ONDE ESTÁ ANA

08

-Como se conheceram?.

-Ana,você é muito curiosa. diz Sôra.

Todos riem como se esse momento fosse algo único no mundo

Daren: -Bom, eu estava andando pela floresta procurando alguma saída,quando ouço uns soluços que viam do céu, do alto. E comecei à procurar o que poderia ser aquilo,quando ando mais um pouco e vejo uma criança  toda assustada,chorando...Ela estava com  tanto medo que consegui sentir  o seu desespero.

-Ele me salvou...tinha subido em cima de uma árvore e não conseguia descer.

-Por quê?  Se conseguiu subir, por que não conseguia descer. Ana expressa essas palavras de modo irônico.

Daren:-Explica,Sôra? 

-Bom... eu estava perseguindo uma linda borboleta azul,quando...

-Pera! azul?. Ana à interrompe.

-Sim azul,por que?

-Não,nada não desculpe-me!

-Então eu fui seguindo ela,era linda!,suas asas brilhavam com uma pó mágico.Ela era um encanto,quando ela pousou bem em cima da árvore eu subi para tentar pega-lá,mas...mas ao subir, ela mudou de direção e voou  para outra árvore,ela era bem mais alta,foi quando desisti de ir atrás dela e ao tentar descer...é.

Daren: -Pode falar Sôra!  

-Bom...ao tentar descer tinha uma coisa no chão.

Ana: -O quê Sôra! 

-Tinha uma outra criança...e ela ficava olhando pra mim,sabe bem seria!  Só que ela estava toda queima,não tinha pele, parecia mais nova que eu...Eu fiquei com muito medo e chorei,chorei muito.

-Ai o Daren estava passando por perto e à criança ouviu ele se aproximando e saiu correndo, ela entrou na floresta...Quando ela correu.Lágrimas escorem de Sôra. -Quando ela correu um pequeno pedaço do pé dela ficou preso em um graveto,era carne queimada...foi horrível.

Daren percebendo que a garotinha estava ficando bastante emocionada, à abraça e decide encerrar à conversa dizendo.

-É melhor encerramos por aqui ! Foi assim que eu à encontrei.

-Nossa Sôra, que momento horrível...Você não está mais sozinha, eu e o Daren vamos cuidar de você ,e juntos acharemos à saída dessa floresta. Daren confirma movimentando sua cabeça. 

Ambas se abraçam em  plena harmonia e lágrimas... muitas! 

Daren: -Chegamos!

Logo à frente eles enxergam uma casa completamente branca,totalmente igual à qual Ana estava quando chegou à misteriosa floresta.Só um fator que distinguia as duas...essa era nova,exalava um cheiro de coisa recém comprada... cheiro de livro novo! 

Por detrás dela existia um lago bem extenso, os três chegam perto da casa em frente a sua porta decidem quais próximos passos darão.  

-É ela,foi essa casa que vi! 

-Ela é igual à casa que fiquei presa,é igual.Só muda a cor e esse cheiro de coisa nova...Hum é insuportável.

-Quando eu passei por ela não tinha esse cheiro...não tinha cheiro algum!

-Bom Ana,o que você vai fazer.

-Não sei...será que posso entrar? 

-Não,não...não, você não vai entrar lá. Pode ser perigoso, já sabemos que tudo neste lugar é estranho,não deixarei você ir. Ao balbuciar preocupado de Daren a porta começa à se abrir sozinha lentamente,produzindo o mesmo som que todas elas produzem quando querem ser habitadas,ser úteis.

Todo à olham paralisados.

Sôra: -Ela se abriu! 

Ana: -Ela quer que a gente entre.

Daren: -Pois ela vai ficar querendo,vamos,ninguém aqui irá entrar lá dentro,ninguém! 

Ana: -Você não manda em mim! 

-Não Ana,não mando em você!  Mas mesmo assim eu não deixarei você entrar lá. Você viu, ela abriu sozinha...Ela quer que você entre,não seja burra.

-Eu não sou! 

-Parem os dois,olhem!... Diz Sôra.

No interior da casa uma forma humana se matem erguido,bem ao centro. Não há cor...a forma é completamente branca,inóspita,parada.Não há rosto,não há forma...não há vida.

Daren tomando à posição de protetor, exalta. -O que é isso!

-Não pode ser...não pode ser verdade! 

Ana reconhece à forma, ela o viu horas antes no campo aberto da floresta, O ritual!.

-É uma das criaturas que eu vi no campo...não pode ser.

Daren: -Vamos sair daqui,vamos! 

Sôra: - Espera!

Daren: O que foi ?. Ao perguntar, ele percebe que à garotinha está imóvel. Um liquido branco escorre pelas suas narinas,boca,ouvidos...olhos. Um liquido igual à tinta...tinta branca!

O desespero vem à tona.... e ao olhar para Ana, percebe algo pior.

Daren: -Não!