Capítulo 6 - Nenhum lado engana

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DIEGO:

Sei que Eva ficou zangada comigo por tê-la castigado, mas ela merecia pelo que fez e além disso, eu posso fazer o que quiser. 😏

Mas uma parte de mim condena-me por ter sido demasiado severo com ela. Bem, ela um dia teria que conhecer a verdadeira dor, por isso ter sido hoje ou outro dia não faria diferença nenhuma.

Júlio juntou-se a mim na cozinha e pergunta-me enquanto fazia o seu próprio jantar:

- Como vai a diversão?

- Fizemos um acordo - conto-lhe sorrindo.

- Um acordo? - Questiona Júlio surpreendido.

- Sim - afirmo.

- E o que é que consiste esse acordo? - Pergunta Júlio curioso.

Bebo um pouco de cerveja para molhar a garganta e revelo:

- Ela faz tudo o que eu quiser se em troca eu sustentá-la e não violá-la.

- Acho justo da parte dela - concorda Júlio.

Franzi a testa e respondi:

- Assim perde a piada.

- Ela não é um objeto Diego, lembra-te disso - avisa Júlio sentando-se há minha frente enquanto abre uma cerveja - e esses são os direitos que ela tem.

Bebo mais um gole de cerveja e Júlio continua:

- Além disso, não deixa de ter piada, porque se tu não podes violar esses direitos dela, podes sempre buscar recompensa do que ela é obrigada a fazer por ti.

- Sim - afirmo sorrindo - pelo menos é algo que eu tenho na mão.

Momento depois, levanto-me da mesa e Júlio pergunta:

- Já vais?

- Já - afirmo saindo da cozinha.

Vou até ao quarto de Eva e destranco a porta entrando a seguir.

Eva está deitada de lado, na ponta da cama, e eu sento-me na outra ponta perguntando-lhe:

- Estás bem?

- É engraçado de tua parte perguntares-me se estou bem - responde Eva asperamente tapando a cara.

Compreendo que para ela ainda possa ser muito mais agressivo do que eu considero. Mas eu não fui muito agressivo com ela! E não pretendo pedir desculpas! 😤😬

Deito-me a cama e pouso a minha mão em cima do seu braço gelado percebendo que Eva está com frio e que deve ser mais uma das razões para estar zangada comigo.

Eva afasta a minha mão e reclama:

- Não me toques!

- Olha o tom! - Ameaço-a.

- Não importa - murmura Eva baixinho.

Suspiro olhando para o lado... Não me acredito que vou fazer isto, mas parte de mim quer que eu faça, e como só estamos nós os dois, ninguém vai saber.

- Eva - chamo.

- Que queres Diego? - Questiona Eva mal-humorada.

- Eu sei que estás com frio - digo-lhe dando a entender o que eu pretendo.

- Nem penses - nega Eva rapidamente.

- De certeza? - Provoco-lhe a dúvida.

Eva não reage nos primeiros segundos e quando eu achava que este assunto ia cair no esquecimento, Eva vira o seu corpo para mim e fica de lado. Eu também viro o meu corpo para ela e deixo escapar um pequeno sorriso de satisfação.

Vais ser minha - "Só te raptei para ter a certeza" Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora