Capítulo 10: Semana ruim

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Era uma sexta feira, tinha acabado de voltar da escola, chamei Nat para passar o fim de semana na minha casa, chegamos e como sempre minha mãe não estava em casa, desde o incidente da boate eu pedi para Nat não tocar no assunto, a verdade era que eu sentia saudade, muita saudade mas não daria o braço a torcer, fazia uma semana que eu te mandei embora e desde então não nos vimos mais, você não foi na escola nenhum dia da semana(o que não vou mentir me preocupou bastante).

Eu queria falar com você mas não podia quebrar meu orgulho assim. Nat estava me ajudando a arrumar meu quarto (que eu não tinha arrumado desde nossa briga). Ela para e olha para mim como se quisesse falar alguma coisa.

- O que você quer perguntar Nat?

- Só quero saber quem tá pior, se é você ou ele.

- Acho que ele nem deve estar triste ou algo assim.

- Ele gosta de você, do jeito dele mas gosta, tenho certeza que ele ta sentindo sua falta migo. 

- Eu não tenho muita fé nisso não, sei lá sempre ele apronta alguma coisa e eu sempre ajudo ele, isso cansa, eu não quero isso para mim entende?

- Entendo que o que aconteceu te faz pensar assim, eu pensaria dessa forma se fosse comigo, mas quem ta de fora vê que que ele gosta de você, de um jeito bem estranho mas ele gosta.  

- Mas ele nem falou comigo essa semana, sabe eu amo ele mas assim fica difícil, eu não vou esperar por ele a vida inteira e não vou perdoar ele para sempre.

- Ele vai te procurar, só espera ok?

- Eu quero que ele me procure, mas não sei se isso é bom ou não.

Era isso que eu pensava, não sabia se era o melhor você me procurar, hoje eu sei que não era o melhor para mim, o melhor era se você tivesse sumido mas se isso tivesse acontecido eu não teria Gabriel hoje.

- Nossa migo, vocês destruíram o quarto, faltou quebrar a cama e o guarda-roupa.

- Pensei que ele me bateria naquele dia.-falei me lembrando da briga.-

Fiquei conversando com a Nat até dar a hora dela ir embora, meia hora depois você acordou.
- Como eu vim parar aqui?

- Quer mesmo saber Matheus?

- Eu sei que fiz merda, mas me deixa explicar Oli.

- Para você é Oliver, e explicar mais uma vez? Eu to cansando de receber explicações suas, toda vez você faz merda, to cansando de esperar você criar juízo e virar homem de verdade, sempre sobra para mim arrumar suas merdas, até quando vai ser assim? Até quando Matheus? Até aonde você acha que eu aguento?

- Eu ia voltar para casa, mas meus amigos me ligaram e insistiram muito e eu acabei indo, eu não queria Oliver eu juro.

- Ah claro você nunca quer, assuma sua culpa pelo menos uma vez na vida Matheus, se não quisesse você não tinha ido.

- Quer saber Oliver eu cansei disso.

- Você cansou Matheus? Eu que deveria falar isso, até porque quem faltou na escola para buscar você em uma boate foi eu, e cadê seus amigos? Quando eu cheguei lá só estava você, se liga Matheus foi eu que busquei você e se está bem agora foi porque eu cuidei de você.

- Quer que eu fique com dó de você? Ah coitadinho do Oliver. - e lá estava você novamente gritando comigo, eu não queria chorar, mas você sabia que eu não podia ouvir gritos e mesmo assim gritou.-
Quando vi eu já estava chorando.

- Não grita Matheus.

- Que não grita o quê Oliver, vê se cresce, se toda vez você chorar por alguém gritar contigo você vai chorar muito. - e foi ali que eu perdi meu medo de gritos sem mesmo perceber e gritei também.-

- Vê se cresce você, vire homem Matheus, pare de fuder com a vida dos outros caramba.
Nesse momento que a coisa ficou feia, você começou a quebrar meu quarto todo, eu não via mais aquele Matheus de antes.
- Para de quebrar as coisas Matheus.- gritei tentando te segurar mas foi em vão por que você me empurrou na cama.

- Para Oliver? Não quer que eu estrague seu precioso quarto? Foda-se, eu não quero nem saber, quer que eu vire homem quer? Então aguenta as consequências.

- Vai embora, vai embora da minha casa idiota, some da minha vida.- gritei cheio de ódio que eu não sabia nem de onde veio.-

- Eu vou, mas não espere que eu volte, não espere Oliver para não se frustrar nessa sua vidinha de merda.
Você saiu batendo a porta e eu fiquei arrasado com tudo que aconteceu, sem acreditar nas coisas que eu tinha ouvido, mas eu sabia que nosso relacionamento não acabaria ai.

- Migo............ ei Oliver ta me escutando?

- Ai, desculpa Nat, estava aqui pensando em umas coisas e nem ouvi você me chamar querida.

- Onde estava essa cabecinha sua, ou melhor em quem? Não...pera, acho que já sei em quem... Matheus não é migo? 

- Sempre ele Nat, sempre ele.

Não sei como duramos tanto tempo juntos, brigamos tanto mas sempre voltamos um para o outro, na verdade você me segurou esse tempo todo não é, até que se cansou e enfim me deixou ir, mas eu nunca fui de verdade, pois eu ainda o amo, eu ainda me sinto preso a você, não sei como ou porque só me sinto assim desde que te conheci no colégio, e isso me faz chegar a conclusão que meus sentimentos ainda são os mesmos, tão forte quanto a anos atras só que mais doloridos e mais amadurecidos também, acho que depois de terminar esta carta eu me sentirei mais leve e finalmente livre (bom.....pelo menos é o que espero). 

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Eai pessoas, hoje só tenho uma coisa para falar,  VOTEM MEU POVO!!!!!!  é muito bom para mim saber se vocês estão gostando.

Bjinho da Andy para vocês, seus lindos e lindas...........

Você é um garoto mal (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora