Marco

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Capítulo 6

Catarina Vallenti

— Não agora não é hora pra você perder o controle. — Seguro seu braço. — Por favor, vamos conversar a sós.

A respiração de Marco denunciava sua raiva.

— Marco, por favor.

Romano cede e sobe para o nosso futuro quarto, eu o sigo com o coração quase saindo pela boca.

— O que Ethan fazendo aqui? Por que o deixou entrar? — Sua voz é firme e o ódio em seu tom me faz estremecer, quase desisto de contar a verdade.

— Ian esteve aqui.— Despejo as palavras todas de uma vez. — Ele queria.

Marco parte para cima de mim como um animal, a mão direita em torno de meu pescoço.

— Aquele ladrãozinho de merda esteve aqui?

Minhas mãos tentam soltar seus dedos que pressionam meu pescoço com força.

— Me solta Marco. — Minha voz é quase um sussurro sufocado.

— Me mata de uma vez. Se não confia em mim então me mata. — O enfrento e algumas lágrimas escapam por meu rosto.

Marco me solta, mas não se afasta. Tusso quando minha respiração quase se normaliza

— Ele me pediu pra fugir com ele.— Minhas mãos tocam meu pescoço dolorido por causa de seu apertão. — Ian levou minhas joias. Não falei sobre Valentina.

Marco vocifera e deixa que a raiva flua descontrolada.

— A Valentina e o Stephan são meus filhos. Não ouse abrir a boca pra falar qualquer merda aquele ladrão filho da pu.ta entendeu?

— Eu já disse que não falei! — Grito. — Agora quer me ouvir? — Puxo ele para mais perto e o olho no fundo de seus olhos azuis, as sobrancelhas loiras e grossas, quase unidas, o maxilar largo tencionado. — Eu não tenho motivos para fugir, tudo o que eu quero está aqui.

A ira em seus olhos se dissipou aos poucos, mas continuei ali encurralada diante da minha fera.

— Ele queria que fugíssemos juntos. Quando comecei a gritar para que Maria chamasse o Spinello , ele foi embora levando a bolsa com as joias. Houve tiros, e Spinello acabou atingindo o seu irmão. Que a propósito eu nem sabia que existia.

Suas respirações em bufadas curtas estavam mais espaçadas agora, ele estava se acalmando, aos poucos a fúria começou a desaparecer.

Puxei sua jaqueta com as duas mãos, diminuindo a distância entre nós . Fico na ponta dos pés e dou um beijo leve. Roço minha boca em sua barba aloirada e respiro o ar furioso que ele expira.

— Eu só quero você. – murmuro.

Marco intensifica o beijo tomando tudo de mim, selvagem e louco como a nossa primeira vez no avião. Sua ferocidade transformada em tesão que incendeia-me em questão de segundos.

Com muito custo eu consigo afastar meus lábios dos dele. Não estávamos sozinhos e ele tinha que me contar o que ele tinha contra estranho no andar de baixo.

— Agora pode me dizer porque quase atacou no seu irmão . – Digo quase sem fôlego.

— Ele não é meu irmão. — Marco rosna e eu quase me arrependo de ter feito a pergunta.

— Tem certeza porque a poucos minutos atrás você tinha dito outra coisa. — Cutuco a fera o graveto minúsculo. Apesar do medo de ver Romano tão furioso, não existe nada visão mais excitante.

Até que a Morte nos Separe Série Italianos Vol 3 DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora