Trinta e seis.

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Sabe quando a noção torna-se quase nula? E todo e qualquer pudor está guardado por uns minutos dentro do seu subconsciente?
Exatamente o que está acontecendo aqui.
Rua em caos total. A adrenalina de sermos pegos a qualquer instante. A sensação de liberdade que isso trás. Estou por entre o banco de trás, talvez um pouco desajeitada. Tento fazer isso da melhor forma possível. Minha boca tenta seguir um movimento retilíneo e forte em todo sua extensão. Isso é...  Acho que posso explodir a qualquer momento. Suas duas mãos estão cravadas nos meus cabelos. Me ajudando num movimento de vai e vem meio frenético. Eu acho incrível a sensação de controle que isso da, de vez em quando dou sugadas fortes o ouvindo me chamar dos nomes mais baixos e sem me sentir ofendida. É como se eu o controla-se. E isso é putamente revigorante. Nisso tudo também estou encharcada lá em baixo. Pulsando de prazer. Meu rosto é levantado e tirado um pouco dali. Olho um pouco pra trás e vejo Jace voltando.

"Ele está voltando" tento me levantar.

"Não... você não pode me deixar duro assim" ele pigarreia.

"O que eu faço?" Sim, agora caí na realidade.

"Sei lá..." Ele põe a mão no que antes eu estava trabalhando.

"Você vai ter que terminar isso sozinho" pulo para o banco da frente.

Saio do carro ouvindo ele chamar meu nome varias vezes. Jace caminha até o carro e dou 10 passos a mais. Ele me olha visivelmente confuso. Pergunto-o o que houve. Ele explica da maneira mais fria que um acidente envolvendo um ônibus de turismo foi o grande causador. Jace faz menção de voltar ao carro mas o detenho me pondo a sua frente novamente.

"Eu queria conversar com você" ponho as duas mãos no bolso de trás da calça.

"Comigo senhora?" Talvez ele esteja fazendo isso de propósito.

"Pare de me chamar assim" o olho chateada "O que houve?"

"Você tem uma relação com meu patrão" ele especifica "Devo lhe tratar como tal"

"Não, não deve" agora cruzo os braços "Somos amigos, lembra? Você foi meu primeiro amigo aqui"

"Alice... talvez eu não esteja mais reconhecendo você" ele me olha "O que fez com o Jeff..." o interrompi.

"O que aconteceu entre ele só diz respeito a mim" falo um pouco ríspida.

"Acho que devemos seguir assim" ele volta a andar.

Não tive como o impedi, alguns carros começaram a andar buzinando para que saíssemos do lugar. Caminho até o carro e espero que o Harry tenha acabado o que comecei. Entro no carro e o encontro inclinado no banco olhando para o teto, vestido ainda bem. Jace não percebe nada e volta-se ao seu lugar.

"Eu vou acabar com você" Harry fala e solta um sorriso pesado em seguida.

Acho graça da situação em que nos envolvemos. Da pra imaginar que eu seria o tipo de garota que faria isso?
Acho que não tem como ser diferente. Estou completamente envolvida nisso.

(...)

Comemos algo em uma das lanchonetes de um edifício.
Chegamos em mais um dos estúdios quais ele frequenta. Não entendo muito bem, mas parece que ele planeja um novo álbum. Sentada naquele banco perto aos sons de mixagem não deixo de pensar nas merdas todas.
Minha mãe...
Catarina...
Jace...
Meu professor idiota...
E, Dace.
Talvez a última pessoa é que mais me preocupa. Como ela pode defender aquele crápula?
Eu não vi a minha amiga naquele lugar. Era só uma pessoa extremamente covarde.
Mando umas mensagens para minha irmã. Ela teve alta pela manhã do hospital. Parece muito bem. Queria abraçá-la.
Algo sobre mim, eu nunca fui tão carinhosa. Catarina me fez vê o mundo melhor desde seu nascimento.
Faço caras e bocas e a envio. Ela faz o mesmo me fazendo soltar uma boa gargalhada e atraindo as atenções para mim. Peço uma desculpa rápida. Vou até o banheiro do lugar e me olho no espelho. Estou um pouco cansada, e morta, morta de fome novamente. Saio do banheiro e dou de contra a um corpo me fazendo voltar ao banheiro.

"O que está fazendo?" Falo pro Harry que me empurra para dentro do banheiro novamente.

"Acabando o que você começou" ouço o clique da porta sendo travada atrás dele.

Meu corpo é carregado e sou posta em cima do balcão. Harry abre as duas torneiras para que isso impeça qualquer tipo de barulho. Nos beijamos mais uma vez. Em um movimento quase imperceptível minha calça já encontra-se aos meus tornozelos e minha peça íntima posta de lado. Eu já estava tão molhada que sinto seus membro facilmente já dentro de mim, em que momento ele já estava pronto?Meu abdômen sente as pontadas frenéticas dentro de mim. Solto um grande gemido e sua mão tapa minha boca. É uma visão de outro mundo, ele com destreza no vai e vem. O cós de sua calça toca meu clitóris fazendo a sensação ainda mais intensa. Não demora muito e já estou ali, tremendo e segurando fortemente seus braços.

"Eu não falei que ia acabar com você" ele fala em meio sua rouquidão.

"Odeio você" deposito minha cabeça em seu peito.

Nos ajeitamos um pouco ali. Ele fecha as duas torneiras e o peço que saia primeiro. Reconecto ao mundo real e arrumo minhas roupas.
Saio novamente e observo todos. Espero que eles não tenham ouvido nada. Aliás, poucos ali me encaram. Pretendo ir embora o quanto antes.

(...)

Chegamos em casa a pouco tempo. Tomamos um bom banho. Saio enrolada na toalha mais uma vez e encaro o closet mais uma vez. Preciso então arrumar isso, não acho nada meu. Grito pelo nome do Harry esquecendo o que ele falou antes. Ele foi caminhar, recusei graças a experiências passadas. Tento achar algumas das minhas roupas e algo vem na minha lembraça. O que diabos tem naquela caixa? Longe de mim ser curiosa...  Encontro a caixa no mesmo lugar qual ele deixou ontem. Penso duas vezes e acabo abrindo. São, reservas com algum tipo de diamantes. Duas reservas, uma no nome do Harry e outra...
O que?
Alex?

A garota do intercâmbio H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora