Capítulo 4

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Por Eva

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Por Eva

Meu corpo responde por mim e ele dá a pior resposta possível.

Meu estômago revoltado suja o chão mesmo eu tentando com toda a minha força de vontade não fazer.

Meu terror vence e eu perco mais um pouco da minha dignidade.

Ele pula para trás e me olha com olhos escarnecedores e um sorriso odioso.

— Bem, bem, bem, você não usará roupas por longo tempo.

Me empurra bruscamente para baixo do chuveiro novamente e o liga. Saindo do banheiro logo em seguida, levando minhas roupas e trancando a porta atrás de si.

Respiro por um minuto e logo volto a me sufocar novamente.

Ele vai voltar.

E com ele todo o meu terror.

Homem abominável , ele destróiu minha mente sem nem me tocar diretamente.

Eu o odeio com tudo que possuo.

Não consigo parar de querer que ele receba o mesmo tratamento que está me dando... não, isso é pouco, quero que ele receba o triplo de tudo  que me fez sentir.

Todos eles merecem o mesmo.

Estou com tanto frio... tão fria...

Eu quero minha casa, minha cama...não sei se consigo aquentar mais um dia neste inferno.

Estou com medo.

Com tanto medo...

Já não consigo acreditar que exista um bote em meio a essa água podre.

Estou me perdendo.

Lavo minha boca mais uma vez e desligo o chuveiro.

Fico parada.

O que eu posso fazer para saír daqui?

Tenho certeza que estaria amarrada e amordaçada ser alguém pudesse me escutar pedindo socorro.

Ficar atrás da porta não vai me dar nenhuma forma de surpreende-lo.

Não tenho nenhum tipo de arma nem força para derrubar um deles.

Não tenho como fazer nada.

Continuo parada entregue ao completo desamparo.

Não muito tempo depois o movimento da maçaneta e o som da fechadura sendo destrancada me entorpece. Quando ela é aberta por um desconhecido, não sei o que esperar. A cada vez que conheço mais um do bando de carniceiros acredito ainda mais na degradação humana.

Escondendo meus seios e minha parte íntima com as mãos, envergonhada,espero pelo próximo tormento.

O que mais vão tirar de mim?

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