Capítulo 8 Acerto de Contas
Catarina Vallenti
Quando eu digo a você que nada impediria Marco de entrar no restaurante de vidro e meter um bala na testa de Ian e Max eu realmente sei do que estou falando. Nem todos os ricaços ali como testemunhas fariam alguma diferença.
Eu o vi a distância Ian estava de costas para nós e de frente para Max, que como sempre estava insuportavelmente deslumbrante. Ela usava um uma blusa de seda marrom e um colar de pérolas simplesmente divino.
Meu coração se acelera no peito, foi isso que ele fez, levou as minhas joias e deu pra ela? Era impossível de acreditar que ele tivera a coragem de aparecer no mesmo restaurante que nós, não, aquilo só poderia ser uma fatalidade do destino, uma piada sem graça e cruel que em breve terminaria em muito sangue.
Volto a olhar para Marco, mas ele já está de pé.
— Marco, senta aí, não vai fazer nenhuma besteira.
Seguro sua mão e o encaro.
— Será que podemos terminar essa noite sem sangue?
Ele me fuzilou com o olhar e respondeu com um rosnado baixo que fez meus ossos gelarem.
— Não. — Ele tirou minha mão da sua com de forma bruta e marchou a para o interior do restaurante.
Eu caminho atrás dele, mas não consigo alcança-lo. Não antes dele chegar a mesa onde Ian e Max conversam e riem, sem ter a noção que a morte está chegando para eles.
A medida que me aproximo percebo que o homem que a acompanha apenas se parece com Ian.
Marco puxa uma cadeira de outra mesa e senta entre o casal.
— Esse mundo é realmente muito pequeno. — Ele desabotoa o blazer e movimenta os ombros, posso sentir a tensão e a raiva exalando dele.
Romano pega os dois pela nuca e dá um apertão leve.
— Muito pequeno mesmo. — Ele repete.
Os olhares se voltam para nós. Curiosos pelo circo sendo armado , e prestes a pegar fogo.
— Marco. — Me inclino na direção dele e sussurro. — As pessoas estão olhando pra nós.
Max mal respira.
Ele solta o pescoço dos dois e o rapaz que acompanha a ruiva. Comete o triste erro de ousar dirigira a palavra a Marco.
— Acho que você está nos confundindo com outras pessoas.
Marco pega um dos talheres de prata e crava na coxa do jovem.
Ele sufoca um grito e em segundos o suor começa a escorrer pelo rosto pálido.
— Não amigo, eu não cometo erros. — Romano explica com a voz perigosamente baixa. — Agora você só fala quando eu permitir entendeu? Ou vou usar a porra da faca de pão pra arrancar seu bagos e dar pra essa cadela ruiva comer, entendeu.
O par de Max balança a cabeça, emudecido pela dor e pelo medo.
O Maitre que nos recebeu no jardim agora vem até a nossa mesa.
— Algum problema aqui senhores? — O homem de meia idade pergunta preocupado.
Marco tira a mão do garfo enterrado na coxa do homem ao seu lado e limpa o sangue no guardanapo de linho dobrado sobre a mesa.
— Problema algum. — Ele dá um sorriso maquiavélico. — Apenas encontramos amigos antigos aqui. Por que não convida seus clientes a saírem , sou um homem que gosta de privacidade, se é que me entende. Diga a eles que suas contas serão pagas por mim.
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Até que a Morte nos Separe Série Italianos Vol 3 Degustação
Romance✓ Postagens diárias: 01/06/17 {JUNHO} Meu corpo ardia em brasas a cada toque bruto e sensual. Desta vez seria para sempre ou pelo menos até que a Morte nos separe. O livro esteve completo até dia 13/8 a meia noite. Em breve estará disponível na Am...