How To Save a Life (l.s)

Capítulo 12

(Louis POV's)

Quando Harry foi apagando aos poucos naquele restaurante, eu me vi desesperado gritando por qualquer um, eu tinha medo de perder as poucas pessoas em que confiava, e Harry era uma delas. Falando em Harry, ele tinha me beijado. Essa era a única coisa que eu pensava naquele momento, seus lábios eram a melhor coisa que eu já tinha experimentado. Não vou mentir dizendo que nunca tive vontade de beija-lo, porém eu tinha medo. Medo, era a única coisa que sentia antes dele entrar na minha vida.

Eu me levantei do colo de Harry, que percebi estar dormindo, e comecei a observar seus traços másculos. Seus lábios, quais eu tinha experimentado minutos atrás, tinham um tom vermelho escarlate, seu maxilar marcado, e seus olhos verdes-esmeralda que estavam fechados, passando uma impressão tranquila.
Harry era maravilhoso. Pode parecer clichê, mas disso eu já sabia, desde o dia que entrei naquele consultório.

Ouvi um barulho na maçaneta da porta, indicando que Anne já havia voltado da farmácia com os remédios.

-Oi Louis. O Harry acordou? –Anne perguntou entrando cautelosamente.

-Acordou, mas dormiu de novo. –Eu ri baixo olhando para o enorme ser que ocupava quase todo o sofá.

-Vamos precisar acordá-lo para tomar seus remédios. Você pode fazer isso enquanto eu tomo um banho?

-Claro, senhora Cox. –eu sorri e ela fez uma careta de desaprovação.

-Me chame de Anne, Louis. Já disse, me faz eu me sentir menos...velha. –ela riu indo até o banheiro.

Minha atenção foi novamente para Harry. Eu não queria acorda-lo. Eu tinha medo do que podia acontecer depois do nosso beijo, eu gostava de ficar com ele e não queria que nossa amizade acabasse, acima de tudo, éramos amigos.

-Harry...–chamei cuidadosamente não querendo acorda-lo.

Harry se mexeu algumas vezes no sofá antes de abrir os olhos e me encarar um pouco confuso, mas logo um sorriso se fez presente em seu rosto.

-Sua mãe já chegou da farmácia. –Sorri terno e ele retribuiu.

-Onde ela está?

-Tomando banho. Você precisa tomar seus remédios. –Ele imediatamente fez uma careta.

-Argh! Odeio remédios.

-Ah, pelo amor de Deus, Harry! Com vinte e dois anos nas costas, não querendo tomar remédios? Pessoas da sua idade se preocupam com as contas para pagar! –Eu disse e Harry riu.

-Tá me chamando de velho?

-Você que está dizendo!

Depois da nossa pequena discussão em que ele dizia que era apenas três anos mais velho que eu, Harry tomou seus remédios e Anne saiu do banho e veio abraçar o filho dizendo que ficou muito preocupada. Nós três ficamos conversando durante um bom tempo, e quando vi já eram mais de onze e meia da noite.

-Harry, muito obrigado pelo jantar, foi...especial. E Anne, prazer em te conhecer, não nas melhores condições mas, não é o que importa. Eu já vou indo...já está tarde. –me levantei do sofá mas Harry me puxou de volta.

-De jeito nenhum, Lou. Não vou te deixar ir embora essa hora! Fique aqui até amanhã! –Harry pediu e eu pensei um pouco. Que mal teria ficar mais um tempo com Harry?

-Harry tem razão, querido! Eu posso falar com a sua mãe e explicar a situação. –Anne disse já pegando o celular de seu bolso.