ᴇʟᴀ|ɴᴀᴛᴀsʜᴀ ʀᴏᴍᴀɴᴏғғ

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Ela se aconchegou mais dentro do enorme casaco de couro e esfregou as mãos uma na outra, soprando em seguida

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Ela se aconchegou mais dentro do enorme casaco de couro e esfregou as mãos uma na outra, soprando em seguida.

Conforme andávamos por um beco frio do Brooklyn, seu olhar admirava cada canto daquelas paredes, escadas de emergência e os prédios ao nosso redor.

Ela enfiou a mão gélida dentro do bolso da jaqueta e pegou em um masso de cigarros. Acendeu um e colocou entre os lábios. Antes que ela pudesse dar a primeira tragada, tirei da sua boca e joguei no chão, apagando.

Ela me olhou com um sorriso de lado e deu de ombros guardando o masso novamente. Seu olhar era de como se estivesse esperando alguma coisa, mas no momento eu não tinha nada.






Ao entrarmos no restaurante, meu olhar foi direto ao encontro do relógio de parede. 9:27 p.m. Três minutos adiantados. Um sorriso tomou forma em seus lábios quando o garçom mostrou nossa mesa. Nós o seguimos.

Às vezes ela faz o tempo passar tão devagar.

Seus olhos se encheram de brilho quando ele, educadamente, puxou a cadeira para ela se sentar. Coisa que eu não pensaria em fazer. Me sentei na cadeira em sua frente e peguei aquele menu, mesmo minha total atenção sendo dáda pra mulher na minha frente.

Eu não me importaria de dividir um cachorro quente com ela, mas a pergunta é: Ela dividiria comigo? De forma alguma. Ela me jogaria em frente a um carro se eu pedisse comida a ela.

—— Natasha, olha isso!—— Ela chamou minha atenção apontando para um dos pratos mais pedidos do restaurante. Era maravilhoso o modo como ela ficava fascinada.—— Eu nem sei o que é isso! Mas deve ser gostoso!

Eu sorri ao perceber o quão fofa ela estava no momento. Ela daria um jeito de me matar com a colher se escutasse eu falando isso. Sem dúvida, seria minhas últimas palavras e observações.




Meia hora depois ela havia terminado de comer. Seu sorriso chegava a ser engraçado. Saímos do restaurante. Desviei meu olhar pros carros na avenida e pelo canto dos olhos percebi que ela me observava. Ela segurou meu braço e me puxou.


—— Conheço um lugar legal, é um clube duas quadras daqui, vamos?—— E assim me arrastou ao tal clube. Eu apenas a acompanhei sem questionar, afinal, ela sempre sabe onde o pessoal está.






Quando chegamos, ela me guiou até o bar e me colocou sentada como uma criança qual ela tinha que tomar conta. Pedi uma bebida, assim como ela que pediu a mais forte, indo em seguida para a pista de dança.

Começou a mover seu corpo no ritmo da música. Às luzes estão muito mais brilhantes, mas ela está desaparecendo. É como um globo de luz. Parece certo, mas vindo dela... Ela é louca.

Eu a conheço como ninguém. Eu sei todos os seus segredos mais obscuros.

Ela sempre toma um drink antes de deitar, não vive sem um bom vinho português e odeia quando alguém lhe joga uma cantada. Ainda mais quando ela está comigo. Ela sempre dança quando está chovendo, canta músicas animadas quando está comigo, e sempre se imagina em um clipe quando saimos de carro.

Ela quer alguém para amar, para abraçá-la. Ela simplesmente quer alguém para amar da maneira certa. Sem julgamentos, sem neuras. Ela quer alguém para amar, para beijá-la.

Ela simplesmente é ela.




Caminhei até ela e passei o braço em volta de sua cintura. Saímos daquele lugar e começou a chover.


Ela está gritando que me ama. Paradas no meio da rua com a chuva caindo em nós, ela está segurando minhas mãos pra que eu não vá embora. Seu olhar é de súplica, agora com a chuva não consigo perceber se ela está chorando ou é só as gotas de água que chovem do céu.

Eu sei que ela não quer ficar sozinha. Ela me puxa para mais perto e diz:

—— Eu só quero que você me abrace.—— Seu pedido é uma ordem.


Elameama

Assim, sem espaço, sem vírgula e sem ponto final.

Acariciei seus cabelos quando ela me abraçou e ela fungou contra meu peito. Ela faz meu tipo. Uma alma linda e um sorriso encantador. Eu sou estragada, mas nada que um pouco de luz não resolva esse meu breu.


—— Eu só quero alguém pra amar.—— E me beijou. Alí, na chuva mesmo. Clichê, né? Ela realmente me ama e eu acho que estou meio que apaixonada pelo seus olhos.

Talvez eu não demonstre, mas eu me importo. Talvez eu não seja a mulher certa, e acabe quebrando seu coração. Talvez ela não deva me amar pois eu posso magoá-la muito. Talvez eu devesse levá-la para dentro e fugir da chuva. Talvez eu devesse me libertar e ser livre, mas só... talvez.


—— Eu te amo.

Sorrindo, beijei ela novamente.

Sorrindo, beijei ela novamente

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