O segredo o lírio e as duas rosas

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O segredo do Lírio e as duas Rosas


Final de 2001 eu me formei aos vinte e dois anos, então quase um ano depois pude financiar meu primeiro carro, um Palio 1998 seminovo. Naquelas fases de curtir mais meninas que meninos tive uma experiência com duas moças...

Foi curiosa a forma como acabei ficando com ela a primeira vez. Adriane era amiga de uma guria com quem eu ficava, a Isabel.

A Isa era mais ficante que namorada, sabia que eu era bi e curtia esse detalhe, sempre me enchendo de perguntas e realizando suas depravações com meu corpo de rapaz "inocente". Sofri na mão daquela bandida. Mas gostava e muito.

Como sempre fui o ativo na maioria dos lances, me dava um tesão desmedido quando uma mulher miúda como a Isabel me mandava, a peste era mandona justamente pelo tamanho dela, devia ter um e cinquenta e pouco de altura, moreninha do cabelo que chegava no ombro, toda gostosinha, bunda bonita e durinha, peito bem pequeno, uma filé "mignonzinha". Claro que eu podia domina-la fisicamente, mas curtia quando ela me dizia o que fazer, cheguei até a apelidar essa pequena de Sinhazinha só por zoeira mesmo.

Mas nem eu e nem ela tínhamos intenção de namorar sério, imagina só, mal havíamos passado dos vinte. Eu tinha outros lances e ela também. E e ciúme não adiantava alimentar porque não existia apego de verdade.

Tínhamos uma colega em comum a Adriane, que era mais amiga dela do que minha e vez ou outra íamos pro bailão e a arrastávamos conosco. Adriane era completamente o oposto da Isa, tinha uns dez centímetros a menos que eu, que tenho 1,77. Essa era meio polaca, grandona, nem magra e nem gorda, nem era a gostosona, mas atraente pelo conjunto. Eu gostava do seu rosto, nariz bem feitinho, boca bonita e cabelo liso natural, sempre achei bonito cabelo liso. E a personalidade dela que era parecida com a minha. Conversávamos calmamente sobre livros de suspense, ideias, músicas e filmes de ficção que ambos curtíamos e nosso sarcasmo era exatamente o mesmo, até me assustava quando pensava em fazer um comentário e ela já o tinha feito.

Sentia na Isa um certo ciumezinho quando a Adriane estava perto, mas a pequena sabia me levar no cabresto, então não dava B.O.

Saindo do motel com a Isa, que certa vez que tinha me dado um cansaço, ela puxou um assunto estranho como se tivesse só provocando.

— Uma vez que fui pra night com a Adri, aí a gente bebeu tanto que começamos a falar besteira... a gente dorme junto na cama dela quando volta. Aí eu contei para ela que tinha beijado uma menina e depois ela chupou meu peito.

— A Adri chupou teu peito?

— O moço de Marte, contei pra Adri que quando fui no banheiro com a Vanessa, a gente se trancou no banheiro e se beijou e depois ela chupou meu seio. ­—Isabel falou pausado e com irritação.

A conversinha dela me dava tesão, mas nunca rolava de verdade todas as coisas que dizia que faria comigo então não dei muita importância. Nosso tesão um pelo outro não era mais tão explosivo quanto já fora e isso devido ao comportamento meio truculento dela comigo que sempre fui mais tranquilo.

Eu era novo ainda, mas na parte sexo tava me enjoando aquela coisa só foder. Queria uma pessoa com mais conteúdo. Então o universo conspirou e exatamente numa sexta a noite, isso eu lembro. Busquei as duas para irmos a um rodeio numa cidade do interior do nosso estado onde íamos acampar com uns amigos.

Foram duas horas e meia de viagem. Imagina quando juntam duas amigas que GOSTAM de uma conversa? Homem cala a boca e só concorda. Amém, amém e amém.

Coleção de Contos CarochinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora