Hunter on:
-Sim, mestre.
Levantei-me e fui em direção ao orfanato, ainda não entendi o porquê de ele querer e desejar tanto uma mera humana, mas devo lhe lealdade, então apenas faço o que ele me manda. Já à alguns dias que a vigio mas ela ainda não deu por mim, ainda bem, não quero cometer nenhum erro.
Quando estava quase a chegar ao orfanato, virei no sentido da floresta, eu sabia que ela iria por aquele caminho para a escola, pelos vistos ela não gosta muito de agitação. Nestes dias não a vi com ninguém excepto com as madres e uma rapariga loira.
Paro quando chego a um sítio especial para mim, aquele lugar era o meu refúgio para quando estava com raiva. Olho em volta para as árvores altas... estar aqui é como se estivesse em casa. São raras as pessoas que entram nesta floresta devido aos rumores sobre ela. Dizem que esta floresta está amaldiçoada, era nela que as pessoas se vinham suicidar e onde existiu vários homicídios por existir aqui "monstros". Bom, é tudo treta. É verdade que já houve pessoas que se suicidaram e outras que formas mortas, mas apenas aconteceu na parte mais "sombria", além disso as pessoas que morreram e que se mataram, não foi por causa de "monstros" e sim por causa dos seus próprios "problemas".
Os humanos apenas inventam coisas para justificar os seus medos, culpam criaturas inocentes para esconderem os verdadeiros monstros. Eles são os verdadeiros monstros. São eles que se matam uns aos outros e depois culpam criaturas que lá vivem.
A verdade é que eles não aceitam que possa existir outro tipo de criaturas, recusam se a acreditar e a partilhar o mundo, não querem que exista alguém superior a eles, eles têm medo do desconhecido. Desprezíveis. Odeio os tanto, QUE ÓDIO!!! Por isso eu não posso estar muito perto dos humanos, quando vejo um, a minha vontade é de o matar, essa vontade é tão grande que até sangue me escorre dos olhos.
Quando o mestre me informou que teria de vigiar uma humana, o meu estômago revirou se todo em desaprovação e a vontade de vomitar atingiu me. Queria arrancar a cabeça dele e depois dá-la aos Lúpus, mas era o meu mestre e a minha lealdade falou mais alto.
Estava emerso nos meus pensamentos, quando oiço o barulho de passos, olhei em volta, devia ser ela a caminho da escola. Levantei-me e comecei a seguir o som, quando deixo de ouvir barulho... Será que não é ela?? Essa hipótese foi descartada quando a vi entre as árvores. Olhava em volta com um olhar desconfiado e com uma expressão meio assustada. Pergunto me se ela me viu, mas como? Eu fui silencioso e além disso ela estava a uns bons metros quando saí do pé da cascata... Era impossível ela me ouvir. Será que ela... espera... ela começou a andar. Estranho... Continuei a segui-la, ela ia no mesmo ritmo, calmo, só que agora ia mais atenta... Será que ela realmente me ouviu??
Ela para outra vez, olha mais uma vez em volta e depois fica a olhar para o nada. Quando me ia aproximar, ela começa a andar só que agora ia pelo o lado oposto de onde era a escola, pensava que ela ia voltar para o orfanato, esse pensamento é descartado quando começo a ouvir o barulho da cascata. Mas porque raio ela está a ir para ai?
Fiquei à espera que ela saísse a correr assim que voltasse a si e notasse o lugar onde estava, afinal toda a gente tem medo deste lado da floresta porque fica próxima à zona escura mas, para minha surpresa... isso não aconteceu... ela olhava serenamente para a cascata como se fosse um lugar familiar para ela. Foi então que reparei nela, ela podia ser humana mas era muito bonita, mesmo virada de costas para mim podia apreciar a sua beleza, ela tinha cabelos até ao meio das suas costas castanhos com algumas mexas loiras naturais, apesar de ter um corpo normal, era bonita, aliás era a sua simplicidade que a fazia bonita.

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A Filha da Magia
Fantasía"Eu não sei o que se passa comigo... As dúvidas vão ficando pior é não há sinais de respostas..." Katherine uma rapariga que perdeu os pais muito cedo, com apenas 5 anos via se perdida no mundo. Os pesadelos com os seus pais só aumentavam a cada an...