OLHE O NOVO

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Ao pousar sobre o esquelético ombro de Ana a borboleta se paralisa por alguns segundos...Tudo começa a mudar.Ela vai lentamente adentrado o corpo de Ana até desaparecer e em seguida as vestimentas de Ana mudam-se como mágica,ela não acredita no que acabou de acontecer e diz.

- O quê? como,como isso.......

O vestido que antes era branco transforma-se em azul, as marcas das finas unhas desaparecem como se nunca estivessem sido criadas.Tudo muda,um novo começo se inicia para Ana Fontes.

-Foi você?

-Não Ana,foi você!

-Como...está dentro de mim?

-É o que parece...hahaha

-Como...isso não tem logica,explicação,não tem como isso...

-Não questione o desejo de um ser vivo,ela quis,ela o fez...agiu!

-Ela vai sair?....o vestido,o vestido mudou de cor...como?

-Ao serem liberadas essas palavras, à velha porta se abre lentamente causando o espanto de Ana que sem entender nada questiona.

-Como? mas como....A porta,a porta abriu! Lágrimas caem sobre seu rosto.

-Estou...estou livre é isso,posso sair?

-A decisão é sua!... Mas lembre-se, nem todo mudo suporta à liberdade.

Ana não exita, sai correndo em direção a porta com um semblante esplendido no rosto,que agora corado ganha tons mais vivos,tons que só alguém plenamente feliz é capaz de cria-los.                                                       Ao sair pela primeira vez da velha casa  olha ao seu redor como um pião que não quer parar de rodar, pois esse movimento é o que lhe matem útil. Ela enxerga altas árvores que como prédios abriga diversas formas de vida,de sonhos. Vê o chão de areia marrom que ao se misturar com o seu descalço pé, formam uma tonalidade ainda desconhecida pelos  mais famosos artistas italianos.tudo pulsa defronte a casa e exclama.

-Cadê você?,heim não estou te vendo...cadê você?

Não houve respostas.

-Anda...Aparece pra mim...vamos sair daqui juntos,me mostra à saída, essa floresta parece ser grande e não vejo nenhum caminho por onde seguir. Só mato por todos os lados.                  

Ela olha para o céu... -Oh é lindo!... Vamos apareça,tenho que procurar alguém para me ajudar antes que anoiteça.

Não há resposta ,só se escuta a floresta rugir,cantar...respirar.

Ela então decide seguir em frente e se despede de tudo o que passou sem magoa alguma.

-Então vou indo...Não sei como cheguei aqui,mas...mas vou achar uma saída...Obrigada!

E com um sorriso nos lábios, sai em direção reta. Cada passo que Ana dava, ia sendo engolida pela forte floresta que ao curiar aquela pobre criatura que corre entre seu imenso corpo sente-se mais uma vez usurpada pela liberdade que todos os seres obtém em algum momento,menos ela. Tem que servir de abrigo para todos mas para si,nunca.

Ana percorre a floresta sem olhar para trás, vai em busca do passado ao qual nunca devia ter sido privada...O futuro assusta!. Ela para, sente-se cansa,olha em volta e diz.

-Mato...Mais mato...Floresta,não vejo uma saída um caminho ao qual posso sair daqui.

Ela continua à criar o seu próprio caminho,percorrendo a floresta sem uma direção certa.Vai mudando da esquerda para à direita...em cima,em baixo...Nada muda,sempre a mesma paisagem à frente.Ana segue em busca da saída quando ao chega perto de um campo aberto no meio  da estranha floresta percebe algo e diz em tom de surpresa...

-Meu deus!,não acredito...

ONDE ESTÁ ANADonde viven las historias. Descúbrelo ahora