Right Or Wrong? {André Silva}

10.

Quando chegámos ao local da festa ficamos muito sorridentes pois já da rua viamos a qualidade da festa. Resolvemos esperar por Luís e Santiago e depois entramos juntos. Após de ter dado o primeiro passo depois da porta de entrada abri a minha boca um pouco de mais devido a estar completamente surpreendida.  No centro estava situado um palco onde o DJ passava músicas, na zona esquerda havia um bar seguido de umas casas de banho e na parte direita existia algo como se fosse uma entrada para algo que eu desconhecia. A decoração estava simplesmente fantástica, cheia de pormenores e os disfarces das pessoas estavam muito bons.

Estava ao pé de Santiago que rapidamente se dirigiu ao meu ouvido sussurando algo como: "Não bebas demais." A qual eu respondi: "Já sou grande o suficiente para saber cuidar de mim, maninho." O meu irmão apenas riu e foi dançar com Juliana, eu começava a notar uma certa quimica entre eles. Como era de esperar Matilde e Luís não se afastavam nem por um segundo e eu Cláudia e Lara fomos até a zona do bar. As raparigas pediram cada uma, uma vodca preta enquanto eu pedi uma garrafa de água. Sempre que eu sabia que ia beber demais tomava sempre água primeiro, era uma hábito. Uns minutos depois vi a Cláudia a conversar com João que estava vestido de algo como um palhaço assassino, só restava eu e a Lara. Fomos até à pista de dança e dançamos um pouco, estava a ser realmente muito divertido mas resolvi finalmente pedir uma vodca preta pois já era hora para beber alguma coisa. Levei a bebida á boca deixando o líquido descer pela minha garganta. Quando voltei-me para trás dou de caras com um rapaz que estava vestido de coringa. Não consegui perceber quem era até o mesmo sorrir, André!

-Estás linda! - disse o rapaz aproximando-se de mim para eu o poder ouvir.

-Obrigada, tu também não estás nada mal. - disse eu.

-Qual das duas vais ser hoje para mim? - disse André referindo-se ao disfarce que eu usava.

-Ainda é muito cedo para eu decidir. - respondi.

-Vamos dançar? - perguntou o moreno que agora usava o seu cabelo de cor verde.

-Sim. - respondi.

Dirigimo-nos para mais perto do palco onde agora passava um remix de uma música eletrónica. Os movimentos de dança do André eram muito bons mas não conseguiram ser melhores que os meus. A quantidade de pessoas era muito grande e eu já começava a sentir calor por isso decidi ir até à rua para apanhar um pouco de ar fresco. Avisei André e ele insistiu em vir comigo, quando chegamos á rua vi um grupo de rapazes a chegar. Reconheci um deles, era Afonso e ele estava vestigo de lobisomem sem camisola e alguns outros pormenores que ficavam lhe muito bem. Aproximou-se de nós comprimentando André com um abraço e beijando-me as faces do meu rosto. Ficamos um pouco a conversar até decidirmos voltar a entrar os três na festa.

-Querem beber alguma coisa? - perguntou o coringa.

-Sim, por favor. - respondemos eu e Afonso ao mesmo tempo.

André foi até ao bar deixando eu e Afonso sozinhos. O irmão mais novo convidou-me para dançar e eu aceitei. Quando a música já estava quase a acabar Afonso rodopiou-me nos seus braços fazendo depois com que a minha cara estivesse a poucos centímetros da dele. Afastámo-nos devido ao constrangenimento e logo depois André chegou com as bebidas.

-E chegou o momento mais esperado da festa..... A nossa casa assombrada está aberta. Quem quiser ter uma visita inesquecível pode vir até a entrada e aguardar na fila, lembramos também que o número máximo de pessoas por grupo é cinco.

Então finalmente percebi o que era aquela entrada e estava muito ansiosa por ir até lá.

-André vamos lá! - pedi eu.

-Leonor aquilo não tem nada de assustador não vale a pena irmos lá. - respondeu o rapaz.

-Estás com medo maninho? - brincou Afonso.

-Não digas disparates Afonso. - disse André revirando os olhos.

-Vamos lá por favor meninos? - voltei a pedir.

-Está bem Leonor. - disseram os irmãos ao mesmo tempo.

Os irmãos, eu, Santiago e uma rapariga que eu não conhecia estavamos na fila para depois entrarmos como um grupo de cinco. Como ainda estavam imensas pessoas á nossa frente eu resolvi ir até ao bar e pedir um shot. Logo após ter ingerido a bebida pedi mais um e bebi-o mais rapidamente do que o primeiro. Pouso o copo na mesa e sinto duas mãos agarrarem-me a cintura puxando-me para perto do seu corpo. Viro-me para trás e percebi que era André, não pensei duas vezes e fui em direção dos seus lábios começando um beijo demorado. Paramos por conta da falta de ar e André sussurrou no meu ouvido: "Afinal hoje não foste um anjinho para mim." A sua voz tinha um poder enorme aobre mim pois causou-me um arrepio. Voltamos para o resto do grupo e vi Afonso e a rapariga que estava connosco aos beijos.

Chegou a vez do nosso grupo entrar na espécie de casa assombrada e André agarrou a minha mão com um pouco de força a mais. Estava tudo escuro com muitos efeitos sonoros assustadores e notava algum nervosismo de André. Começaram a aparecer pessoas que nos agarravam e gritavam, o rapaz do meu lado estava com a sua respiração muito alterada e resolvi sair de lá com ele imediatamente. Saimos do estabelecimento e André sentou-se no chão.

-André, estás bem? Fala comigo!

-Não é nada, não te preocupes, só quero voltar para casa. - respondeu.

-Eu vou contigo. - afirmei.

Eu queria conduzir pois André estava nervoso mas como estava um pouco alcoolizada não podia. Chegamos a casa do rapaz rapidamente e ele não quis falar do assunto. Sentei-me no sofá e André deitou-se no mesmo colocando a sua cabeça por cima do meu colo adormecendo de seguida. Minutos depois comecei a sentir os meus olhos fecharem deixando-me por fim adormecer.