Capítulo 8

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Por Runner

—Porra!

Assim que se aproximam um pouco mais a fêmea é passada das mãos de Fernando para a de Carlos que vem até a cela, abre a porta e olha silenciosamente para Amélia que sai sem pressa e sem olhar para mim, ao mesmo tempo que a fêmea é empurrada para dentro.

Fico sem entender porque ela foi colocada antes de o Fernando fazer o teste em Amélia, mesmo estranhando não falo nada.

— Dentro de dois dias a mulher será testada. Faça a sua parte NE.

Ele está visivelmente com raiva, agitado, com rosto vermelho e olhos injetados de sangue.

O que aconteceu lá fora que o deixou assim ao ponto de mudar de ideia a respeito do teste?

Os três saem sem dizer mais nada e o silêncio rapidamente enche o lugar.

Me preocupo com o que Amélia disse.
Quatro, ela disse que vai tirar quatro pessoas daqui. Quem são as outras duas?

Tem mais NEs aqui?

Não parece ser o caso, mas se for.

Estou confuso…

A fêmea,  fico tão atordoado que ignorei sua presença.

A observo.

Não parece está com dor e não há nenhum outro hematoma em seu rosto. Seu pequeno corpo está espremido contra a grade tremendo sob o cobertor, seu rosto vermelho está úmido, seus olhos estão fechados.

Está com medo.

Não a culpo, qual fêmea gostaria de está presa com um NE nas nossas condições?

Acredito que nenhuma.

— Fêmea, meu nome é Runner e não vou te machucar de nenhuma forma, não tenha medo de mim. — Falo com ela como se ela fosse um dos nossos filhotes bem pequenos. — Vou me afastar e sentar no final do colchão.

Meu tamanho e o meu estado de nudez pode assustar ainda mais, tomando uma posição menos ameaçadora posso deixa-la mais calma.

Me afasto com movimentos lentos e sento o mais distante tirando um pouco da visão dela do meu corpo.

Fecho meus olhos também e imagino formas diferentes de como chegar a ela.

Não há outra maneira senão ser sincero e direto, mas com cuidado para não dizer nada sobre as câmeras e o resto que pode colocar nós três em mais problemas.

Como ela está com os olhos fechados me encosto na parede olhando para frente dobro os joelhos os segurando com os braços, falo baixo, mas na altura que ela escute e entenda bem.

— Fêmea, sinto muito por tudo que está acontecendo. Sou um Nova Especie como você pôde perceber, não somos violentos como muitos grupos espalham por aí, somos bons. Disse que tomaria você, mas não vou fazer isso sem o seu consentimento. Tomei Amélia porque ela estava disposta e eu fiz porque não quero machucar você e nem a mim mesmo. Aquela droga é a pior coisa que um NE pode ter em seu sistema, ela iria tirar toda a minha consciência, me deixando selvagem, por isso fiz o que fiz. Mais tarde vamos conversar sobre o que temos que fazer, agora quero que me diga como você está.

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