentindo esse frio,poderia viver aqui...Mas sem enxergar,sem vê,eu não poderia ficar.

Ela olha ao seu redor,tenta abrir os seus olhos que ainda permanecem no escuro breu do desconhecido,ela sabe que tem algo à sua frente ,mas sente medo da luz,do visível.

- Meu corpo sente,minha alma treme,minha artéria para de bombear o que me manteve viva todo esse tempo,mas não quero. 

A sua direita começa a soar um som horripilante.

Ouvisteexclamou ela.

O som não para, -Não sei onde estou,não lembro de nada,mas eu sei quem sou. 

Seus olhos começam à abrir lentamente,- Oh meu deus,estou com tanto medo. 

Ela parece morta,dura,fria... Mas algo ainda pulsa em seu corpo que teima em o manter erguido,lutando,sobreviva!. -Eu sei meu nome,só falta-me sentido,orientação. 

Ao exclamar essas palavras, o som que ainda soava decide regredir para dentro de sua morada,ele para. O vento retoma sua posição de orientador do tempo, o espaço,esse cabe às estrelas. Ela não sente calafrios quando o vento ultrapassa sua áurea,- Que vento frio,mas meu corpo ainda o supera,quero ver mas tenho medo do que está ali.  Ergue seu pálido braço e o direcionando à algo que não existe.

Ela ao abrir lentamente seus olhos,percebe que esta no interior de uma casa abandonada pelo tempo e por almas que não querem residir em algo sagrado. A casa não tem cheiro,mas está morta. Ela direciona sua cabeça para trás e percebe que há algo em sua volta e diz suntuosamente.                          

  - Azul...tudo é azul aqui.                                               

Ela percebe que no casco da casa existe uma janela velha com leves rachaduras que da a impressão de uma fragmentação da tão buscada liberdade. Há uma porta mais velha que a janela,mas não há nenhum espaço para à liberdade.

-Tudo azul aqui!.

- Não gosto desta cor, ela é fria. 

Ao se aproximar da janela aponta para algo e sai andando vagamente pela casa e exalta com ar de tristeza. -Por que estou aqui ?, Por que não lembro de nada,só sei, sinto que ainda existo.     Ao continuar se movendo em direção a janela,vai movimentado à densa terra como ondas que esperam à próxima tempestade para se libertarem do pequeno mar. O chão solidificado como uma armadura que já envelhecida,abre pequenos buracos que acomodam singelas folhas que ao desistirem da vida, caem ao solo em busca da tão desejada paz.

-Isso é bom! 

Ela olha em direção ao céu,

- Estão quebradas,que luz forte!. Ao chegar perto da janela ela olha pelos espaços e diz.                   

- Há vida,movimento,verde...uma floresta?.Observando em silencio à paisagem que pulsa livre lá fora.

Ouço passos,sim são passos. Palavras que soam baixo,mas esperançosas.

''GRITA!''  

-Socorro!por favor socorro,aqui,me ouve?. O som se paralisa.- Aqui,estou aqui nesta casa abandonada,me ajude!. O som violento do bater dela nas velhas janelas ecoam e se propagam pelo calmo ar.

Me responda por favor, me ajude!. Estou presa nesta casa. Não há lágrimas,só pura euforia.

- Você está livre!

Era uma voz,ela não sabia identificar de quem ou do quê,mas era uma voz.

Não,não,não...estou pressa aqui,não consigo sair,não dá. Ajude-me por favor!

- Hahaha,Você nem tentou abrir a porta,ficou ai parada um bom tempo paralisada...hahaha.

- Tente sair.

Ela vai em direção a porta e gira à maçaneta como se o mundo estivesse em suas mãos,sua intenção era de destruí-lo pelo fato de ter dado tudo errado.

Não consigo!. Nervosa intensidade. 

- Eu sei! 

Um leve desespero toma conta de seu corpo.- Por favor me ajude,não estou conseguindo abrir nem as janelas e nem a porta, elas estãostão duras com pedra.

- Eu sei!

Não se ouve mais nada ao redor da simples e velha casa.

- Moço,senhor me ajude!...alguém? 

- Volte! 

                                                                         CONTINUA.......................









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