QUINZE

458 18 7
                                    

KAROL

Depois daquele dia na minha casa não tinha voltado a estar com o Ruggero, era cada vez mais dificil controlar este sentimento que tinha dentro de mim, cada vez que estava com ele só me apetecia beijá-lo, agarrá-lo e dizer-lhe o quanto o amava.
Mas não podia e eu sabia disso.
Hoje começava a tour na Argentina, depois iriamos para o Paraguai e a partir dai iriamos estar muito tempo fora, só não queria fazer disparates durante este tempo.
Estava super nervosa, era a minha primeira tour e queria fazer bem as coisas, antes do concerto começar bateram á minha porta, pensei que pudesse ser a minha mãe ou a Katja por isso abri.
Mas não era nenhuma delas, era o Ruggero.

Rugge: Pronta para arrasar Chica Delivery?
Karol: Sempre Chico Fresa.
Rugge: Tu já arrasas todos os dias, para mim estás sempre um arraso.
Karol: O quê? Não sejas tonto.
Rugge: É verdade, tu és linda e devias ouvi-lo todos os dias.
Karol: A sério Rugge pára.
Rugge: Porquê?
Karol: Porque me deixas nervosa?
Rugge: Então quando eu faço isto ficas nervosa?

Aproximou-se de mim e agarrou-me na cintura, juntou os nossos lábios e beijou-me, por mais que tentasse eu não conseguia tirar aquele beijo do meu coração muito menos o sabor dele, eu queria-o tanto, mas ele era-me proibido.
De repente ouvimos a porta a abrir e separámo-nos um do outro cheios de medo de quem pudesse ser.

Agus: Eu não te disse que eles não conseguiam estar mais tempo a fingir?
Vale: Estes dois amam-se e não admitem.
Karol: Eu posso explicar.
Agus: Não precisas, a nossa boca é um túmulo.
Vale: Sim, só quero que sejam felizes, vocês adoram-se e isso vê-se á distância.
Rugge: Já é para ir?
Agus: Sim, está na hora.
Karol: Vamos.

O concerto correu super bem, quando chegou á parte do beijo dissémos as nossas falas como sempre e o beijo que demos foi um beijo super apaixonado, em nada parecido com o da série. Os fãs foram ao rubro, só ouviamos gritos loucos dos fãs por causa do beijo, mas para meu azar a Candelabro estava a assistir ao concerto e no final fez questão de gritar com ele á frente de todos.
Ele passou-se com ela e acabou tudo com ela á frente de todos nós.
Ficou tudo boquiaberto, mas pude ver um sorrisinho na cara do Agus, Vale e Katja.
Fui para o meu camarim porque já não aguentava com os gritos daquela louca e a Katja veio atrás de mim.

Katja: Devias estar feliz.
Karol: Porquê?
Katja: Por eles terem acabado.
Karol: E ver o Rugge infeliz? Não obrigada.
Katja: Mas ele não era feliz com ele, ele é feliz quando está contigo será que não vês isso?
Karol: Ele beijou-me antes do concerto.
Katja: What?
Karol: Sim e á uns dias beijou-me também quando foi jantar a minha casa, mas aí foi pior porque quase me entreguei a ele.
Katja: Espera não aguento tantas emoções.
Karol: O Agus e a Vale sabem, eles viram-nos á pouco.
Katja: Eu não te devia contar, mas foi a Vale que pediu para eu te contar que o Ruggero e a Candelaria namoravam a fingir, ele contou á Vale e ela pediu para eu te contar a ti porque éramos próximas.
Karol: Mas porque não me contou ela?
Katja: Porque vocês se chatearam e ela acha que tu nem a queres ver á frente.
Karol: Eu adoro-a apesar de tudo e ela devia saber isso.


RUGGERO

Eu e a Karol estávamos mais unidos do que nunca, eu tinha acabado o meu namoro com a Cande á frente de todos e já não restavam dúvidas de que eu já não a amava.
Antes de viajarmos para o Paraguai houve um evento dedicado ao Soy Luna e como sempre fiquei ao lado da Karol, ela estava tão linda, tinha-se tornado uma mulher, já não era aquela menina que tinhamos conhecido no inicio da série, se bem que para mim ela sempre foi muito mais.
Não conseguia evitar olhar para ela, quando ela sentia o meu olhar sobre ela, lançava-me um sorriso timido e eu sabia que aquele sorriso um dia iria ser só meu.
Viajámos para o Paraguai no dia seguinte e quando chegámos ao hotel o Jorge convidou-nos a todos para uma mini-festa no quarto dele, eu sabia que ela não viria se eu não a fosse buscar, por isso tomei a iniciativa.
Bati á porta e ela abriu espantada por me ver ali.

Karol: Olá Rugge que fazes aqui?
Rugge: Vim buscar-te para irmos á festa do elenco.
Karol: Eu não fui convidada.
Rugge: Todos foram convidados.
Karol: Sim, mas tu sabes que eu não falo com as meninas, só com a Katja.
Rugge: Mas falas com os rapazes.
Karol: Sim, isso é verdade.
Rugge: Além do mais eu quero que venhas.
Karol: Está bem ganhaste.

Peguei-lhe na mão e entrelacei os nossos dedos, ela deu-me um sorriso timido e entrános no quarto do Jorge.

Michael: Boa agora que já chegaram todos, vamos começar.
Karol: Começar o quê?
Gastón: O jogo da garrafa.

Fomos jogar e já tinha havido muitos beijos, o Jorge já tinha beijado a Chiara e a Anita apesar da Chiara gostar de raparigas, a Valu tinha beijado o Mike e o Agus, o Agus tinha beijado a Valu e a Carolina, o Gastón tinha beijado a Male. Isto ia de mal a pior!
E piorou quando me calhou a mim beijar a Karol.

Jorge: Beijem-se logo.
Anita: Sim, vocês querem-se.
Carol: Sim admitam de uma vez.

Aproximei-me e depositei-lhe um beijo doce nos lábios, pedi-lhe passagem com a língua, mas ela rejeitou-me.
Talvez porque houvesse muita gente a ver, não sei.
Quando a festa acabou fui levá-la ao quarto.

Karol: Obrigada por me trazeres.
Rugge: De nada.
Karol: Queres entrar para vermos um filme?
Rugge: Sim, só tenho de ir buscar o meu telemóvel ao quarto, esqueci-me lá dele.
Karol: Até já.

E sem mais nem menos deu-me um beijo, sorriu-me e fechou a porta.
Esta miúda ainda vai dar comigo em doido!
Fui até ao quarto e quando abri a porta deparei-me com o Agus e a Valu aos beijos na cama dele.

Rugge: Deixem-se estar, eu já estava de saída e não devo dormir aqui, por isso aproveitem.

Saí do quarto e comecei a rir-me, este elenco era de loucos.


Once Upon a Time [Ruggarol]Onde histórias criam vida. Descubra agora