Um.

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London 8:23 am.

A tela a minha frente suspensa no grande aeroporto me faz perceber que realmente estou em Londres

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A tela a minha frente suspensa no grande aeroporto me faz perceber que realmente estou em Londres. Leio o panfleto na minha mão e algumas palavras em inglês me confundem. Olho para um lado e para o outro e sinto que ninguém me dará atenção. Eles são tão frios. Rio de Janeiro está longe disso aqui. Pego minha mala na esteira e prendo mais a fivela da minha mochila. Minha mãe quase me faz morrer de calor em Londres me fazendo vestir roupas demais. Segunda sua pesquisa no Wikipedia estamos no inverno. Tiro uma jaqueta e me sinto melhor. Corro com a mala para saída no portão B como foi combinado com Anne a senhora que me abrigará. Segundo o que ela e minha mãe tanto conversaram, Anne é casada e tem dois filhos. Apenas isso, não vi nenhuma foto e nem sei o que me espera. Assim que saio no portão B meu óculos embaça pelo frio. Nossa, isso sim é frio. Minha mãe estava certa, ponho a jaqueta novamente e encaro o carro a minha frente. Não sei para quem é mas é realmente bonito.

"Alice" uma voz soa atrás de mim.

"Anne!" ela é bonita.

Trocamos um abraço rápido e vejo alguns flashs na gente. As pessoas de Londres tiram fotos dos outros assim? Pisco três vezes por quase ter as pupilas queimadas e olho a sua frente. Ela põe os óculos escuros e me guia pela costa. O carro a nossa frente é aberto, eu vou entrar no quarto que praticamente babei. Anne me acompanha, estou realmente entrando no carro mais lindo que já vi. Minha mãe com seu Palio não é nada perto de uma coisa dessas. Sento e sinto o aroma de lavanda no interior. Anne senta ao meu lado e rir da minha pequena reação exagerada. O banco é de couro branco, é enorme.

"Vejo que gostou" ela sorri.

"É tão grande" espero que eu não tenha trocado nenhuma palavra no meu leigo inglês.

"Seu sotaque é encantador querida" ela rir e da um sinal para que suponho ser o motorista.

"Espero não trocar nenhuma palavra" abro um sorriso sem jeito.

"É para isso que estamos nisso querida, nossa família a ajudará" ela toca a minha mão.

Penso que sequer avisei a minha mãe sobre minha chegada em terras londrinas. Pego o celular e bato uma foto da janela mostrando que cheguei. Ela logo responde animada, pelos os emojis de coração sei que está aliviada. Anne me fala sobre pontos turísticos e encaro de boca aberta. Catarina, minha irmã mais nova, ficaria encantada com isso. Ela viu o casamento de Kate e William a manhã inteira e repetia várias que quando ela cassasse com um dos membros da sua bandinha preferida seria exatamente daquela maneira. Dou uma risada ao lembrar da minha mãe e Catarina falando o quanto eu era sortuda quando ganhei esse intercâmbio aos meus 18 anos. Fizemos um churrasco as presas na laje mal acabada da nossa casa e minha mãe falou animada a todos do morro sobre minha conquista. A realidade é que nunca ninguém dali foi com a minha cara, diziam que era metida a rica e que minha cor pálida e cabelos longos castanhos não eram dali. Eu nunca me importei, na verdade não falava com muitos dali, pela timidez e pelo medo, confesso.

"Harry... Da pra manter a calma? Estamos chegando! Eu juro explicar tudo" mal tinha percebido que Anne falava no celular.

"Tudo bem com seu marido?" me preocupo.

"Ah não, era meu filho" ela põe o celular na bolsa.

"Ah me desculpe" abro um sorriso sem jeito e arrumo meu óculos.

Bato mais umas fotos da janela e peço uma com Anne e mando para o grupo da minha família que consiste em minha irmã e minha mãe. Minha mãe usa seus tradicionais emojis. Minha irmã surta por algum motivo e meu celular desliga pela falta de bateria.

"Chegamos" Anne me desperta e passamos por um grande portão.

Eu nunca vi algo assim, meu Deus é tão linda, a casa é igual um palácio. Tão grande que chega a parecer estúpida. Olho para Anne que parece se divertir com meu espanto. Desço do carro caindo de joelhos no chão.

"Meu Deus querida" Anne fala e o motorista me ajuda a levantar.

"Eu não vi..." olho para o nada que tropecei.

"O chão?" o motorista fala.

"Jace" Anne tenta não rir.

"Eu só estou cansada" dou um suspiro.

"Venha querida" ela pega minha mão.

Entramos na sala e vejo as coisas clássicas dali, é uma decoração escura. Um toque rústico me encanta. Anne diz para eu esperar um pouco enquanto encaro um quadro.

"Oi" uma voz baixa me disperta.

"Ah oi" Viro para a garota de cabelos loiros fortes.

"Gemma" ela estende a mão.

"Prazer Alice" falo sem graça.

"Seu sotaque é ótimo" ela rir baixo.

"Ahhh ele é" cruzo os braços.

Ela está tão bem vestida, minha calça preta recém suja pela minha queda e meus dois moletons de frio comprados no brechó da igreja me fazem querer sumir dali.

"Eu preciso carregar isso" levanto meu celular.

"Ahh, a tomada está ali" ela me mostra um sofá com uma tomada embutida.

Sento e vejo ela a minha frente me encarando e olhando para meu celular de segunda mão. O seu é tirado do bolso e abro os olhos pelo tamanho. Meu celular demora para ligar, bendita seja essa bateria viciada. Enfim ele liga e dou um salto de ânimo. 50 áudios de voz de Catarina me faz revirar os olhos. Não escutarei, ainda mais sem fone por mais que Gemma não entenda o que ela falará. Um último é mandado e decido ouvir. Anne aparece acompanhada de uma pessoas e clico no áudio.

"A ANNE É MÃE DO HARRY..." Catarina grita e olho agora para as pessoas me analisando, interrompo o áudio e olho para cima.

"Styles" completo baixinho.

Harry Styles está na minha frente e com o cenho franzido. Minha boca ainda está aberta pelo susto. Estou na casa do ídolo da minha irmã, o cara que ela imaginou o casamento real. Harry Edward Styles.

..........

Fan fic rápida, espero que gostem.

A garota do intercâmbio H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora