Capítulo |13|

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No sábado seguinte, Aurora estava fazendo as tarefas que deixava para os domingos, quando foi surpreendida por um raro telefonema de Sophie.

- Aurora....oh, graças a Deus está em casa. Pode me fazer um favor enorme? Por favor, por favor, diga que sim ou eu....

- Ei! Alguma coisa errada com Annabel?

- Sim.... não....quero dizer...

- Respire fundo e se acalme. O que está errado?

- Gervase acabou de sair para levar Pilar ao aeroporto. Fomos convidados para um almoço ao ar livre amanhã e Pilar teve que voltar às pressas para a Espanha por causa de uma crise familiar. Tão sem consideração, poderia ter esperado até segunda-feira. Haverá muitas pessoas importantes para os negócios de Gervase na festa e ele terá que ir, mas as crianças não foram convidadas e não há ninguém para cuidar de Annabel...e...e...- Sophie começou a chorar, meio histérica.

- Sophie! Pelo amor de Deus, controle-se! - Aurora suspirou. Adeus ao almoço com os Graveney. - Está bem, eu irei, desde que garanta que sairá da festa em tempo de eu voltar à noite. Preciso estar no trabalho bem cedo na segunda-feira, lembre-se.

- Sinceramente, Aurora, só consegue pensar no trabalho? - Sophie parou e se controlou depressa. - Desculpe, desculpe. Estou tão transtornada que não consigo pensar direto. Você virá esta noite?

E dormir no quarto de Annabel para que a criança não perturbasse o sono da mãe durante a noite, agora que Pilar não estava lá?

- Não, não posso, sinto muito.

- Certamente pode adiar qualquer coisa que tenha combinado para esta noite - soluçou Sophie. - Por favor, Aurora.

- Escute, Sophie, tenho um convite para almoçar amanhã. Estou disposta a cancelar para ajudá-la, mas não vou viajar esta noite. Irei amanhã de manhã.

- Oh, está bem. Mas chegue cedo, preciso estar na festa ao meio-dia.

Era absurdo, pensou Aurora, se sentir tão desapontada. Então ligou para Moira para desmarcar. Moira se mostrou aborrecida, mas garantiu que compreendia.

- Moira, já que não posso ir amanhã, que tal você almoçar comigo na cidade um dia desses?

- Adoraria. Quando?

Combinaram uma data e Aurora se sentiu um pouco melhor depois que desligou. Inquieta demais para ficar sentada na casa agora imaculada numa tarde quente de sábado, decidiu cuidar do jardim. Passou protetor solar, prendeu os cabelos no furo traseiro de um boné de beisebol, então se sentou no carrinho de cortar grama.

Estava suando, o short e a camiseta sem mangas sujos, os cabelos molhados agarrados na nuca e na testa quando terminou com o gramado principal. Esvaziou o compartimento da grama cortada num monte de composto para adubo e voltou para levar a máquina de voltar à garagem. E o coração disparou ao ver Zayn encostado ao carro, o rosto uma máscara de desaprovação quando passou por ele no carrinho.

- Não posso parar - gritou -, preciso guardar isto.

Frustrada com a baixa velocidade da máquina e terrivelmente consciente de sua aparência enquanto ele andava atrás dela, Aurora se dirigiu para a garagem. Quando finalmente parou, desceu, tirou as luvas e Zayn se aproximou.

- Por que, está se escravizando assim? - A voz era ríspida. - Aquele jardineiro não pode cortar a grama?

Ela tirou um lenço de papel do bolso e enxugou o rosto.

- É claro que pode, mas de vez em quando faço isso para deixá-lo livre para fazer outras coisas. Veio passar o fim de semana?

- Por que cancelou o almoço de manhã? - Ignorou a pergunta dela. - Estava com medo de se encontrar comigo?

Seduction |Z.M|Onde histórias criam vida. Descubra agora