SEIS

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KAROL


Estas viagens com o Rugge só serviram para nos aproximarmos mais, a cada dia que passava eu sentia-me cada vez mais apaixonada por ele, mas nem acreditava na pergunta estúpida que me saiu da boca naquele dia, se eu dormisse com ele ia estar a demonstrar que gostava de estar ao pé dele, ia estar a demonstrar que no fundo gostava dele e que na verdade o que sentia não era apenas amizade e eu não queria que ele desconfiasse de nada.

Tentei lutar contra a minha vontade, juro que tentei e por isso é que me levantei a alta velocidade da cama indo em direção á porta do quarto dele, mas de repente senti um braço a puxar-me com imensa força e o que vi de seguida foram os belos olhos dele de encontro com os meus, estávamos demasiado próximos, o nosso olhar penetrado um no outro era demasiado intenso e eu não conseguia desviar os meus olhos dos dele, quando baixei o meu olhar para os lábios dele vi-os a vir de encontro com os meus.

Foi tudo demasiado rápido, ele iniciou um beijo lento, pediu-me passagem com a língua e eu cedi, em pouco tempo o nosso beijo tornou-se urgente e apaixonante, senti que precisávamos demasiado um do outro para parar, ou pelo menos eu precisava dele. Ele prensou-me contra a porta do quarto e eu entrelacei as minhas pernas á volta da sua cintura, senti o membro dele a crescer com o meu acto, mas como tudo o que é bom acaba depressa lembrámo-nos que o ar existia e ele afastou-se de mim como se tivesse cometido o maior erro da vida dele.


Rugge: Desculpa Karol.

Karol: Não precisas de pedir desculpa Rugge, a culpa também foi minha.

Rugge: Preciso sim, eu não devia ter-te beijado.

Karol: Hum eu acho que vou para o meu quarto.


Nem o deixei responder, fui a correr para o meu quarto e desabei em lágrimas na minha cama, nunca tinha chorado por amor e infelizmente naquele momento soube o quanto doía amar alguém e não te amarem de volta.

No dia seguinte as coisas estavam estranhas entre mim e o Rugge, não falámos um com o outro o dia todo e depois de almoço soubemos através da Aldana que nesse mesmo dia iamos viajar para Itália, era o último país que íamos visitar antes de voltarmos á Argentina e por um lado estava aliviada, mas por outro estava triste por estar quase a acabar.

O Rugge ficou super feliz quando aterrámos em Itália, era o país dele e ia poder visitar os pais e o irmão que não vi á tanto tempo.

Aldana: Falei com os teus pais Ruggero e eles pediram-me para ires passar dois dias com eles, eu deixei.

Rugge: Muito obrigado Aldana, mas a Karol também pode vir? Queria que ela conhecesse a minha família.

Aldana: Se ela quiser e os teus pais não se importarem claro que pode.

Rugge: Que me dizes mogli, queres conhecer a minha família?

Karol: Sim pode ser.

Rugge: Tenho a certeza que os vais adorar e que eles também vão gostar de ti.


Não sabia se devia aceitar ou não, mas naquele momento foi o que o meu coração me mandou fazer, eu só decidi segui-lo e nada mais.


RUGGERO

Eu não queria magoar nenhuma das duas, nem a Karol nem a Cande, mas estava metido em sarilhos porque sentia coisas pelas duas ao mesmo tempo.
Naquela noite nunca deveria ter beijado a Karol, não queria estragar a nossa amizade, ela era demasiado importante para mim para perdê-la, mas não sabia o que fazer porque a minha cabeça estava uma confusão.
A Cande e eu tinhamos dado um tempo, não sabia como iamos ficar quando eu voltasse a Buenos Aires e não queria estar a brincar com os sentimentos da Karol sem saber como estava o meu relacionamento de anos.
O que é certo é que quando a beijei senti coisas que ninca tinha sentido antes, coisas inexplicáveis, depois do beijo não falámos e só voltámos a dirigir a palavra um ao outro quando a Aldana me disse que ia passar dois dias em casa dos meus pais, não resisti á tentação e convidei a Karol para vir também, queria que ela conhecesse a minha familia.
Quando o dia de ir para casa dos meus pais chegou as coisas ainda estavam estranhas entre nós, por isso decidi falar com ela sobre isso.

Rugge: Karol eu preciso que as coisas fiquem bem entre nós.
Karol: Mas está tudo bem.
Rugge: Tens a certeza disso?
Karol: Sim tenho!
Rugge: Okay então o último a chegar ao carro tem de deixar o outro escolher o filme que vamos ver logo á noite.

Corremos e claro que a Karol perdeu, ia escolher um filme de terror porque sei que ela tem imenso medo.
Quando chegámos a minha casa apresentei-a aos meus pais e ao meu irmão, eles adoraram-na principalmente o meu irmão que não lhe poupou nos elogios, o que me causou alguns ciúmes.

Antonella: Devem estar super cansados.
Rugge: Sim estamos um pouco.
Bruno: Então vão descansar meninos, mostra o quarto de hóspedes á Karol por favor Ruggero.
Rugge: Sim pai, até amanhã a todos!
Leo: Até amanhã Karolzita!

O neu irmão estava mesmo encantado com a Karol, sabe muito aquele miúdo!
Fui mostrar-lhe o quarto de hospedes e ela disse que ia tomar um banho, mas pediu-me para esperar por ela para depois irmos ver o filme no meu quarto.
Quando ela entrou na casa de banho, começou logo a tirar a camisola e deixou a porta meio aberta, assim que vi o corpo dela desnudo fiquei com o membro erecto, ela era tão linda, tão inocente e a pele dela era tão bela daquela forma, naquele momento quis-a para mim, mas tive de me controlar.
Queria prensa-la na banheira e fazer coisas loucas e de que mais tarde provavelmente me arrependeria, só não o fiz porque ela reparou no meu olhar sobre ela, corou e fechou a porta com força.
Fui para o meu quarto ainda a pensar no que tinha visto e ainda excitado, passado 5 minutos ela entrou no meu quarto ainda corada pelo que tinha acontecido.

Rugge: Como perdeste a corrida sou eu a escolher o filme que vamos ver.
Karol: És um batoteiro Ruggero.
Rugge: Eu mereço porque ganhei.
Karol: Então diz-me lá qual é o filme, não aguento mais esse teu suspense.
Rugge: Tem um palhaço assassino e chama-se 'It'.
Karol: Terror outra vez? Tu sabes que eu tenho medo!
Rugge: Sim eu sei, por isso é que escolho sempre terror Karolzita, porque gosto de te aterrorizar.
Karol: Está bem ganhaste, vamos ver o filme.
Rugge: Eu consigo sempre o que quero.
Karol: És mesmo igual ao Matteo, a personagem foi feita para ti.

Vimos o filme e a Karol esteve sempre com medo, passou o filme todo agarrada a mim e acabou por adormecer no meu peito enquanto eu lhe fazia carinhos no cabelo. Acabei por me abraçar a ela e adormecer também, só sei que nessa noite adormeci com ela nos meus pensamentos.

Once Upon a Time [Ruggarol]Onde histórias criam vida. Descubra agora