Capítulo 14 - Muda a casa mas não muda a situação

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DIEGO:

O meu destino são os arredores do outro lado de Nova Iorque para casa dum amigo meu que também está metido nestas mesmas coisas que eu.

Ele foi preso há uns meses atrás e a casa esteve sobre vigilância pelo FBI durante alguns tempos, mas depois abandonaram-na.

Eu de vez em quando apropio-me dela quando o Júlio está "acompanhado" lá em casa.

E quando apropio-me também vou "acompanhado" tal e qual como agora, com a exceção de que esta vai contra a sua vontade inconscientemente e as outras vão de livre vontade a provocar o tempo inteiro.

Desta vez vou habitar a casa por uns dias. 😎😏😏

Chegar ao meu próximo destino ainda vai demorar e como eu não posso passar pelas estradas principais por estar a ser perseguido, vou por ruas pouco conduzidas o tempo todo, o que demora muito mais tempo.

São quatro da manhã e eu páro o carro numa berma iluminada pelo lua.

Eva até agora não acordou, mas depois do carro estacionar e ter feito das suas paragens bruscas por causa de ser velho, Eva acorda e pergunta de olhos fechados:

- O que é que se passa? Aonde estou?

- Não muito longe do próximo destino - respondo.

Eva abre os olhos e encara-me com um olhar de receio sem nada dizer e eu pergunto-lhe:

- Tens fome?

Eva olha para as suas mãos e enquanto espero pela sua resposta, estico o meu braço e pego no saco da comida.

Ainda não obtive resposta de Eva e depois de abrir o saco, tiro-lhe uma sande e entrego-lha. Eva pega nela, observa-a e pergunta:

- Tem veneno?

- Sim - afirmo ironicamente - acabei de fugir contigo daquela casa para te matar depois. 😒

Tiro uma barra e fecho o saco pousando-o atrás nos bancos declarando:

- Não me faças obrigar-te a comer isso. Já não comes há dois dias e parte do meu acordo é alimentar-te.

Eva dá uma trinca na sande e eu arranco o carro comendo a minha barra energética e contando:

- Por esta hora, a polícia já deve ter invadido a casa e ter encontrado o Júlio e a Marta.

- Porque é que me tiraste de lá? Porque é que eu estou contigo? O que queres de mim? - Pergunta Eva furiosa.

- Eu ainda não acabei contigo - respondo fixando o meu olhar na estrada.

- Tu queres matar-me? - Grita Eva.

- Achas? - Questiono olhando para ela.

- Eu não sei - responde Eva mal humorada - tu mataste o Kai, o que te impede de me matar agora? É que há tua resposta, parece que tenho os dias contados! 😒

- Eu não te disse que matei o Kai - nego continuando a olhar para a estrada - eu disse-te que talvez sim, ou talvez não...

Eva não responde e minutos depois eu revelo:

- A tua amiga Marta não foi uma boa amiga.

Eva fica incomodada com o assunto e eu continuo:

- Quando percebi que ela partiu o prato para tu não fugires sem ela porque esta queria que a polícia vos encontrasse, admito que até tive pena de ti.

- Tu não tens pena de ninguém - comenta Eva mal humorada olhando pela janela.

Eu ignoro o comentário dela e continuo:

Vais ser minha - "Só te raptei para ter a certeza" Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora