Professor e Seus Dois Maridos - Parte 01

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Eduardo é aquele jovem funcionário público. Professor que dá aula em três turnos, paga aluguel e sequer tem condições de financiar um carro ou casa. Anda de bicicleta mesmo ou de ônibus quando chove. Quem olhar para esse rapaz comum não encontrará qualquer atributo sobressalente de beleza, mas um cara bonito com suas gordurinhas a mais, simpatia sem igual, educado e de bom coração, sendo esse seu pecado, o pecado que o condena ao "suplício" que vive no dia a dia.

A sociedade vê o jovem professor que está numa idade de 25 a 30 anos, indo e vindo apressado de uma escola para outra, da escola para o banco, do banco para casa, de casa para o trabalho. A sociedade admira um jovem formado em Geografia que heroicamente leciona para alunos sem vontade de aprender. A sociedade desconhece o que se passa com ele na intimidade do seu lar, o rapaz que divide um apartamento num sobrado com dois amigos. Eduardo o professor apelidado de Dado, não apenas é homossexual, mas bígamo, sim, minha gente ele tem dois maridos para cuidarem dele. Ou será que ele é quem cuida de ambos?

Dado desce do ônibus e passa na venda, compra pão e uma resistência nova para o chuveiro, afinal ele tem um marido servente de pedreiro desempregado em casa que pode fazer esse tipo de reparo tranquilamente.

- Chadinho... – Dado chama alto lá do portão. Esse é o marido servente, seu negão forte e sempre disposto a lhe satisfazer, na cama pelo menos. Jesus é seu nome, Machado é seu sobrenome.

- Oh, meu doce de leite do papai, vem ganhar um colo gostoso antes que o Dê venha empatar a gente.

Chadinho sempre apela para a cantada, a safadeza e a malandragem, tão suas.

- Ah Chadinho, porra! A louça... nem varreu o chão... – Dado se desvencilha chateado dos braços do marido e joga a sacola em cima da mesa, com a resistência do chuveiro e o pacote de pão pullman, então arregaça as mangas e vai até a pia.

- Vida, não briga com o teu maridão, a crise tá foda, o país quebrado, tá o maior desemprego lá fora. Hum... larga essa louça e vem dar um carinho no teu macho. – Chadinho abraça Dado por trás esfregando sua anaconda na "poupança" grande e sempre gulosa do professorzinho. Chadinho levanta-lhe a camisa e belisca os dois mamilos, depois os circula ao mesmo tempo com seus dedos grosso e ásperos de trabalhador braçal.

Logo sente seu maridinho fofinho rebolar a bunda gostosa em seu cacetão.

- Isso, abusa do seu chocolatão, rebola na pica... larga essa louça e dá esse peitinho de menina moça pro Chadinho mamar gostoso...

Dado morde o lábio inferior e rebola com vontade na vara. Seus mamilos são puxados como se fossem de borracha por um negão gostoso e recém banhado, cheirando a desodorante Avanço.

Seu pescoço é lambido e mordido.

- Chadinho... ai... macho gostoso... meu cuzinho tá ardendo, tá folgadinho como você deixou ontem a noite... isso, mexe nas minhas tetinhas... aaahh....

- Boa noite Eduardo. – Demétrio também é marido de Dado. Este toma diariamente duas conduções para chegar ao trabalho, aguenta catinga de sovaco, empurra-empurra, esfrega-esfrega, furto de carteiras nos ônibus sempre lotados e o chefe grosso no trabalho, mas não vê tudo isso como motivo forte para pedir demissão de seu emprego, onde é auxiliar administrativo. Há um mês não olha na cara do Chadinho porque ele não se mexe para arrumar emprego preferindo ficar no benefício do seguro desemprego.

- Ei, vai me ignorar até quando, branquelo azedo?

- Eduardo diga ao cidadão que está abraçando-o, que só vou ouvi-lo quando estiver com a carteira assinada outra vez.

- Demétrio, coitado do Chadinho, é a crise. – A chegada de Demétrio não desencoraja o casal a se desgrudar e interromper a safadeza.

- Vamo lá pra cama, to taradão nessa bunda gostosa.

Coleção de Contos CarochinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora