Eu, vocé... nós

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- Parabéns pais, é uma linda menina!

- Katniss, ela nasceu. Nasceu meu amor e, é uma menina – Peeta passa suas mãos por minha testa e cabelos molhados pelo suor, ele exala felicidade - Ela é linda, obrigado Katniss por me dar esse presente.

- Eu quero vê-la – digo recuperando o ar.

- Vão trazê-la. Estão apenas limpando-a - ele fala, em seguida se afasta saindo do meu campo de visão e quando retorna está segurando ela nos braços, envolta a um tecido verde.

Ele sorri e coloca-a em cima de mim. Há pouco ela chorava, mas um choro bem baixo e quando seu corpinho se aninhou ao meu, tudo em si sessou, menos a respiração, é claro. Sua cabeça estava em cima do meu seio direito, de forma que o restante de seu corpo ficou de atravessado em mim. Ela se encontra de olhos fechados então comecei a sussurrar.

- Oi minha filhinha, seja muito bem-vinda – comecei a acariciar seu rosto com meu dedo indicador. - Abra os olhos pra mamãe te ver – instantaneamente ela abriu, mas logo fechou de novo por causa da claridade.

Peeta encostou o rosto ao nosso e ficamos assim por alguns segundos até a médica nos interromper, dizendo que precisam me limpar e dar alguns pontinhos. Apavoro-me um pouco, não imaginava que eu seria costurada, a médica me acalma dizendo que é procedimento padrão. Peeta me dá um beijo antes de sair com nossa filha nos braços. Recebo uma anestesia local e rapidamente fazem o que tem que ser feito e, em pouco tempo já estou no quarto para descansar.

Minha mãe que tinha nos deixado na sala de parto entra no quarto dizendo, que estava procurando minha irmã que fazia estágio na enfermaria, para avisá-la que eu já havia dado à luz.

- Sua irmã já vem minha querida – ela se aproxima beijando minha testa. - Parabéns filha, a doutora me disse que você foi ótima, que o bebê não sofreu para nascer.

- Ah mãe... Estou tão cansada – respiro fundo. - Não imaginava que ganhar um bebê é tão cansativo assim – ela sorri pra mim e vejo um olhar de orgulho estampado em sua face.

Peeta entra no quarto dizendo que estava dando banho na nossa filha enquanto uma enfermeira o ensinava. Minha mãe o abraça parabenizando-o e vejo a emoção em seu rosto enquanto acaricia nossa filha. Peeta, oferece para ela segurar, mas minha mãe volta seu olhar pra mim dizendo que agora é o nosso momento e que depois irá pegá- la. Ele sorri e caminha até onde estou.

- Katniss, ela é tão calminha, olha só os olhinhos abertos – ele a coloca em meus braços e poço ver seus arredondados e espertos olhos. – Ela é linda, não é meu amor.

- Sim, ela é perfeita – dou um beijo em sua cabecinha com poucos fios de cabelo. - Ela se parece muito com você.

Começo a admira-la vendo que sua testa, seu nariz, sua orelha são totalmente Peeta, sem falar na linda boca avermelhada e no biquinho que seu lábio superior está fazendo agora enquanto gesticula parecendo procurar por algo. E seu queixo então... Ah meu Deus! Não acredito que até isso ela puxou do Peeta, aquele queixo que tem um leve corte na vertical que me deixa embriagada só de olhar enquanto ele mexe o maxilar ao falar algo.

- Peeta, chegue mais perto – faz o que peço e aproximou ainda mais seu rosto de mim então o puxei para beija-lo. Quando ele se afasta me lança um sorriso magnifico. Aquele sorriso que tanto amo.

Escuto um gemido que rapidamente se transforma em choro e vejo que ela leva sua pequena mão até a boca sugando-a com força. Olho para Peeta que sai à procura de uma enfermeira. Quando a enfermeira chega diz que nossa filha está com fome. Ela pede para eu guiar meu seio até a sua boca e assim que faço, abocanha e começa a puxar com força. Seu lindo queixo sobe e desce, aos movimentos feitos pela sugação e as bochechas formam profundas covinhas. Posso sentir o leite entrar em sua boca e mesmo sentindo uma fisgada de dor não me importo. O que eu quero é alimenta-la. Antes da enfermeira se retirar me dá uma última instrução de colocá-la em pé junto ao meu corpo para que possa arrotar.

Eu, você... nósWhere stories live. Discover now