Guerra e Vitória

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Os dias passam num piscar de olhos. Já é chegado o dia dos soldados do 13 irem à guerra. É um dia triste e silencioso. Despeço dos meus antigos companheiros tributos, que neste caso é: Finnick e Johanna. Claro que me despeço dos outros também, mas, Gale nem s quer me olha. Aproximo-me de Delly.

- Delly apesar de tudo, não tenho nada contra você – digo dando-lhe um abraço - Cuide do Gale, ele é uma boa pessoa, sei disso.

- Eu cuidarei Katniss, pode deixar, mas acho que ele ainda sente algo por você. – Ela se afasta um pouco para me encarar.

Não digo nada, baixo a cabeça e vou até onde Peeta está.

Depois da partida tudo aqui fica tão vago, tão monótono. Beetee permitirá que Peeta e eu vejamos as mensagens que o esquadrão enviará para o 13.

Fico desanimada sem vontade de sair da cama. Peeta percebe, é claro, e sempre tenta conversar, mas não quero isso. Penso na Annie e em como está lidando com a situação. Tadinha, fico pensando quem irá acalmá-la dos pesadelos ou livra-la de seus devaneios quando está acordada. Finnick é a rocha que a segura, penso que será um desafio para ela. Num instante tento imaginar como eu estaria se Peeta não estivesse aqui comigo. Eu estaria despedaçada, com toda certeza eu estaria louca. Acaricio minha barriga e ela responde com as costumeiras tremidinhas. Lembro-me das consultas que terei periodicamente daqui pra frente.

(...)

Alguns dias depois...

Acordo assustada e chorando, Peeta tenta me acalmar.

- Katniss, calma foi só um pesadelo. – Ele me abraça e diz palavras acalentadoras.

- Não, foi horrível... – estou ofegante - Não era um simples pesadelo... Você estava amarrado a uma cadeira e um pacificador te torturava, enquanto outro me amarrava a uma maca e cortava minha barriga com o bebê dentro... – Peeta me senta em seu colo e começa a me ninar, meu corpo treme por inteiro e gritos querem escapar de dentro do meu ser.

- Ninguém vai te fazer mal algum, eu não permitirei. Entendeu?

- Peeta... – sussurro em seu ouvido. - Peeta fica comigo?

- Sempre. – Ele segura meu rosto e começamos a nos beijar.

Ele me deita em seu peito novamente e começa a acariciar meu cabelo e minhas pálpebras estão quase se fechando.

- Peeta não quero voltar a dormir. – falo com a voz ainda chorosa.

- Estou aqui com você, meu amor. Pode descansar. – esfrego levemente meu rosto sobre seu peitoral até alcançar seu pescoço, cheirando-o, desejando assim senti-lo mais e mais. Acabo vencida pelo sono e então durmo tranquilamente.

No café da manhã procuro pela Annie e não a encontro. Minhas mãos estão conectadas com as do meu marido desde a hora em que levantamos. Penso que o motivo é por causa do pesadelo.

Decido ir procurar por ela. Peeta pergunta se vou ficar bem, digo que sim, para tranquiliza-lo. Pergunto a algumas pessoas sobre Annie Cresta e alguém diz que ela está no hospital. Saio quase correndo em direção ao corredor que dá para a emergência. Chegando lá avisto Prim.

- Prim, você sabe como a Annie está? – pergunto.

- Ela passou mal na madrugada e a trouxeram o mais rápido, venha comigo. – Prim entra pela porta principal até chegarmos onde Annie está.

Eu, você... nósWhere stories live. Discover now