Oliver e os Segredos da Torre - COMPLETO ✍✔✔

- capítulo 18 - Um destino, e outro panapanã

 Todos olhavam abismados para o buraco no teto. Max não sabia dizer se era algo ruim ou devastador.

— Mesmo que leve anos eu vou caçar cada um deles — ele murmurou — Nenhum demônio vai escapar. Isso eu prometo.

— Isso não é trabalho seu — Roky disse — O conselho vai ter que tomar providências sobre isso.

— Eles vão nos exterminar Roky, nós libertamos uma horda de demônios no mundo.

— E tudo pra me salvar — Anabell disse — Obrigada Oliver.

Max ficou despontado por Anabell não ter agradecido a ele, mas não comentou nada.

— Só vamos sair daqui de uma vez — Oliver disse.

Eles lançaram um gancho no teto, e Oliver desistiu de imaginar o que mais Max levava na mochila. Do lado de fora era possível ver toda Nova Iorque. Eles estavam no topo do Empire State.

— Hã, Oliver — Anabell a chamou. O seu vestido de seda azul flutuava ao vento, deixando seus pés a mostra, e a marca de carne viva onde a corrente tinha a prendido. — Eu sei que você não pediu pra ser a chave do anjo. — ela disse — Mas eu posso dizer a você que esse é o seu destino. Lutar contra as forças do mal, para que ninguém sofra nas mãos do perverso.

— E se eu não quiser?

— Eu não sei, talvez Tamizael escolha outra criança, mas o conselho vai ser mais brando com eles se você disser que está disposta a ser a chave. — Anabell disse, indicando Roky e Max com a cabeça. — Ou você pode desistir de tudo e voltar pra sua vida de antes, se for isso o que você realmente quiser.

Oliver pensou por um tempo nas palavras de Anabell. Sua vida antiga não era nada de tão espetacular, mas, pelo menos, era segura. Ela pensou em todas pessoas que haviam morrido lutando contra o mal e pensou no porque de não desistir, seria mais fácil.

Olhando para a cidade de Nova Iorque, que era iluminada pelo nascer de um novo dia, ela sabia qual era a decisão certa a se tomar. Sabia que alguém ia ter que caçar os demônios que haviam fugido, e mandá-los de volta pra torre. Oliver olhou pra trás, procurando o buraco pelo qual eles tinham saído, mas só encontrou o chão maciço do Empire State.

Ela olhou nos olhos de Anabell. Algo neles fez Oliver refletir mais um pouco. Anabell confiava em Oliver, Margaret Blood também confiou, e mesmo que doesse ela sabia, que se Jime estivesse vivo, ele também confiaria.

— Quantas pessoas que eu amo vão morrer, se sacrificando pra que eu siga em frente? — Oliver perguntou.

— Ninguém morreu por você, todos que se foram, fizeram parte de um bem maior. —Anabell disse — Você é boa Oliver, mas não é tão importante assim.

As duas riram. Não que a piada fosse realmente engraçada, mas se elas não fizessem isso, o clima tenso não sumiria. Oliver observou Roky usar o espectro, se transformar em uma abelha gigante e abraçar o irmão. O dois saltaram do prédio, e sairão voando em direção ao chão.

— Você pode me prometer que Savanna não vai morrer? — Oliver perguntou sem olhar para Anabell.

— Não.

— Você pode me prometer que vai ser fácil?

— Também não.

— Por que me escolheu?

— Você tinha o futzman de uma guerreira. Não sei o que Tamizael viu em você, mas, com certeza, lhe deu seu melhor futzman.

Savanna agora estava flutuando acima do parapeito, chamas, de um vermelho vivo envolviam ela.

— Okay. —Oliver disse por fim. — Eu aceito.

Anabell deu um largo sorriso de aprovação.

— Então corra ou vai ficar pra trás. — ela disse. Savanna já havia sumido de vista. Havia descido voando.

— E você, não vai vir com a gente?

— Eu tenho que pedir um favor a um amigo, mas eu passo na casa do Blacks assim que eu puder. — ela disse, Oliver queria mais detalhes, mas todo mundo merecia ter seus segredos.

—Você ainda se lembra de como se faz, pra cair do alto e não morrer? — Anmabell perguntou com um sorriso divertido no rosto. A luz do sol ela era linda. Oliver entendia por que Max gostava tanto dela. Oliver sorriu de volta.

— Com certeza.

Assim que disse isso Oliver se jogou to topo do Empire State. O vento rúgia nos seus ouvidos. Seus braços estavam abertos, ela estava pronta pra abraçar seu destino, quando um panapanã de borboletas azuis a envolveu.