Once Upon a Time [Ruggarol]

OITO

KAROL

Não sei porque abdiquei do Ruggero, mas achei que fosse o melhor a fazer, claramente ele não me queria beijar e ainda amava a Cande, eu era apenas o obstáculo que os estava a separar.
Eu amava-o, mas queria que ele fosse feliz e ele não era feliz comigo e sim com ela.
Quando a nossa viagem chegou ao fim a tristeza tomou-me por completo, não queria sair nem ver ninguém, mas hoje era obrigada a voltar ás gravações e olhar para a cara dele, não sei como ia reagir quando o visse, sabia apenas que ele não me saia da cabeça e que tinha muitas saudades dele.
Quando cheguei ao estúdio vi primeiro a Valu e a Caro, fui ter com elas e fizeram-me imensas perguntas sobre a viagem, deixei de prestar atenção quando os meus olhos se encontraram com os dele, senti inúmeras coisas naquele momento e tudo por um simples olhar.

Valu: Está tudo bem Karol?
Karol: Sim.
Valu: Ah o Ruggero apareceu, é por isso que estás assim.
Karol: O quê? O que tem o Ruggero?
Valu: Eu vejo que gostas dele não vale a pena negares.
Karol: Estás doida Valu, eu não gosto dele.
Caro: Apanhada, nem vale a pena dizeres mais nada.
Karol: Pensem o que quiserem.

Aquela conversa já me estava a irritar, por isso saí dali, mas alguém me puxou o braço o que me fez virar para essa pessoa e era o Rugge.

Rugge: Está tudo bem Karol?
Karol: Sim e contigo?
Rugge: Também. Podemos falar?
Karol: Agora não me dá jeito desculpa.
Rugge: Okay.

Fui para o meu camarim e desatei a chorar até que apareceu o Lionel e começou a confortar-me, não me disse nada, mas no fundo eu sabia que ele sabia o motivo do meu choro.

Lio: Não gosto de te ver assim.
Karol: Vou tentar ser feliz.
Lio: Assim é que é falar.

Depois das gravações fui para casa e decidi mexer um pouco nas redes sociais, o que não devia ter feito porque assim que abri o instagram apareceu-me uma postagem da Cande numa foto ao lado do Rugge super felizes, o que significava que eles tinham voltado.
Nem acredito que alguma vez pensei que ele fosse olhar para mim, que fosse mesmo deixá-la por mim, é óbvio que ele a ama e eu fui apenas uma diversão.
Decidi mandar-lhe mensagem, estava super chateada e não aguentei ficar calada.

Sms: Vejo que voltaste para a Cande, sejam muito felizes porque se merecem.

Passado um pouco ele respondeu-me dizendo que vinha falar comigo pessoalmente, entrei em pânico porque não estava pronta para o enfrentar agora, isto ia correr mal.
E agora o que faço?
A campainha tocou e eu fui abrir, vi um Ruggero furioso e estava com medo do que vinha daí, deixei-o entrar e rezei para que corresse bem.

RUGGERO

Quando voltámos da viagem as coisas estavam estranhas entre mim e a Karol, eu sabia o que sentia, mas parece que ela não sentia o mesmo que eu então só me restava esquecer o assunto e seguir em frente.
No dia seguinte nas gravações antes de tentar falar com ela, ouvi uma conversa entre ela, a Vale e a Caro em que ela lhes dizia que não gostava de mim, fiquei super triste, ainda tentei falar com ela, mas ela disse que não podia. Senti-me ignorado, por isso quando a Cande me disse que me queria de volta, eu decidi que era o melhor a fazer, continuar com a minha namorada que me amava e esquecer a Karol que claramente não me amava.
Estava no meu quarto a pensar nisto tudo, quando recebo uma sms da Karol que me deixou super chateado, se ela não me amava e dizia isso ás amigas porque me estava a mandar mensagem como se tivesse ciúmes de eu ter voltado para a Cande? Decidi ir a casa dela e esclarecer o assunto, talvez não devesse fazê-lo, mas no momento não consegui ficar quieto, queria esclarecer tudo com ela.
Quando cheguei lá, ela abriu-me a porta e olhou-me com uma cara séria.

Rugge: Podes explicar-me que sms foi esta?
Karol: Desculpa chatear-te a esta hora.
Rugge: Só quero saber o porquê.
Karol: Nada, fico feliz por estares feliz.
Rugge: Não foi isso que me pareceu, pareceu que tinhas ciúmes de eu ter voltado para a Cande.
Karol: Não, nada disso.
Rugge: Os teus lábios dizem isso, mas os teus olhos dizem outra coisa.
Karol: E o que dizem os meus olhos?
Rugge: Que tens ciúmes.
Karol: Estás enganado.
Rugge: Não te percebo Karol, não me amas, mas tens ciúmes de mim e da Cande.
Karol: Não há nada para perceber.
Rugge: Só quero que me proves isso para te deixar em paz de uma vez, se não me amas então não vais sentir nada se te beijar.
Karol: Vais beijar-me?

Nem a deixei responder, agarrei-a pela cintura e beijei-a, sem lentidões, beijei-a com desejo porque podia ser a última vez que o fazia daquela forma por isso tinha de aproveitar, agarrei-a pela cintura e prensei-a na parede, as minhas mãos foram para o rabo dela e conseguia sentir o quão boa ela era, mesmo sendo por cima dos calções, ficámos sem ar e tivémos de nos separar.

Rugge: E então vais-me dizer que não sentiste nada?

Ela ficou durante algum tempo a pensar e depois respondeu-me.

Karol: Não senti nada.
Rugge: Muito bem, adeus Karol.
Karol: Adeus Ruggero.

Saí dali super frustado, só me apetecia bater em tudo, cheguei ao carro e bati no volante, dei por mim a chorar, como é que ela era capaz de me deixar assim? Eu tinha de a esquecer, mesmo que custasse eu ia acabar por conseguir e a Cande ia ajudar-me, eu já a tinha amado uma vez, podia voltar a amá-la novamente, ou pelo menos eu achava que sim.