Capítulo 8: Forte de Verdade

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Denise Trovato

Quarta Feira, oito de Novembro.

Estávamos no terceiro horário, e a sala estava quase vazia, se tivesse doze pessoas era muito. Pelo visto muitos foram a festinha do Lucas.
Eu sempre dei as melhores festas, mas dar uma festinha no meio de semana, nunca passou pela minha cabeça.

Olhei em direção à porta, e vi Émile passando, resolvi ir atrás dela.

— Professor Daniel, posso ir ao toalete? — Falei, levantando do meu lugar.

— Claro! Pode ir Denise. — Respondeu, colocando o livro sobre a mesa.

Logo sai de sala. Não encontrei com Émile pelo corredor. Fui caminhando em direção ao toalete, pois de fato eu estava precisando.

— Você ficou sabendo, que abriu vaga para recepcionista aqui no colégio? — Disse uma voz suave.

— Fiquei. Parece que alunos do turno da manhã ou da noite podem se candidatar. — Respondeu, uma outra voz, não tão suave quanto a primeira.

— Você vai tentar?

— Não sei, vou ver com meus pais.

— Eu não vou tentar, pois já tenho que tomar conta dos filhos da minha vizinha. Até que séria bom trabalhar aqui no colégio.

— Séria muito bom mesmo.

E de levemente as vozes foram abaixando, provavelmente saíram do toalete. Lavei minhas mãos e fiquei pensando sobre o que ouvi. Séria bom um emprego no colégio, eu estava precisando. Não gostava da ideia de Diego pagar tudo quando saímos juntos.

Saí do toalete e encontrei com Débora.

— Oi Queen D. o Daniel liberou mais cedo. — Disse ela, vindo em minha direção.

- Entendi. - Respondi. - Vamos na secretaria comigo?

- Vamos, mas fazer o quê? - Perguntou.

- Isso não é da sua conta, Déborah.

- Tá bom, não precisa ser grossa. - Déborah franzia a sombrancelhas de leve.

Manu Boner

Passei pelo corredor devagar, quando vi Léya com um lenço na boca.

- O quê é isso menina?

- Tô péssima. - Disse ela com a voz entupida.

- Tô vendo, tá gripada ou alergia?

- Acho que os dois. Nariz entupido, garganta doendo e uns espirros fortes.

- Tá é morrendo. Isso pega? - Disse, me afastando dela.

- Claro que não, ridícula.

- Sei lá. Não posso ficar gripada ou algo desse tipo, se você se esqueceu, eu sou candidata a rainha do baile. - Sorri.

- Não esqueci. E também não tem como, a cada dez palavras suas, duas é "Eu sou candidata a rainha do baile.". - Disse Léya, debochando de mim.

- Engraçadinha. Você viu a Mine?

- Ela estava com o Mateus, ajudando ele a andar.

S.O.S. Adolescente Em CriseOnde histórias criam vida. Descubra agora