Once Upon a Time [Ruggarol]

DEZ

KAROL

Tinha acabado de chegar ao México e já estava cheia de saudades do Ruggero, não sabia se havia de lhe mandar mensagem a dizer que já tinha chegado ou não, mas decidi não mandar.
A minha amiga Clara veio comigo, sabia que nos iamos divertir muito juntas e podia ser que me esquecesse um pouc do Ruggero e das nossas confusões sentimentais.

Clara: Ai Karol sinto que o teu coração está em Itália.
Karol: Não digas disparates.
Clara: Diz a verdade, estás cheia de saudades dele.
Karol: Queria saber se ele chegou bem a Itália, mas não tenho coragem de lhe mandar mensagem.
Clara: Mas devias mandar, quem sabe ele também não sente a tua falta.
Karol: Isso é impossivel.
Clara: Não acho que isso seja verdade, vocês amam-se isso vê-se a milhas.
Karol: Ele ama a Cande.
Clara: Sim, por isso é que acabaram.
Karol: Eles deram um tempo.
Clara: E esse tempo vai fazer com que eles acabem.

A Clara só podia estar doida para achar que alguma vez o Rugge ia largar a Cande por mim, eles namoram á anos e nunca se separaram, ele não a ia deixar para ficar com uma miúda como eu.
Fomos passear no shopping e fomos ver um filme ao cinema, a Clara quis ver um filme de terror e nesse instante lembrei-me logo do Rugge e de quando viamos filmes de terror juntos na nossa viagem pela Europa.
Mesmo longe ele estava sempre perto nos meus pensamentos, não conseguia deixar de pensar nele nem um segundo.
Mais tarde em casa decidi entrar nas redes sociais e assim que abri o instagram dei de caras com uma foto do Rugge com a Cande em Itália, tinham voltado a estar juntos e ela tinha ido com ele para Itália.
Não me devia ter iludido, mas pensei que esse tempo os fosse afastar, pelos vistos só os juntou ainda mais, afinal não me devia ter guiado pelas palavras da Clara porque ela estava errada e o Rugge não gostava de mim como ela achava.

Clara: Que se passa?
Karol: Isto passa-se.

Mostrei-lhe o telemóvel e ela ficou estupefacta, ficou sem reação, tinha acabado de perceber que não tinha razão e que o Rugge não estava apaixonado por mim.

Clara: Mas eles tinham dado um tempo.
Karol: Dizes bem tinham, eu disse-te que eles iam voltar.
Clara: Desculpa Karol, eu sinto que tu queres chorar, podes fazê-lo, vai fazer-te bem libertar o que estás a sentir ai dentro.

Não disse mais nada, abracei-me a ela e chorei, chorei até não ter mais lágrimas, o Rugge fazia-me sentir tão feliz quando estava ao lado dele, mas ao mesmo tempo fazia-me sofrer tanto por não me amar da mesma forma que eu o amo a ele, só queria que ele olhasse para mim, mas a Cande era quem ele amava e eu tinha de começar a aceitar isso para o meu próprio bem.

RUGGERO

Sentia que estava a enganar-me a mim mesmo outra vez, estava prestes a voltar para a Cande, mas no fundo quem eu amava era a Karol, não a conseguia tirar da minha cabeça. Ia levar a Cande comigo para Itália e podia ser que estas férias longe da Karol me fizessem bem, ia afastar-nos e podia ser que me esquecesse dela de vez.
Sentia-me a pessoa mais bipolar de sempre, os meus sentimentos encontravam-se numa confusão imensa e só queria que isto passa-se de vez.
Quando cheguei a Itália queria imenso mandar mensagem á Karol a perguntar como ela estava, mas não tive coragem até porque ela já devia ter visto a postagem da Cande no instagram e agora sabia que eu não valia nada como homem e que não a merecia. Isto tudo porque não era capaz de terminar com a minha namorada de anos!
As férias passaram lentamente, a única coisa que me fazia sentir bem era ter a minha familia por perto porque as saudades que sentia da Karol cada vez eram maiores.
A minha mãe reparou que eu não andava bem e chegou mesmo a questionar-me se eu ainda amava a Cande, eu não lhe consegui mentir e disse-lhe que estava apaixonado pela Karol, mas que estava a tentar esquece-la.
A minha mãe disse-me que caso não conseguisse esquece-la é porque a amava de verdade e para terminar com a Cande.
A verdade é que esta viagem de nada serviu porque continuava apaixonado pela Karol, ela estava cada vez mais linda, estava a transformar-se numa mulher bombástica e eu estava cada vez mais de queixo caido por ela.
Regressámos a Buenos Aires poucos dias depois de eu ter tido aquela conversa com a minha mãe e a Cande tinha ido jantar fora com umas amigas e eu fui para casa sem planos para o jantar.
Abri o instagram e vi um live da Karol com um tal de Fer Vazquez que era da banda Rombai, eles estavam numa festa e eu estava a arder por dentro, ela estava linda num belo vestido vermelho e eu decidi fazer dois tweets a respeito disto tudo, quando reparei que o tal Fer respondeu a um dos meus tweets fervi ainda mais por dentro e decidi que tinha de lá ir acabar com aquela palhaçada.
Quando entrei na festa vi-os todos amiguinhos aos risinhos e a tirar fotos, quando eles me viram ficaram sem reação.

Rugge: Boa noite a todos.
Fer: Pensei que estivesses a tentar dormir Ruggero.
Rugge: Pois, mas não consegui porque os meus vizinhos gostam da música horrorosa que vocês fazem.
Karol: Eu gosto da música deles.
Rugge: E pelos vistos não é só isso.
Karol: O que estás a tentar insinuar?
Rugge: Não sei do que falas.
Fer: Vê como falas com a Karol, ela merece mais respeito.
Rugge: Queres falar de respeito? Passaste a noite toda a tentar levá-la para a cama ou queres que acredite que subitamente te apaixonaste por ela?
Fer: Acredita no que tu quiseres, mas quem tem namorada aqui não sou eu, és tu e no entanto estás aqui pela Karol.

Não aguentei as acusações dele e dei-lhe um soco bem dado, já tinha andado a beber em casa o que me ajudou a ter coragem.

Karol: Ruggero!!
Rugge: Eu vou matá-lo.
Karol: Vamos embora, tu estiveste a beber nota-se a milhas. Desculpa isto tudo Fer depois falamos.
Fer: Não faz mal linda tu não tens culpa de nada.
Rugge: Vamos antes que eu o mate de vez.