Capítulo 22

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JÚLIA

"Vou te seduzir até te enlouquecer, vou te fazer implorar pelo prazer"

Acordo pego meu celular para ver as horas, são 08:52, vejo uma notificação de mensagem. Abro para ler.

Bom dia - 08:23

Já acordou? - 08:24

Estou ansioso pela dança. – 08:25

Que horas vai ser? - 08:26

Fala comigo. - 08:27

Acorda logo. - 08:27

Quero ver vc – 08:29

Que isso? Esse homem enlouqueceu? Pra quem não quer nada comigo... Está muito ansioso mesmo... Será que é só pela dança?

Começo a rir, não respondo suas mensagens, me levanto tomo uma ducha, coloco apenas uma calcinha e um hobby preto.

Vou para a cozinha preparar meu café. Estou distraída e me assusto com campainha que toca insistentemente. Já imagino quem seja e dou um grito.

─ CALMA JÁ VOU...

Abro minha porta, levo uma bronca logo de cara.

─ Por que você não me responde? Fica online e não responde...

Olho para ele, fico admirada com sua fúria querendo explicações sobre meu comportamento.

Ele mesmo disse que não quer nada comigo... não estou entendendo.

Continuo olhando para ele sem falar nada, com uma tremenda vontade de rir de sua cara.

─ Ei... Fala comigo... o que eu fiz pra você me tratar assim?

Continuo olhando para seu rosto másculo, maxilar rijo, queixo forte, o nariz perfeito e uma boca que da vontade de beijar ardentemente.

Ele para de falar, seus olhos me penetram e percorrem todo meu corpo.

Seguro meu vizinho ensandecido pela camiseta e o puxo para dentro do meu apartamento. Fecho a porta.

─ Você enlouqueceu? O que você bebeu no café da manhã vizinho?

Ele fica olhando para mim, meu hobby está preso pelo cinto, com um nó meio frouxo, o tarado que agora endoidou começa a olhar para meus seios que estão quase a mostra. Eu arrumo o nó e fecho um pouco o decote. Ele desvia o olhar, mas mesmo assim me sinto nua. Cruzo meus braços, ficamos nos olhando por um bom tempo sem dizer nada.

Até que eu saio do transe primeiro e falo com ele.

─ Já tomou café da manhã?

─ Não.

─ Ah... Então deve estar com fome.

O doido passa a mão pelo rosto, caminha até o balcão que divide a sala e a cozinha, senta-se em uma banqueta, olha para mim.

─ Me desculpe por falar assim com você... não sei o que me deu na cabeça.

─ Ansiedade demais faz mal.

─ Eu não sou ansioso.

─ Imagine se fosse...

─ Quer sair hoje?

─ Não... não posso... tenho que dançar para um vizinho ansioso mais tarde.

Ele da um sorriso, acho que gostou do que ouviu, pois está doido para isso acontecer. Mas eu pergunto.

─ E você vai sair hoje?

─ Não... Tem uma vizinha que está me enlouquecendo e disse que vai dançar para mim.

Dou um sorriso e não respondo, termino de fazer o café, dou uma xícara a ele. Faço um lanche e tomamos nosso café da manhã. Ele agora está mais calmo.

Acho que estava com fome, mas sei muito bem a fome que ele tem... com certeza é a mesma que sinto...

Conversamos sobre varias coisas, mesmo com toda tensão sexual que existe entre nós, conseguimos entrar em outros assuntos. Claro que ás vezes com alguma provocação.

Vou para o quarto me vestir, ele fica na sala me esperando, quando volto ele está ao telefone em uma discussão calorosa, pelo jeito deve ser com a tal mulher.

Ele fala muito bravo com ela, pede para não procura-lo mais, para esquecer que ele existe, que já está em outra.

Está em outra? Será que outra sou eu?

Ah... de fato mais tarde ele vai estar mim mesmo... mas só porque eu quero.

Desliga o celular, passa a mão pela barba e olha pra mim.

─ Não falei que ela não me da sossego? Eu bloqueio o número, ela liga de um diferente. ─ Ele está até com o rosto vermelho, ficou nervoso com a ligação.

─ É... você tem que resolver isto. Acho que tem um problemão vizinho.

Ele da um sorriso encantador se aproxima, me segura pela cintura, eu não ofereço resistência, ele me beija e eu me perco em seus lábios.

Ah... o que está acontecendo comigo? Não consigo resistir a este homem...

─ Quando você vai me falar seu nome? Sua maluca.

─ Não sei... quando me der vontade.

─ Que tal darmos uma volta? Está um sol lindo lá fora... vamos?

─ Acho que vou aceitar o convite de quem não quer nada comigo e não sai do meu pé... ─ Ele sorri.

─ Acho que você me acorrentou... sua bruxa...

─ Adoro seus adjetivos, doida, maluca, estranha e agora bruxa.

─ Não vou te pedir desculpas. Acho que é uma bruxa mesmo... e está me enfeitiçando. ─ Volta a me beijar.

Aceito seu convite, saímos, andamos pela cidade, paramos em um parque, caminhamos de mãos dadas conversando.

Ele insiste em perguntar meu nome, ameaça dizer o seu, eu coloco a mão em sua boca.

Ele sorri passa a língua entre os lábios, eu faço o mesmo estou com a boca sedente por um beijo.

Nos aproximamos e nós beijamos, ele acaricia meus cabelos, aperta me corpo junto ao seu, mais uma vez me perco nessa boca quente.

Já são 13:00 sou convidada para um almoço agora que aceito logo em seguida, estou com fome, mas com fome desse homem também e tenho certeza que ele sente a mesma fome por mim, pois me devora com seus olhos safados.

Almoçamos em uma churrascaria e voltamos para a casa, ele me convida para ir ao seu apartamento.

─ Não vizinho... você vai para seu apartamento eu vou para o meu, preciso me preparar, tenho que mostrar para alguém como se dança twerk.

Ele se aproxima passa seus braços pela minha cintura e me pergunta.

─ Que horas vai ser seu compromisso?

─ Ás 18:00... ou seja esteja aqui ás 18:00 horas em ponto, ou perdera sua chance.

─ Pode me esperar.

Começo a escolher algumas musicas para dançar, escolho a musica que ele cantou um trecho no carro quando saímos pela primeira vez.

Mas porque eu disse que vou começar com twerk, é muito excitante,é uma dança só com o quadril...

Ah.. agora já foi... prometi e vou fazer.

Depois de escolher a musica, vou tomar um banho, está muito calor, já esta quase na hora.

Me atraso um pouco, quando saio do banho ouço minha campanhinha tocar.

Pego meu celular e vejo ás horas. São exatamente. 18:00 horas e eu ainda estou enrolada em uma toalha.

Mas vou abrir a porta mesmo assim, tudo que eu quero éprovoca-lo.    

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