Guilty

Capítulo 1

Um Nissan GT-R 2017, na cor laranja, atravessa a cidade de Nova York em uma velocidade não permitida. Dentro dele, uma jovem morena clara, de cabelos loiros, bege dourado, lisos e compridos, olha para o relógio cada vez que ultrapassa um sinal vermelho.

A jovem freia rapidamente, estacionando o veículo. Em pé, do lado de fora, mostra seu corpo atlético e estatura mediana, em seu vestido florido. Retira uma mochila e coloca nas costas.

Assim que aciona o alarme, retira seus óculos escuros, deixando a amostra olhos na cor castanho escuros. Ela caminha apressada para o prédio à sua frente.

Na portaria, um moço de terno, de olhos azuis e cabelos curtos penteados para trás, a cumprimenta, fazendo um gesto com a cabeça. A moça sorrir. Ele a entrega vários envelopes.

- Senhorita Isabela... seus fãs... – o moço fala em tom de brincadeira, apontando para os envelopes

- Antes fosse... Jeremy... – a moça suspira - ... tenho que ir... tenho que começar o programa... – lembrando-se do seu compromisso, ela volta a olhar para o relógio de pulso

- ... eu estou só esperando começar... – piscando o olho, Jeremy aponta para um pequeno radio branco

- Obrigada pela audiência!!!... – se aproximando do jovem, ela o beija no rosto, carinhosamente

Mudando a expressão em sua face, Isabela fica séria e caminha o mais rápido que consegue. Pára na frente do elevador e insiste em apertar os botões várias vezes. Alguns minutos se passam, que para ela, era uma verdadeira "eternidade". A porta do elevador finalmente se abre. Ela entra e aperta o andar, cruzando os braços.

- Deveria ter ir pelas escadas... – balançando a cabeça, se lamenta

Os números do antes se acendem lentamente, parecendo uma tortura. A moça conta mentalmente. O seu andar se aproxima. Ela sorrir aliviada. A porta novamente se abre e ela já não anda, corre por um imenso corredor. Abrindo a última porta, entra.

- ... desculpa... sei que estou atrasada... – olhando para outra jovem, Isabela afirma

- Quando você não está atrasada?... – A jovem de aparência oriental, sorrir

- ... tudo bem... vou entrar na cabine... – Isabela diz abrindo uma porta de vidro

Isabela se senta em uma cadeira. Em sua frente, uma mesa e um microfone. Abrindo a mochila, retira um notebook e o coloca do lado. A jovem do outro lado do vidro faz um sinal. A moça olha para cima e colocar rápido, fones de ouvido. A palavra: NO AR, se acende.

- "Boa Tarde... queridos ouvintes da 105.93 fm! Seu programa de música favorito... está começando... – Isabela pausa para respirar - ... CALL ME, MAYBE!!... Você me liga. Pede a sua música e eu toco para você!" – ela faz um gesto e a vinheta do programa começa a tocar

A japonesa atende a primeira ligação durante o pequeno intervalo. Isabela, com o aparelho já ligado, digita algumas frases. A jovem do outro lado bate no vidro, chamando a atenção da jovem de cabelos loiro bege. Em um pedaço de papel, mostra o nome da primeira ouvinte.

- Olá. Jessy... boa tarde!!!... – Isabela faz sinal de positivo para a oriental

- Oi! Isabela... sou muito fã de seu programa... – uma voz quase infantil diz - ... quero pedir uma música para o meu queridinho...

- Obrigada pela audiência... e... qual música você quer escutar?... – Isabela agradece e questiona

- ... Wiz Khalifa... See You Again... - a ouvinte responde

- Considere seu pedido... atendido!!... – Isabela afirma

A ligação é interrompida. A vinheta mais uma vez entra. Em seguida a música solicitada começa a tocar. As linhas começam a congestionar como sempre. A tarde é a mesma rotina. O relógio na parede não dá trégua.

No final da tarde, Isabela encerra o programa com a última ouvinte, que pede Flórida Georgia Line, com a canção H.O.L.Y.. A jovem se despede antes da música ser "solta".

- Tchau, Molly... vou ver se corro um pouco... – com a mochila nas costas, Isabela sai da cabine.

- Até amanhã, Isa!!!... – a japonesa faz sinal de positivo e sorrir

A jovem corre pelo corredor. Desde pelas escadas. Com o coração palpitando, chega no banheiro do último andar. Troca a roupa e sai. Passa pela portaria e sorrir para o jovem de olhos azuis, acenando com a mão.

Isabela destrava o alarme de seu veículo. Assim que entra, antes mesmo de fechar a porta, liga a ignição. Trava as porta e coloca o cinto. Coloca o carro em movimento. Depois de rodar por algum tempo, estaciona em uma parte do Central Park.

Ela faz um alongamento perto do seu "laranja simpático", como ela costumava chama-lo. Respirando fundo, coloca os fones nos ouvidos e começa a correr.

Pegando uma trilha, aos poucos a jovem vai se distanciando do local onde seu carro estava estacionado. Mas ela não liga muito e continua sua corrida, olhando de vez em quando para trás.

Olhando mais uma vez no sentido oposto em que corria, Isabela sente uma trombada de frente. Ela acaba caindo para a lateral, machucando o joelho. Sentindo uma desconfortável dor, olha para cima.

Um homem ruivo, de olhos amendoados, cor mel esverdeado, de estatura mediana e corpo definido, estica o braço para ajudá-la a levantar. Ele retira os fones de ouvidos que também usava, de um de seus ouvidos.

- Perdão!!!... Eu estava olhando para trás... quando vi... você já estava... sabe... – ele sorrir sem graça

- ... só o perdoou... se me convidar para um café... – Isabela, ainda sentindo dor, olha para o seu joelho um pouco ralado

- Nossa!!!... – o homem não sabe o que dizer - ... você precisa de... curativos... – ele aponta para o joelho dela

- Eu vou sobreviver... Donnie... – a jovem pisca o olho e tenta camuflar a dor

- Ah!!... Você me descobriu... – sem graça, ele passa a mão nos cabelos

- ... eu... tenho que voltar... – dando uma de desentendida, Isabela aponta pra o lado oposto que estava correndo e dá um minúsculo passo

- Ok!!... Vamos tomar um café!!!... E você me perdoa!!!... – sendo bem rápido e sem pensar nem mais um segundo, Donnie retira um papel do bolso e uma caneta e faz uma anotação. Ele estiva o braço e a entrega. - ... esse é o meu número... quando você quiser...