Capítulo |15|

467 53 3
                                    

As coisas começaram mal na manhã seguinte. O carro de Aurora se recusou a pegar, o pai estava fora, a oficina mecânica que usava estava fechada no domingo e foi obrigada a fazer uma corrida muito cara de táxi até a grande e moderna casa dos Barclay em Pennington. Quando chegou, teve uma recuperação mista: amigável de Gervase, impaciente de Sophie e sem sinal de Annabel, que geralmente se jogava nos braços da tia no momento em que Aurora passava pela porta.

- Você chegou muito tarde - reclamou Sophie. - Já passa de onze e meia!

- O carro não pegou e tive que chamar um táxi. Onde está Annabel?

- Dormindo. Está com um leve resfriado.

- Mas do que isso, está com febre. - Gervase observou a esposa, inquieto. - Não tenho certeza se você deve deixá-la, querida.

Sophie enrijeceu.

- Perder o almoço? Por quê? É apenas um resfriado e Aurora é mais do que capaz de cuidar dela. É boa com Annabel. - Virou-se para a irmã. - Não se importa se eu for, não é?

- Não. - Secretamente, Aurora estava impressionada por Sophie querer deixar Annabel quando a menina não estava bem. - Vão para muito longe?

- Não, apenas alguns minutos de caminhada. Poderemos voltar logo se precisar de nós. - Gervase lhe beijou o rosto. - Obrigado por nos ajudar, Aurora.

Sophie pareceu arrependida.

- Sim, é verdade. Embora tivesse medo de que não chegasse a tempo.

- Nesse caso, teríamos chegado tarde, o que está muito na moda. Vamos reembolsá-la pelo táxi, Aurora.

Gervase Barclay, alto, corpulento e muito bem vestido, 10 anos mais velho do que a esposa, parecia exatamente o que era, um homem de negócios rico e feliz consigo mesmo.

E então Sophie decidiu que o vestido que usava não era adequado e decidiu trocá-lo. Subiu rapidamente a escada.

- Veja como está Annabel! - gritou Gervase, então sorriu para Aurora. - Sophie ficou arrasada quando Pilar precisou partir de repente. A mãe dela adoeceu e Sophie se sente perdida sem ela. Estaremos de volta às quatro horas, mas, se houver qualquer coisa, ligue para meu celular.

Então ouviram o choro que vinha do andar superior.

- Vocês podem ir, cuidarei de Annabel.

Aurora subiu e foi para o quarto da criança, onde encontrou Sophie, já com outro vestido, tentando acalmar a filha. A menina estendeu os braços para a tia.

- Quero descer - soluçou.

- Então vamos descer. - Aurora a pegou no colo e ficou alarmada com o calor do pequeno corpo. - Vamos primeiro lavar seu rosto e então nos enroscar no sofá. Diga adeus para a mamãe. - Fez um movimento com a mão para Sophie, que mostrou um vidro na mesinha de cabeceira.

- Dê-lhe uma colher depois do almoço. Deixei muitas coisas prontas na geladeira, mas se ela não quiser lhe dê uma fruta. - Virou-se para a filha. - Seja boazinha com sua tia, querida. - Beijou a cabeça da menina e saiu depressa.

Aurora pegou uma camisola e levou a criança infeliz para o banheiro. Lavou-lhe o rosto quente, as mãos e lhe vestiu a camisola limpa.

- Pronto, vai se sentir melhor agora.

- Pilar vai voltar, titia?

- E claro que sim.

Aurora sinceramente esperava que fosse verdade. Pilar era a grande referência da vida da sobrinha. Sophie adorava a filha, mas não gostava do trabalho de cuidar dela.

Seduction |Z.M|Onde histórias criam vida. Descubra agora