Capítulo 7

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Realmente eu vi uma mudança em seu semblante, seu comportamento foi mudando, estava mais alegre e disposta. Arrumou até um emprego. Embora recebíamos um valor de pensão do meu falecido pai, a qual só tive conhecimento depois da morte do meu padrastro, pois minha mãe e ele gastavam todo o dinheiro com bebida. O que eu fiquei sabendo um tempo depois sobre o meu pai, é que ele morreu em um acidente de trabalho quando eu tinha apenas 2 anos de idade. Então quando minha mãe começou a trabalhar, eu procurei tirar vantagem da situação. Exigia que ela me desse dinheiro, e quando não me dava eu arrumava um jeitinho de tirar dela. Certa vez, fuçando suas coisas em seu quarto, eu encontrei um envelope com dinheiro, e fora dele estava escrito "dízimo".

Já tinha ouvido falar que os pastores roubavam os dízimos dos fiéis da igreja, malditos enganadores! Assim pensava

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Já tinha ouvido falar que os pastores roubavam os dízimos dos fiéis da igreja, malditos enganadores! Assim pensava. E tratei de além de receber uma mesada, subtrair uma parte daquele valor do envelope. E fiz isso várias vezes. Ela até dava falta, mas nunca comentou nada comigo. Melhor aquele dinheiro na minha mão do que na mão de um vigarista, charlatão. Eu nunca tinha percebido o quanto minha mãe era fraca de cabeça. Antes enganada pelo meu padrasto e agora pelos pastores. Por essas e outras que eu não dava atenção para os discursos dela. Porque depois que começou a ir na igreja, ela passou a se importar comigo. Mas era tarde demais. Não havia nada que pudesse apagar o passado, e tudo que eu sofri. O meu ódio ainda estava bem vivo, e crescia a medida dos anos. 

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