What?

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LOUIS POV

Na oitava série, minha turma de inglês foi obrigada a ler Romeu e Julieta, e depois a Sra.Jessie nos fez interpretar todos os papéis em um pequeno teatro na sala de aula.

Eleanor foi a Julieta e por algum acaso do destino, eu fui o Romeu. Todas as garotas ficaram com ciúmes dela, mas eu via as coisas de maneira diferente.

Eu disse para a Sra.Jessie que a Julieta era uma idiota.Pra começar, ela se apaixona pelo único cara que não pode ter.E depois culpa o destino por sua própria péssima escolha.

A Sra. Jessie me explicou que, quando o destino interfere, nossas escolhas às vezes saem como tangente. E na idade "madura" dos meus treze anos, eu estava muito certo de que no amor, como na vida, tudo é questão de escolha e que o destino não tem nada haver com isso.

Todo mundo acha tão românico, Romeu e Julieta, o amor verdadeiro.. Affe que patético! Se a Julieta foi burra o suficiente para amar o inimigo, beber um frasco de veneno, e dormir num mausoléu... ela mereceu o que ganhou.

Talvez Romeu e Julieta foram destinados a ficarem juntos por um tempo e ai o tempo deles passou. Se eles soubessem disso antes, talvez tudo teria ocorrido bem.Contei para a Sra.Jessie que quando eu crescesse eu tomaria meu destino em minhas próprias mãos e não deixaria que ninguém me fizesse sofrer.

Ela respondeu que eu seria sortudo se tivesse uma paixão assim com alguém e que, se eu encontrasse, ficaríamos juntos para sempre.Até hoje acredito que, em geral, o amor é uma questão de escolha.

Trata-se de deixar o veneno e a adaga, e fazer o seu próprio final feliz, na maioria das vezes. E que as vezes, apesar de ter feito as melhores escolhas e ter tido as melhores intenções, o destino termina vencendo.

Meus olhos esverdeados recebia a instalação da claridade solar. Fiquei um tempo deitado, pensando no que teríamos para hoje, simplesmente um longo dia tedioso! Me mexo um pouco na cama e solto um suspiro frustrado ao olhar as horas no relógio em cima da cômoda. 8:00 AM. Sério?

- Vamos lá...

Numa volúpia, me levantei da cama assim encaminhando meu corpo até a varanda, onde senti a brisa do vento 'bater' contra meu rosto. Inalei um pouco daquele ar, assim agravando um sorriso. Voltei para dentro do quarto e fui vagarosamente até o banheiro.

Ao chegar lá, apoiei minhas mãos sobre a pia e olhando no espelho deixei um sorriso se expandir pelo meu rosto com o próprio estado da minha face.Posicionei minha mão na torneira e a abrir já ouvindo aquele som se água ser despejada e lentamente ir embora pelo 'ralo'.

Coloquei minhas pequenas mãos ali, debaixo daquela água e as enchi, já levando em direção ao meu rosto o molhando. Lavei os cantos de meus olhos e já peguei minha escova de dente.

Apliquei pasta dental e escovei cuidadosamente meus dentes. Depois disso enxuguei minha boca e comecei a retirar meu pijama, e depois minha vestimenta intima. Entrei no box, liguei o chuveiro e deixei aquela água quente escorrer por todo canto de meu corpo causando um alívio imenso.

As coisas estavam uma completa bagunça aqui em casa. Minha mãe resolveu fazer um encontro com sua família em Doncaster, o que significa ter duros e longos dias sendo obrigado a aturar meus tios chatos e minhas tias irritantes fazendo piadinhas sobre meu tamanho e dizendo o quão velho eu estou e que já está mais que na hora de eu arrumar um namorado ou alguma "namorada".

Poxa, eu tenho apenas vinte anos, tenho toral direito de aproveitar minha vida. Fala se não é verdade?

Acho que eu tenho levado a história de Romeu e Julieta ao pé da letra, mas a questão é que o medo sempre fala mais alto quando o assunto é meus sentimentos. Não é fácil arrumar uma pessoa que te ame de verdade, como naqueles filmes clichês sabe? Onde os casais acabam velhinhos em uma casa de campo, rindo de burrices que cometeram na adolescência e blá blá blá.

♡ Sweet Creature L.S ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora