Os dois caminham, voltando para onde o cantor havia estacionado o inconfundível veículo laranja. Ele abre a porta do passageiro e a jovem entra. Indo para a porta do motorista, o homem sente o seu aparelho celular vibrar.
- Sim?... – atendendo o celular, ele entra dentro do carro - ... sim... ok... vou estar lá... – sendo breve, ele desliga
- Compromissos?... – Isabela sente um pouco de curiosidade
- Reunião de última hora... – olhando para ela, Donnie sorrir, disfarçando sua decepção momentânea
- ... você não me pareceu surpreso!!!... – o encarando, a jovem questiona, tentando ler sua mente
- Sempre acontece... – respirando fundo, ele dá partida - ... você... vai ter que indicar o caminho... – ele muda o assunto e sua expressão muda, tornando-se leve
- ... tudo bem... – a moça concorda, terminando de endireitar o cinto de segurança
Isabela gesticulando, começa a direcionar o homem. Depois de pouco menos de meia hora, Donnie estaciona na frente de um prédio na cor telha claro, com sete andares e um pequeno jardim na frente.
- Como você vai voltar?... – Isabela pergunta, tocando suavemente as costas da mão dele
- ... pego um táxi... – já pegando o celular, Donnie afirma
- Quer subir?... – a jovem faz o convite
- Gostaria... – ele sorrir - ... mas... fica para a próxima...
- Entendo... – frustrada, a moça diz
- ... tenho reunião... – o cantor afirma - ... não posso ficar...
- Certo!!!... – Isabela abre a porta do carro
- ... me desculpa!!... – Donnie também sai do veículo. Olhando para o aparelho, ele desliza o dedo e envia a sua localização para a companhia de táxi - ... assim que possível... te encontro... novamente... – sorrindo para ela, ele afirma
Eles sobem um pequeno lance de escadas. Isabela e Donnie se despedem com um ingênuo beijo na face, um do outro. O homem a entrega as chaves do carro. No mesmo instante, um táxi estaciona. O cantor se encaminha para o automóvel. A jovem empurra a porta de vidro da recepção e caminha para a escadaria.
Andando devagar, Isabela começa a contar os degraus, mas, se perde ao se lembrar do motivo que a fez ficar com o coração apertado, cheio de tristeza. No terceiro andar, depois de um curto corredor, a jovem pára na porta de número 31C.
Junto com as chaves do seu "laranja simpático", a moça admira uma chave grande e dourada. Era a chave de seu apartamento. Isabela coloca na fechadura e vira a maçaneta. Empurrando a porta, ela tateia perto da parede e a luz se acende, revelando o ambiente.
Uma pequena sala, com as paredes cobertas com papel de parede. Nas imagens, seu passado. Todas as fases de sua vida relatadas em fotos. Em todas, sua felicidade é clara e transparente. De cabeça baixa, Isabela arrasta-se até uma poltrona única da cor marrom. Tendo a TV à sua frente e uma mesinha no centro. Ela se senta e depois deita-se, se encolhendo. Lágrimas voltam a surgir em seus olhos. A moça respira profundamente.
- ... isso é um pesadelo... – Isabela fala alto
A moça volta a se sentar. Olhando em volta, coloca as mãos na cabeça. Com um turbilhão de pensamentos a perturbando, ela levanta e caminha para a sua cozinha compacta. Mesmo sem fome, ela acaba abrindo a geladeira e retira uma uva verde, a colocando na boca. Até o gosto daquela uva estava amarga.
Balançando a cabeça, Isabela "salta" para o seu "cantinho", o seu quarto, onde ela passava maior parte do tempo. Na porta, observa o lugar: a cama, o guarda roupas de duas portas embutido, a escrivaninha com o espaço vazio do notebook. Nas paredes, mais papéis de parede, dessa vez, retratando sua paixão pela música; misturando-se com estantes com CDs, dvd's e livros.
Indo até a janela, a moça passa os dedos pela cortina fina, rosa clara. Ela a afasta e olha para baixo. Nenhum sinal mais de Donnie, nenhum sinal, de ninguém na rua fria. A jovem, respirando profundamente, se volta para a cama. Devagar, se senta e sente a maciez.
Tentando e querendo não pensar em nada, Isabela se deita e enrola-se no edredom quentinho. Fechando os olhos, a moça tenta dormir, querendo esquecer parte daquele dia. Querendo lembrar-se apenas do Donnie.
Em uma outra parte da cidade, Donnie, alheio a reunião, sentando de "qualquer jeito", faz, sem perceber, "acrobacias", com uma caneta. Um toque em seu ombro, o desperta e ele olha para cima.
- ... você escutou o que eu disse? – um homem alto, corpo bem definido, cabelos castanhos escuros e olhos verdes, o encarava, sério
- ...Eu... é... claro... Jonathan... – Donnie abre um sorriso encabulado
- ... quem é ela?... – puxando uma cadeira para mais próximo, Jonathan pergunta
- Quê?... – franzindo a testa e se endireitando na cadeira, Donnie não entende
- ... pra você está assim... tem que ter uma garota no meio... – Jonathan afirma
- Não!!... É!!... uma amiga que está com problemas... – tentando não encarar o amigo, Donnie pigarreia
- Oi!.. – por uma porta aberta, um moço alto, de cabelos castanhos e olhos castanhos escuros, entra; era o Jordan. Respirando fundo, ele joga uma bolsa em uma das cadeiras ainda vazia. Jonathan e Donnie o cumprimentam com a cabeça. - ... o que tá pegando?... – sentindo um clima, pergunta, depois de se sentar
- ... nada... – Donnie responde, olhando para o relógio - ... essa reunião vai começar que horas?... meia noite?... – e questiona
- ... o Danny e o Joey... devem estar chegando... – Jordan também olha para o relógio
- Boa noite!!!... – segundos depois, um moço de porte atlético, musculoso, cabelos castanhos escuros, alto e de olhos cor de mel, aponta na porta.
- Boa noite, Danny... – Donnie aponta para ele, que continuava na porta
- Hellooo... – Joey, um jovem de olhos azuis, loiro e alto, é o ultimo a chegar
- ... finalmente... – abrindo os braços, Donnie olha para o teto. Todos riem.
- O Donnie arrumou uma namorada... – Jonathan brinca
- ... outra?... – Joey entra no embalo
- Não... gente... – Donnie tenta despistar - ... não tem ninguém... – e afirma, apontando para o Jonathan - ... ele é que está colocando "coisas"... que não existem... na cabeça...
- ... falei durante meia hora... e ele não prestou atenção em nada... – Jonathan afirma
- ... isso é sério... – rindo, Danny faz um "bico"
- ... é apenas uma amiga... que está com problemas... – Donnie afirma
- ... bom!!... vamos deixar essa conversa para depois... – Jordan diz e com o gesto da mão, pede para Joey se sentar - ... temos... algumas datas para modificar de nossa agenda
- ... não é nossa secretária que cuida disso? – Jonathan questiona
- Estamos sem secretária!!!... – Jordan olha discretamente para Donnie
- ... vamos... começar então... – Donnie, demonstrando apreensão, afirma
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Guilty
FanfictionNa famosa Big Apple, um encontro casual pode ser tornar mais do que se pode imaginar. Uma grande paixão pode começar ou dar-se início a um terrível pesadelo. Com o Jordan, Jonathan, Donnie, Danny, Joey, Isabela, Gisele e Pérola, venham se envolver...